terça-feira, 24 de setembro de 2013

Trem para em estação na Zona Norte e usuários enfrentam caos

24/09/2013 - O Globo

Passageiros revoltados com a pane deprederam estação e incendiaram a cabine do maquinista

Bombeiros apagam fogo na cabine do maquinista Foto: Foto da leitora Milene Silva / Extra
Bombeiros apagam fogo na cabine do maquinista Foto: Foto da leitora Milene Silva / Extra

RIO — Um trem da SuperVia apresentou problemas mecânicos e parou na estação São Francisco Xavier, na Zona Norte da cidade, na noite desta terça-feira. Com isso, a circulação no ramal de Santa Cruz foi interrompida. Segundo usuários do serviço, a sala do maquinista foi incendiada por passageiros revoltados, após uma pane. Policiais do 3º BPM (Méier) foram acionados. De acordo com a concessionária, a circulação foi liberada por volta das 19h30m e as partidas da Central "serão normalizadas aos poucos".

Segundo o leitor Vitor Hugo Gomes Oliveira, houve pânico e correria na estação São Francisco Xavier. Ele relata que os passageiros desceram do trem assim que ele parou e, em seguida, começaram a quebrar lixeiras e placas da estação da Zona Norte. Ele conta que houve pânico e correria:

— O trem quebrou quando chegou na Estação São Francisco Xavier. Indignados, os passageiros desceram e começaram a quebrar as lixeiras e as placas informativas. Pegavam tudo e jogavam nos trilhos, impedindo que outros trens passassem, tanto no sentido Santa Cruz quanto no sentido Centro. Depois, atearam fogo ao veículo - disse Vitor ao jornal "Extra".

No Twitter, muitos usuários do trem reclamam da falta de informações. Deivison Fortuoso escreveu há pouco no microblog que a SuperVia não fornece informações precisas:

— Isso é uma vergonha! Estou há 30 minutos aguardando um trem para Santa Cruz. E recebendo informações divergentes pelo megafone.

Na Central do Brasil, os usuários também dizem estar sem informações sobre a circulação dos trens:
— Todos os telões estão desligados, dificultando assim as informações para embarque. Está assim desde ontem. É um exemplo da qualidade do serviço prestado pela SuperVia — desabafou Thiago dos Santos Carvalho Andrade, morador de Magalhães Bastos.

A SuperVia informou, por meio de nota, que o problema mecânico no trem que parou na Estação São Francisco Xavier foi registrado às 18h05m. A concessionária disse que, pouco antes do quebra-quebra, havia disponibilizado outro trem vazio, que chegaria em 11 minutos. Ainda segundo a SuperVia, por volta das 19h, os manifestantes deixaram as linhas e seguiram viagem em outra composição, normalizando os intervalos do ramal Santa Cruz. A concessionária reforça que os passageiros foram informados o tempo todo sobre a circulação, por meio do sistema de áudio.
Problemas em série

No dia 3 de setembro, o Rio teve uma manhã de caos no sistema de transporte ferroviário, quando quando três ramais tiveram viagens suspensas e um trem foi incendiado. Na ocasião, algumas estações chegaram a ser depredadas. No dia seguinte, os usuários voltaram a enfrentar problemas, pois os ramais Japeri, Santa Cruz e Deodoro ficaram com intervalos irregulares de circulação.
Outra manhã de caos nos trens ocorreu em 28 de agosto, quando três trens - um que seguia de Santa Cruz para a Central do Brasil e outro que ia de Japeri para a Central — tiveram a viagem interrompida ao passarem pelas estações Engenho de Dentro e Oswaldo Cruz. O problema ocorreu devido a problemas na rede aérea da SuperVia.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Novos trens da SuperVia começam a chegar em outubro

18/09/2013 - O Globo

A Secretaria estadual de Transportes informou que em outubro começará a receber as primeiras composições dos 60 trens chineses comprados pelo Governo do Estado para operar na SuperVia. Segundo a secretaria se trata de uma antecipação de cinco meses no cronograma inicial. Em setembro de 2014, mês em que seriam entregues os primeiros três trens, já deverão ter desembarcado no Rio 14 composições.

Quando todas as composições estiverem em operação, a oferta diária aumentará em mais 576 mil de lugares para os passageiros da ferrovia.

