quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

A Central nos trilhos

28/01/2013 - O Globo, Ediane Merola

Construída há 155 anos, a Central do Brasil passou por uma ampla reforma na década de 30, foi reinaugurada em 1943 e, de carona na reurbanização do Centro, a imponente estação ferroviária está prestes a receber novamente uma grande obra. O objetivo é restaurar e modernizar o lugar pelo qual transitam, diariamente, cerca de 600 mil pessoas. A Supervia, que tem a concessão da área, planeja erguer um centro comercial sobre as plataformas dos trens, fazer um estacionamento para 1.400 vagas e, ainda, um hotel de dez andares, com 220 quartos. Trata-se de uma proposta ambiciosa, que depende de um parecer favorável do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Todo o conjunto arquitetônico foi tombado em 2008, mas a empresa acredita num entendimento com o órgão. Tanto que a primeira etapa dos trabalhos já está em fase de conclusão e, se os planos forem confirmados, em agosto serão levantados os primeiros pilares do futuro shopping, que abrigará, entre outros estabelecimentos, lojas que hoje já ocupam a Central, como tabacarias, lanchonetes e até um estande de uma companhia aérea.
A previsão é de que a reforma completa da Central do Brasil termine em 2016. Quem passa pela estação atualmente ainda se depara com um ambiente desordenado, mas que já recebeu melhorias de conservação, como reforço na iluminação e limpeza das áreas revestidas com mármore e granito. Na cabeceira da plataforma 1, o ritmo é intenso na construção de uma nova cabine de sinalização - hoje, está instalada na plataforma 8. A mudança de lugar é necessária para que, futuramente, seja erguido o centro comercial.
- Vamos cobrir todas as plataformas. E, seguindo uma orientação do Iphan, estamos projetando uma área com cobertura de vidro, para que os passageiros continuem vendo o relógio da Central - diz o presidente da Supervia, Carlos José Cunha, acrescentando que o conjunto arquitetônico será restaurado. - Queremos reconstituir a iluminação natural da gare, que tem tijolos de vidro no teto. Com o tempo, foram cobertos. Recuperaremos gravuras que estão sob a pintura atual.
busca de parceiros para investimentos
Para botar a Central do Brasil nos trilhos, a Supervia prevê investimentos em torno de R$ 350 milhões. Parte dos recursos poderá sair de parceiros da iniciativa privada. A concessionária já apresentou seu projeto ao mercado e, segundo Cunha, há interessados. Professor titular da UFRJ e representante do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) no Conselho de Planejamento Urbano da prefeitura, Flavio Ferreira teme que a proposta seja apenas especulação imobiliária. Para ele, a região não precisa de um empreendimento desse porte. O arquiteto chama a atenção para o prazo das obras, que terminariam às vésperas das Olimpíadas.
- Parece uma aventura. Mesmo num escritório grande de arquitetura, acho difícil tudo ficar pronto até 2016. E os passageiros? Vão sofrer com os trabalhos - alerta Ferreira.
O projeto da nova estação é da Raf Arquitetura e, segundo a Supervia, as principais intervenções serão feitas em horários de pouco movimento. Uma das primeiras medidas será ampliar o saguão da gare, que avançará 25 metros em direção às plataformas, com deslocamento das roletas. Segundo Cunha, as modificações seguirão um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que será firmado com o Iphan.
- O TAC precisa de ajustes, mas está na fase final. Hoje não tenho preocupação quanto à liberação do projeto - afirma o presidente da concessionária.
Em uma nota, a superintendência do Iphan no Rio informou que se encontram sob análise do instituto dois projetos para a Central, "um referente a uma cobertura metálica para a plataforma e um grande projeto para ampliação do monumento, que ainda estão tramitando e não há parecer final".
Professor da PUC-Rio, o arquiteto e urbanista Manuel Fiaschi acha o projeto interessante e o considera em sintonia com as estações ferroviárias de várias cidades do mundo.
- Terá um prédio novo, mas que parecerá irmão do já existente. Será de vidro, mas com o mesmo alinhamento, e aproveitará a área dos trilhos. Além disso, haverá um shopping totalmente integrado ao sistema de transporte público da cidade, ninguém precisará de carro para ir até lá - destaca Fiaschi.
No vaivém da Central, alguns passageiros embarcam na proposta de modernidade e torcem por melhorias.
- Ando de trem desde os 12 anos. O serviço melhorou, mas ainda há muito a ser feito. Torço para que o shopping dê certo e que parte do lucro seja aplicada na rede - diz Adilson Machado.
Trens lotados e protestos de passageiros - que, várias vezes, terminaram em quebra-quebra de veículos e estações, devido a maus-tratos por parte de seguranças e atrasos - são situações que fazem parte da história recente da Supervia. A empresa afirma que, além de planejar a grande reforma da Central do Brasil, está investindo na modernização do sistema. Até meados de 2014 deverão chegar 80 novos trens, que substituirão 50 composições sucateadas, ainda em uso.
- Queria solucionar os problemas de um dia para o outro, mas todas as medidas são de longo prazo - argumenta o presidente da concessionária.
Quando fala sobre a reforma da gare, o tom de Cunha é mais otimista. Ele aposta que a estação será mais uma atração turística da cidade:
- O turista que vier ao Rio para acompanhar as Olimpíadas de 2016 terá de reservar um dia para conhecer a Central do Brasil. Quem sabe até poderá se hospedar no novo hotel.

