quinta-feira, 24 de junho de 2010

Rio negocia financiamento para comprar mais trens



18/06/2010
Diretores da Secretaria Estadual de Transportes se reuniram nesta quinta-feira com representantes do Banco Mundial para negociar um empréstimo para a compra de mais 60 novos trens para a terceira fase do Programa Estadual de Transportes (PET-3).
A intenção da Secretaria de Transportes é iniciar a licitação para a compra das 60 novas composições ainda este ano. No ano passado, o Governo do Estado comprou 30 novos trens que já estão em fabricação na China, e começam a chegar a partir de meados do ano que vem.
Com a nova encomenda, até 2015, o Rio terá 90 trens novos, parte deles estarão disponível para atender o público na Copa do Mundo de 2014. Caso seja aprovado um novo  empréstimo, essa será a maior compra de trens feita de uma só vez na história do estado do Rio.
“Nossa relação com o Banco Mundial é muito boa. Eles acompanham de perto toda tramitação das contratações que fazemos. O Governo do Rio tem crédito com a instituição. Os 60 novos trens estão no nosso compromisso para os jogos olímpicos. E se tudo sair conforme o programado, ainda este ano faremos a licitação”, explicou o diretor administrativo da Secretaria de Transportes, Maurício Pessoa.
Fonte: Agência Rio

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Novos trens do Rio terão até bagageiro



10/06/2010
Os novos trens comprados pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro, para circular na Região Metropolitana, terão padrão europeu, com direito a TVs de LCD, bagageiros, ar-condicionado, displays informativos, câmeras de segurança e todos os recursos de acessibilidade. As novas composições já estão sendo construídas na China e devem chegar ao Rio no começo do ano que vem.
Para adaptar os trens aos padrões do usuário brasileiro, foram necessárias algumas mudanças no projeto original, tendo em vista as diferenças de estatura, hábitos sociais e necessidades entre os  brasileiros os europeus.
“Trabalhamos juntos com os engenheiros chineses e alemães antes de chegarmos a um consenso. Apesar do ótimo padrão de qualidade dos trens europeus, era necessário fazer algumas alterações, como a dimensão dos bancos e a altura das barras de ferro, para que os brasileiros se sintam confortáveis nos vagões”, explica o diretor administrativo da Central, Maurício Pessoa.
Uma das novidades que os novos trens terão e vão agradar a muitos usuários são os bagageiros. Os mesmos entraram no projeto a partir de um estudo que constatou que o brasileiro carrega em média um peso de 7 kg nas mochilas, sacolas de compras ou pastas de mão.
“Os bagageiros vão garantir mais conforto aos passageiros, que muitas vezes carregam muito peso, além garantir maior espaço no vagão, já que as mochilas muitas vezes ocupam um espaço desnecessário”, ressaltou o secretário de Transportes, Sebastião Rodrigues.
Para garantir total segurança aos usuários, cada vagão contará com quatro câmeras internas, que serão monitoradas pelo maquinista. Assim, da cabine de comando, ele poderá identificar qualquer tentativa de travamento de portas, princípio de tumulto ou violência. As imagens também poderão servir à polícia, uma vez que ficarão armazenadas por um determinado período.
Além das câmeras de segurança nos vagões, os novos trens, diferentemente dos atuais, contarão com espelhos retrovisores, que vão auxiliar os maquinistas quanto ao travamento das portas na hora das partidas e durante as viagens. Hoje, para fazer este controle, o maquinista faz o acompanhamento colocando a cabeça para fora da janela. Em qualquer eventualidade, os passageiros também poderão entrar em contato com o maquinista através de um interfone localizado junto às portas.
Cada trem é composto por quatro vagões que acomodam, juntos, 1.300 passageiros. Para garantir conforto aos mesmos, foram confeccionados bancos com assentos e encosto acolchoados, que garantem a individualidade dos usuários. A acessibilidade também ganhou destaque nos trens que têm, em cada vagão, oito lugares com cores diferenciadas, destinados a pessoas com necessidades especiais, idosos e gestantes. Cada trem apresenta, ainda, dois espaços reservados para cadeira de rodas e cães guias. Existe ainda sinalização luminosa de portas em movimento para deficientes auditivos.
Com a licitação mais rápida da América Latina e mais econômica do Brasil, os 30 trens foram comprados com financiamento de US$ 211 milhões do Banco Mundial e US$ 9 milhões do Estado. Desta quantia, o Estado economizou US$ 54 milhões, que serão utilizados para a aquisição de mais quatro trens.
Fonte: Agência Rio

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Corrida de obstáculos nas estações de trem


‘O DIA’ testou sete paradas e flagrou escadas rolantes paradas, falta de rampas e de segurança

POR THIAGO FERES - O Dia - 09/06/2010 
Rio - Problemas enfrentados pelos usuários dos trens da SuperVia às vezes começam antes mesmo do embarque nas composições. O DIA testou a infra-estrutura de sete estações no Rio e na Baixada e em todas ouviu reclamações de usuários. Ausência de sanitários, segurança insatisfatória, iluminação precária e falta de acessibilidade para portadores de deficiência foram as principais queixas.
Fotos: Eduardo Naddar / Agência O Dia