Os trens serão equipados com ar condicionado, sistema de comunicação direta com o Centro de Controle Operacional, interiores mais amplos e confortáveis, com bagageiros, Tvs de led e trânsito livre entre carros.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Novo problema nos trens revolta passageiros no Rio

03/09/2013 - Jornal do Brasil

Composição pega fogo após revolta de passageiros com mais uma falha na SuperVia

Mais uma vez, trens da SuperVia apresentam problemas obrigando passageiros a caminhar sobre os trilhos, na manhã desta terça-feira (3). Uma composição que seguia de Santa Cruz para Central apresentou falha mecânica quando saía da estação Engenho de Dentro e parou com três composições fora da plataforma. Revoltados, passageiros atearam fogo no primeiro vagão do trem, que ficou completamente destruído. A paralisação provocou atrasos em outras estações.

Em nota, a Supervia confirmou que passageiros protestavam nos trilhos desde às 9h, na estação de Engenho de Dentro e Quintino. Várias estações foram fechadas. Com a interrupção e o incêndio, a circulação dos trens continuou interrompida por muito tempo. Revoltados, passageiros na estação de Engenho de Dentro fizeram com as mochilas o sinal de S.O.S. no chão, e deram-se as mãos, fazendo um grande círculo.

Segundo passageiros, a composição incendiada saiu às 6h de Santa Cruz e parou em Engenho de Dentro por quase uma hora. Um dos usuários que estava na composição incendiada contou como aconteceu. Segundo ele, em Realengo o trem apresentou problemas, mas seguiu viagem. Na estação de Engenho de Dentro, a composição parou fora da plataforma e as pessoas tiveram dificuldades para sair de dentro do trem. E quando caminhavam em direção à plataforma, o maquinista tentou deslocar o trem, causando uma gritaria e correria no local. Em seguida, duas outras composições chegaram à estação e também ficaram paradas.

"A plataforma ficou lotada. As pessoas ficaram revoltadas, senhoras tentavam pular de uma altura grande para sair do trem. Entre reclamações, colocaram pedras grandes nos trilhos para impedir a passagem das composições e a polícia militar e os seguranças da Supervia tentavam tirar os objetos. De repente, eu vi um foco de fumaça preta e muita confusão", contou o usuário, que não quis revelar a sua identidade.

O trânsito próximo à estação de Engenho de Dentro ficou completamente parado. Vias foram fechadas para a passagem dos caminhões do Corpo de Bombeiros. Este foi o segundo problema registrado nos trens da SuperVia em uma semana.

Com relação aos incidentes, a Supervia se pronunciou através de duas nota enviadas à imprensa. "Às 8h de hoje (03/09), uma composição que seguia de Santa Cruz para Central apresentou problema mecânico quando partia da estação Engenho de Dentro e parou com três carros fora da plataforma. Por medida de segurança, os outros trens precisam aguardar liberação para seguirem viagem até que todos os passageiros cheguem à plataforma da estação", explicou a nota. Após o incêndio, a empresa alegou que "passageiros não seguiram a orientação de andarem 60 metros até plataforma da estação Engenho de Dentro e permaneceram na linha férrea dificultando a retomada da circulação. Por medida de segurança, as estações dos ramais Deodoro e Santa Cruz precisaram ser fechadas. A SuperVia acionou o Grupamento de Polícia Ferroviária e o batalhão da área para tomar as providências necessárias", destacou a nota da Supervia.

Fonte: Jornal do Brasil

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Após atrasos, passageiros cercam cabine de maquinista de trem da SuperVia

16/09/2013 - Extra

Pessoas foram contidas por seguranças da concessionária

Houve um pequeno tumulto na estação Central

Polícia Militar auxiliar em operação da SuperVia para evitar que passageiros viagem com as portas dos vagões dos trens abertas Foto: Márcia Foletto / O Globo
Polícia Militar auxiliar em operação da SuperVia para evitar que passageiros viagem com as portas dos vagões dos trens abertas Márcia Foletto / O Globo

