segunda-feira, 29 de julho de 2013

Reforço antecipado nos trilhos e na baía no Rio de Janeiro

10/12/2012 - O Dia Online

Fabricação nacional de trens começará já no ano que vem. Rio recebe nesta terça-feira 2 barcas

Rio - Alívio à vista para usuários de transporte público no Rio. Dois catamarãs vão atracar nesta terça-feira, no Porto do Rio, com a promessa de reforçar as barcas em 1.600 lugares por hora nos horários de pico.

O serviço da SuperVia promete também entrar nos trilhos antes do esperado: até fevereiro de 2014, 20 novos trens montados em Deodoro, na Zona Oeste, devem entrar em operação com capacidade para mais 20 mil passageiros. A data prevista antes era 2016.

A nova fábrica de montagem é fruto da parceria com a empresa francesa Alstom e ficará pronta até junho. O contrato foi firmado na manhã desta segunda, com presença do governador Sérgio Cabral.

Composições das linhas 3 e 4 do metrô e os VLTs (Veículos Leves sobre Trilhos) poderão ser produzidos lá. "Vamos avaliar a locação do espaço para atender novos projetos", adiantou o presidente da Alstom Brasil, Marcos Costa.

As composições para a SuperVia serão parecidas com as da frota chinesa, com passagem interna entre vagões, TVs e painéis de LED. A capacidade para passageiros, no entanto, será 20% menor nos trens nacionais.

O mapa de linhas digital é a grande novidade nos carros: nos vagões, mostrará em que ponto do trajeto o trem está. "A ideia inicial seria fabricar os trens na França, mas decidimos trazer todo o trabalho para a nossa casa.

A grande vantagem é que vamos acompanhar todo o processo de fabricação e ainda gerar empregos na cidade", explica o presidente da SuperVia, Carlos José da Cunha, que garantiu 270 vagas diretas e indiretas. A implantação da fábrica e construção dos trens representam investimento de R$ 2,4 bilhões da concessionária em parceria com o estado.

Catamarãs ainda sem data

Os novos catamarãs alugados de Hong Kong atravessaram o oceano a bordo de um cargueiro e só vão entrar em operação após série de testes no mar, ainda sem data para começar.

A CCR Barcas também não divulgou oficialmente o itinerário das embarcações mas adiantou que o novo investimento será para desafogar os horário de pico na linha Praça 15-Praça Arariboia, a mais movimentada. De acordo com a Secretaria Estadual de Transportes, a concessionária assumiu o compromisso de oferecer 1.600 lugares por hora nos horários de pico.

Por Angélica Fernandes

Fonte: O Dia Online

quarta-feira, 24 de julho de 2013

BNDES aprova financiamento à SuperVia

23/07/2013 - Valor Econômico

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 1,6 bilhão à SuperVia, empresa controlada pela Odebrecht TransPort, que opera o serviço de trens urbanos da região metropolitana do Rio de Janeiro. Os recursos serão aplicados na adequação e modernização de 89 estações ferroviárias, reforma e compra de novos trens e melhoria dos sistemas de comunicação, controle e sinalização da rede.

A SuperVia e o governo do Estado do Rio de Janeiro fizeram um acordo que envolve investimentos de R$ 3,3 bilhões até o fim de 2020. A execução do plano é condição necessária para prorrogar, por 25 anos, o contrato de concessão da empresa, que expira originalmente em 2023.

Com esses investimentos, a expectativa é duplicar, em cinco anos, o número de passageiros transportados todos os dias, que hoje é de 550 mil. A SuperVia administra 270 quilômetros de linhas férreas, distribuídas em oito ramais, com 102 estações.

Do total de R$ 3,3 bilhões de investimentos, R$ 1,6 bilhão sairá do financiamento do BNDES e R$ 1,18 bilhão virá do Tesouro estadual. O restante provém do caixa próprio da SuperVia. Coube ao governo a aquisição de 90 trens de quatro vagões cada, dos quais 30 já foram entregues e 60 estão contratados. Outras 30 composições de fabricação nacional serão adquiridas pela concessionária, totalizando 120 novos trens.

"Esse financiamento vai permitir a melhoria efetiva das operações da SuperVia", afirma o diretor da área de infraestrutura social do BNDES, Guilherme Lacerda. "Há uma profunda transformação na gestão da rede e esse é um projeto de referência."

De acordo com o diretor, os recursos serão liberados à medida que houver necessidade para as obras e a aquisição de equipamentos. Um empréstimo-ponte de R$ 200 milhões à SuperVia já havia saído anteriormente.

Lacerda lembrou a aprovação de dois financiamentos recentes para ilustrar o apoio crescente do banco a projetos estruturantes de mobilidade urbana: um empréstimo de R$ 4,3 bilhões para a linha 4 do metrô do Rio (Ipanema-Barra da Tijuca) e outro, no valor de R$ 2,3 bilhões, para a expansão da linha 2-verde e a construção da linha 15-prata (em monotrilho) do metrô de São Paulo.

Também está em análise um financiamento de R$ 3,9 bilhões para a linha 6-laranja do metrô de São Paulo, que será construído por parceria público-privada, e já teve edital de licitação lançado.

O papel do BNDES no financiamento de projetos de transportes coletivos deverá aumentar nos próximos meses. Em junho, uma resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN) permitiu empréstimos do banco a empreendimentos do PAC Mobilidade, para grandes e médias cidades. Até então, a única alternativa de financiamento para esses projetos era a Caixa Econômica Federal (CEF). "Estamos preparados para receber esses projetos", afirma Guilherme Lacerda. "Não faz sentido ser apenas a CEF. O BNDES tem recursos suficientes."

O banco de fomento pode ser uma opção especialmente interessante para cidades médias, que ganharam capacidade de endividamento se o dinheiro for usado nos projetos de mobilidade habilitados pelo Ministério das Cidades. Essa linha do PAC não tem desembolso direto do Orçamento Geral da União, apenas financiamento subsidiado.