sábado, 26 de janeiro de 2013

Meyer em 1958

RJ 31.07.1958. Transporte Ferroviário - RJ. Estação do Méier. Neg.: 8195 - Arquivo / Agência O Globo

sábado, 19 de janeiro de 2013

SuperVia inaugura bicicletários em Engenheiro Pedreira e Japeri

09/12/2012 - segs.com.br

Presidente da concessionária e secretário estadual de transportes viajarão de trem até os locais de inauguração

A SuperVia inaugura nesta segunda-feira (10/12) os bicicletários gratuitos das estações Engenheiro Pedreira (900 vagas) e Japeri (1.000 vagas). O presidente da SuperVia, Carlos José Cunha e o Secretário Estadual de Transportes, Julio Lopes, participarão do evento que contará com viagem de trem especial, que sai às 9h da estação Central do Brasil e levará os convidados aos locais de inauguração, na Baixada Fluminense. A construção dos bicicletários da SuperVia faz parte do programa "O trem passa na sua porta" que incentiva a integração entre trem e bicicleta. Em janeiro de 2013, a estação Saracuruna também será contemplada.

22 passageiros são detidos por danificar trens da SuperVia

15/01/2013 - Terra

Segundo a SuperVia, 4 mil portas são danificadas por mês, em média, nos trens da empresa, e cerca de 20 portas precisam ser totalmente substituídas mensalmente

Com o objetivo do coibir a ação de pessoas que impedem o fechamento das portas dos trens, a SuperVia fez nesta terça-feira, na Estação Bento Ribeiro (ramal Deodoro), no Rio de Janeiro, uma parada excepcional dos trens diretos e flagrou 22 passageiros, que foram conduzidos para a 30ª Delegacia de Polícia, em Marechal Hermes, e poderão responder a processo. A operação contou com o apoio do Núcleo de Policiamento Ferroviário (NPFer). No Código Penal, impedir o fechamento de portas de trem é considerado crime por expor a vida e a saúde de terceiros.

O autor da infração está sujeito a pena de três meses a um ano de prisão e quem comete o ato pode ainda ser enquadrado no artigo 260 do Código Penal, que trata do perigo de desastre ferroviário, em que consta que "impedir ou perturbar serviço de estrada de ferro, destruindo, danificando ou desarranjando, total ou parcialmente, linha férrea, material rodante ou de tração, obra de arte ou instalação", pode resultar em pena de reclusão de 2 a 5 anos e multa.

Segundo a SuperVia, 4 mil portas são danificadas por mês, em média, nos trens da empresa, e cerca de 20 portas precisam ser totalmente substituídas mensalmente. O tempo de reparo de cada uma é de um dia e o custo de uma porta nova é R$ 20 mil, afirmou a SuperVia.

Fonte: Portal Terra Brasil

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Passageiros são detidos por danificar trens da SuperVia

15/01/2013 - R7

Vinte e dois passageiros da SuperVia foram levados para a Delegacia de Marechal Hermes (30ª DP) na noite desta terça-feira (15) porque tentavam impedir o fechamento das portas das composições. O incidente aconteceu no ramal Deodoro, na estação Bento Ribeiro, na zona norte do Rio.

A operação contou com o apoio do NPFer (Núcleo de Policiamento Ferroviário).

De acordo com a concessionária, impedir o fechamento de portas de trem é considerado crime por expor a vida e a saúde de terceiros, conforme exposto no artigo 132 do Código Penal. O autor da infração está sujeito a pena de três meses a um ano de prisão. Quem comete este tipo de ato pode ainda ser enquadrado no artigo 260, que trata do perigo de desastre ferroviário.

Ainda segundo o Código Penal, "impedir ou perturbar serviço de estrada de ferro, destruindo, danificando ou desarranjando, total ou parcialmente, linha férrea, material rodante ou de tração, obra de arte ou instalação", pode resultar em pena de reclusão de dois a cinco anos e multa.