É no Méier que os passageiros mais sofrem. Apesar de ser um dos principais acessos ao Hospital Salgado Filho, todas as quatro escadas rolantes que ligam as ruas Arquias Cordeiro e Vinte e Quatro de Maio à bilheteria estão inoperantes: três estão trancadas e a única liberada não funciona. Longas filas se formam mesmo fora da hora do rush: só um guichê costuma ficar aberto. A de Saracuruna, em Caxias, foi a menos pior, ganhou pontos por ser a única das visitadas a ter rampa para deficientes alcançarem a plataforma. As demais testadas foram Jardim Primavera, em Caxias, Comendador Soares e Presidente Juscelino, em Nova Iguaçu, São Cristóvão e no bairro de Madureira.

“Ninguém leva isso mais a sério, meu filho. As escadas já estão paradas há uns dois anos”, contou a moradora Janeth Cunha, na fila da estação do Méier, antes das 17h de ontem. Logo após a chegada da equipe de reportagem, outro guichê foi aberto. Em Madureira, o problema se repete: ontem, no acesso pela Rua João Vicente, uma gestante descia uma escada rolante parada.

Na estação Presidente Juscelino, no ramal de Paracambi, faltam lâmpadas nas luminárias, há bancos depredados nas plataformas, e ferros que sustentam a cobertura estão corroídos. O abandono apavora os passageiros: “Caminhar por aqui de noite é se aventurar. Não existe policiamento e a escuridão chega a ser assustadora. Fico indignado de esperar um trem sentado num ferro onde deveria ter um banco”, esbraveja o despachante Sinval Mangueira, 39 anos.

Deparar com uma rampa entre a bilheteria e a plataforma em Saracuruna foi um alívio para Sônia Maria de Assis, 57 anos, que levava a neta Geovana, de 2 anos, num carrinho de bebê: “Em outras estações passo dificuldades quando estou com minha neta”. Essa parada foi onde a equipe encontrou mais agentes de segurança e mais limpeza. Mas nem tudo é perfeito: na passarela, usuários dividiam espaço com um motoqueiro.

Em Comendador Soares, ambulantes usam o corrimão da passarela como vitrine para produtos. “A parte estrutural é tão ruim quanto o serviço. Não vejo coleta de lixo nem policial militar. Os seguranças só servem para nos impedir de filmar ou fotografar nos vagões”, reclama Genilson Filadelfia, 39.

A SuperVia informou que as estações estão sendo adaptadas para deficientes e que a responsabilidade das obras é do governo. A concessionária disse que as escadas rolantes estão paradas devido a atos de vandalismo, mas negocia o conserto. Afirma ainda que estuda melhorias na iluminação e instalação de banheiro móvel, mas não há prazo. Em 12 anos, a concessionária afirma ter investido mais de R$ 540 milhões em manutenção.

Vão entre composição e plataforma é risco

A falta de padronização nas composições gera risco para os usuários: enormes vãos se formam entre o trem e a plataforma. O problema já causou acidentes. O pedreiro Nelson Cunha, 45 anos, caiu em um desses ‘buracos’ na Estação São Cristóvão. “Fui entrar no trem por volta das 8h, horário de grande fluxo de chegada ao terminal. Quando tentava entrar na composição, acabei engolido por uma multidão que saía. Perdi os óculos e meu pé entrou no buraco. Por sorte, outros passageiros me ajudaram”, relatou. O mesmo problema motivou reclamações de usuários em outras estações, como a de Comendador Soares.

De acordo com a SuperVia, os terminais são muito antigos e foram projetados para dois tipos de trens: de carga e de circulação de passageiros. Por isso, ocorrem desníveis nas plataformas. Atualmente, 13 tipos diferentes de trens, com alturas e larguras diferentes, circulam nos quatro ramais do Rio. A expectativa é de que o problema seja corrigido conforme os novos trens padronizados sejam entregues. Alguns deles entrarão em circulação até o fim do ano.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Novos trens da SuperVia terão televisão, câmeras de segurança e bagageiros

TRANSPORTE


Publicada em 04/06/2010 às 14h27m
O Globo - 04/06/2010

    SuperVia vai ganhar trens com design futurista. Foto: divulgação
    RIO - Os novos trens encomendados pelo Governo do Estado já começaram a ser fabricados na China. Eles começam a chegar ao Rio no início de 2011 com várias novidades, como bancos estofados, TVs de LCD, bagageiros, ar-condicionado, displays informativos e câmeras de segurança.
    Os aparelhos de TV - quatro em cada vagão - serão utilizados para veiculação de campanhas educativas e informações sobre o serviço de trens.
    Cada vagão contará também com quatro câmeras de segurança, monitoradas pelo maquinista. Um interfone localizado junto às portas vai possibilitar o contato com o maquinista, em caso de emergência.
    novos trens terão bancos acolchoados. Foto: divulgação
    O bagageiro foi uma adaptação do projeto original para se adaptar à realidade brasileira. Um estudo constatou que o brasileiro carrega em média um peso de 7 kg nas mochilas, sacolas de compras ou pastas de mão, em seus deslocamentos diários.
    - Os bagageiros vão garantir mais conforto aos passageiros, que muitas vezes carregam muito peso, além garantir maior espaço no vagão, já que as mochilas muitas vezes ocupam um espaço desnecessário - explica o secretário de Transportes, Sebastião Rodrigues.
    Cada trem é composto por quatro vagões e a capacidade total é de 1.300 passageiros. Foram comprados 30 trens foram com financiamento de US$ 211 milhões do Banco Mundial e US$ 9 milhões do Estado.