A SuperVia informou ainda que, em média, 4.000 portas são danificadas por mês nos trens da concessionária por atitudes irregulares e ações indevidas. Cerca de 200 delas precisam passar por manutenção para troca do dispositivo de abertura e fechamento. Todos os meses, cerca de 20 portas precisam ser totalmente substituídas. O tempo de reparo de cada uma é de um dia. O custo de uma porta nova é R$ 20 mil, além dos prejuízos causados a todos os passageiros pela retirada do trem de circulação.

Passageiros são detidos por danificar trens da SuperVia

15/01/2013 - R7

Vinte e dois passageiros da SuperVia foram levados para a Delegacia de Marechal Hermes (30ª DP) na noite desta terça-feira (15) porque tentavam impedir o fechamento das portas das composições. O incidente aconteceu no ramal Deodoro, na estação Bento Ribeiro, na zona norte do Rio.

A operação contou com o apoio do NPFer (Núcleo de Policiamento Ferroviário).

De acordo com a concessionária, impedir o fechamento de portas de trem é considerado crime por expor a vida e a saúde de terceiros, conforme exposto no artigo 132 do Código Penal. O autor da infração está sujeito a pena de três meses a um ano de prisão. Quem comete este tipo de ato pode ainda ser enquadrado no artigo 260, que trata do perigo de desastre ferroviário.

Ainda segundo o Código Penal, "impedir ou perturbar serviço de estrada de ferro, destruindo, danificando ou desarranjando, total ou parcialmente, linha férrea, material rodante ou de tração, obra de arte ou instalação", pode resultar em pena de reclusão de dois a cinco anos e multa.

A SuperVia informou ainda que, em média, 4.000 portas são danificadas por mês nos trens da concessionária por atitudes irregulares e ações indevidas. Cerca de 200 delas precisam passar por manutenção para troca do dispositivo de abertura e fechamento. Todos os meses, cerca de 20 portas precisam ser totalmente substituídas. O tempo de reparo de cada uma é de um dia. O custo de uma porta nova é R$ 20 mil, além dos prejuízos causados a todos os passageiros pela retirada do trem de circulação.

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Paes é empossado e anuncia integração definitiva do bilhete único ao metrô e barcas

Paes é empossado e anuncia integração definitiva do bilhete único ao metrô e barcas

01/01/2013 - O Globo

Depois da cermimônia, prefeito reeleito seguirá ao Palácio da Cidade

RAFAEL GALDO

RIO — Foram empossados na tarde desta terça-feira na Câmara de Vereadores do Rio o prefeito Eduardo Paes e o seu vice, Adilson Pires. Em seu discurso durante a solenidade, Paes adiantou alguns projetos e decretos que estão sendo publicados neste primeiro dia do ano no Diário Oficial do Município. Entre eles a determinação de um prazo de 180 dias para instalação do ponto biométrico na rede de saúde da prefeitura e a integração definitiva do bilhete único carioca ao metrô e às barcas, nos próximos seis meses.
Entre as outras medidas por ele anunciadas estão a criação de mecanismos de controle de convênios, como a redução de contratos de veículos, para reduzir os gastos públicos. Entre as medidas de redução de gastos que serão adotadas o secretário da Casa Civil, Pedro Paulo, lembra que haverá cortes lineares de 10% dos encargos especiais para todas as secretarias já a partir do próximo vencimento. Isso vai gerar uma economia de R$ 65 milhões por ano no total. O total dos decretos publicados hoje, entre soma de receitas e cortes de gastos, deve render à prefeitura economia entre R$ 1 bilhão a R$ 1,5 bilhão por ano. Entre outras medidas ele ainda citou a possibilidade de reembolso em dinheiro da nota fiscal eletrônica e a regulamentação do Programa de Recuperação Fiscal carioca.
— Tenho consciência das oportunidades que o Rio vive e vai viver nos próximos quatro anos. Tenho clareza que não podemos repetir o primeiro mandato e obrigação de ter um segundo mandato muito melhor. Vamos governar com muita inquietude de olhar crítico sobre a minha própria administração. O meu comando para o secretariado é: tudo tem jeito — disse Paes, ao lembrar do papel importante do legislativo para projetos do mandato anterior, como o da Zona Portuária e do plano diretor.
Perguntado sobre possíveis críticas que ele mesmo faça sobre seu governo, respondeu, em tom de brincadeira:
— Fico inquieto. Sou crítico, mas guardo para mim. Não sou bobo.
O presidente reeleito da Câmara, Jorge Felippe, afirmou que a casa estará aberta e solícita para discutir os assuntos da cidade. Ele falou, ainda em seus discurso, sobre transparência e respeito.