    Trens do Rio começam a ser fabricados na China


    03/06/2010 - O Dia
    Rio - Trens comprados pelo Governo do Estado já começaram a ser fabricados na China Trens chineses com padrão europeu. Assim serão os 30 trens comprados pelo Governo do Estado e já em fabricação na China, que começam a chegar ao Rio no início de 2011. Os passageiros que utilizam os trens para se deslocar na Região Metropolitana vão se surpreender com o padrão das novas composições.
    Com design futurista, os novos carros contarão com bancos estofados, TVs de LCD, bagageiros, ar-condicionado, displays informativos, câmeras de segurança e todos os recursos de acessibilidade, garantindo aos usuários comodidade e segurança durante as viagens.
    Para adaptar os trens aos padrões do usuário brasileiro, foram necessárias algumas mudanças no projeto original, tendo em vista as diferenças de estatura, hábitos sociais e necessidades entre os  brasileiros os europeus.
    Trabalhamos juntos com os engenheiros chineses e alemães antes de chegarmos a um consenso. Apesar do ótimo padrão de qualidade dos trens europeus, era necessário fazer algumas alterações, como a dimensão dos bancos e a altura das barras de ferro, para que os brasileiros se sintam confortáveis nos vagões, explica o diretor administrativo da Central, Maurício Pessoa.
    Uma das novidades que os novos trens terão e vão agradar a muitos usuários são os bagageiros. Os mesmos entraram no projeto a partir de um estudo que constatou que o brasileiro carrega em média um peso de 7 kg nas mochilas, sacolas de compras ou pastas de mão.
    Os bagageiros vão garantir mais conforto aos passageiros, que muitas vezes carregam muito peso, além garantir maior espaço no vagão, já que as mochilas muitas vezes ocupam um espaço desnecessário, ressaltou o secretário de Transportes, Sebastião Rodrigues.
    Para garantir total segurança aos usuários, cada vagão contará com quatro câmeras internas, que serão monitoradas pelo maquinista. Assim, da cabine de comando, ele poderá identificar qualquer tentativa de travamento de portas, princípio de tumulto ou violência. As imagens também poderão servir à polícia, uma vez que ficarão armazenadas por um determinado período.
    Além das câmeras de segurança nos vagões, os novos trens, diferentemente dos atuais, contarão com espelhos retrovisores, que vão auxiliar os maquinistas quanto ao travamento das portas na hora das partidas e durante as viagens. Hoje, para fazer este controle, o maquinista faz o acompanhamento colocando a cabeça para fora da janela. Em qualquer eventualidade, os passageiros também poderão entrar em contato com o maquinista através de um interfone localizado junto às portas.
    Para manter a refrigeração dentro das composições, botões de travamento, localizados junto às portas, evitarão que, fora dos horários de rush, todas as portas se abram desnecessariamente. Assim, o passageiro poderá acionar a abertura de porta apenas quando for saltar, mantendo a temperatura dentro dos vagões, como acontece em diversos países europeus – lá, mais para evitar a entrada do frio do que a saída dele.
    Os novos trens comprados pelo Governo do Estado também contarão com um amplo sistema de comunicação. Displays localizados nas cabeceiras e no centro dos carros informarão as referencias da viagem – como partida, destino e próxima parada. TV’s de LCD, quatro em cada carro, vão deixar as viagens mais agradáveis e interessantes. Elas serão utilizadas para veiculação de campanhas educativas e informações relevantes.
    Cada trem é composto por quatro vagões que acomodam, juntos, 1.300 passageiros. Para garantir conforto aos mesmos, foram confeccionados bancos com assentos e encosto acolchoados, que garantem a individualidade dos usuários.
    A acessibilidade também ganhou destaque nos trens que têm, em cada vagão, oito lugares com cores diferenciadas, destinados a pessoas com necessidades especiais, idosos e gestantes. Cada trem apresenta, ainda, dois espaços reservados para cadeira de rodas e cães guias. Existe ainda sinalização luminosa de portas em movimento para deficientes auditivos. 
    Com a licitação mais rápida da América Latina e mais econômica do Brasil, os 30 trens foram comprados com financiamento de US$ 211 milhões do Banco Mundial e US$ 9 milhões do Estado. Desta quantia, o estado economizou US$ 54 milhões, que serão utilizados para a aquisição de mais quatro trens.