RIO — Passageiros dos trens da SuperVia reclamam dos atrasos das composições dos ramais de Saracuruna e Gramacho. Usuário do transporte, o supervisor de estoque Douglas Mendonça reclama da demora. Ele saiu às 7h20min de Saracuruna e demorou duas horas para chegar ao seu destino, na Central do Brasil. Ele trabalha em Copacabana, na Zona Sul do Rio, e precisava estar no trabalho às 9h. Segundo Douglas, o trem ficou parado 20 minutos na estação de Olaria, 20 minutos em Manguinhos e dez minutos na estação de Triagem. Ainda segundo o supervisor de estoque, o trem opera com as portas dos vagões abertas devido à superlotação. O trem do ramal Saracuruna chegou às 9h20min na estação Central. Revoltados com a demora da viagem, os passageiros chegaram a cercar a cabine do maquinista, mas foram contidos por seguranças da concessionária. Houve um pequeno tumulto na estação.— É sempre assim, a mesma demora de sempre. Eu não aguento mais. Não vou pegar a justificativa porque vou perder ainda mais tempo. Que ótimo início de semana a SuperVia nos proporciona — reclama Mendonça.

Investimento em centro de controle da SuperVia não dá resultados

Quem também passou sufoco foi o contador Marcos Rosário, de 33 anos. Ele conta que o trem deveria ter saído às 7h27m de Gramacho, mas só seguiu viagem com destino à Central às 7h58m. Ele também reclamou de atrasos e superlotação nas composições:

— Falta de respeito com a população. Descaso total. Até as 9h14m, a SuperVia ainda não havia comentado o assunto.

Problemas em série

Passageiros de trens da SuperVia têm enfrentado transtornos recorrentes nos últimos tempos. No dia 5 deste mês, uma composição do ramal de Japeri parou na Estação de Cascadura, na Zona Norte do Rio, por volta das 6h30m. Os passageiros tiveram que ser transferidos para outros trens. Segundo a concessionária, não houve atrasos no ramal, pois as composições circularam por outras linhas. Já por volta de 7h20m, um trem bateu num carro na Estação de Gramacho, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

Na terça-feira anterior, um trem enguiçou na Estação Engenho de Dentro, na Zona Norte de Rio. O problema gerou um efeito cascata, suspendeu a circulação nos ramais de Santa Cruz e Deodoro e fechou 27 estações. Na Estação de Quintino, também na Zona Norte, uma composição teve um vagão incendiado.

No dia seguinte, o maquinista de um trem que seguia de Queimados, na Baixada Fluminense, para a Central do Brasil, teve que acionar o freio de emergência. A composição parou perto da Estação 
Engenho de Dentro. Mais uma vez, passageiros desembarcaram nos trilhos.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Após pane, mais um trem é incendiado no Rio

11/09/2013 - Jornal do Brasil

Houve tumulto em várias estações

Mais uma confusão envolveu passageiros revoltados com os problemas nos trens da SuperVia, na noite desta quarta-feira. Uma pane em um trem do ramal de Saracuruna, por volta das 18h15, provocou a paralisação do ramal. Indignados com o atraso, passageiros colocaram fogo em uma composição em Bonsucesso, na Zona Norte do Rio.

Segundo nota da concessionária, o problema começou quando uma composição que seguia da Central do Brasil para Saracuruna apresentou problema mecânico na chegada à Penha Circular, às 18h15. 

Às 20h15, segundo a nota, a circulação do ramal Saracuruna pôde ser retomada. "Imediatamente, a concessionária iniciou o procedimento de distribuição de vale-viagem aos passageiros que não puderam seguir seu trajeto. No entanto, às 19h45, em um ato criminoso, um trem que aguardava ordem de circulação na estação Bonsucesso teve a cabine do maquinista incendiada", acrescenta a SuperVia.

Os passageiros foram informados pelo sistema de áudio das estações e dos trens sobre o problema. 

Passageiros colocam fogo em cabine de trem após pane

11/09/2013 - Extra

Houve quebra-quebra em pelo menos três estações: Triagem, Penha Circular e Central

FABIO TEIXEIRA, COM EXTRA

 Cabine de trem incendiada por passageiros revoltados com mais uma falha nos serviços da Supervia Foto: Marcelo Carnaval / O Globoo
Cabine de trem incendiada por passageiros revoltados com mais uma falha nos serviços da Supervia Marcelo Carnaval / O Globo

RIO — Passageiros incendiaram a cabine de um trem na estação de Bonsucesso, na Zona Norte da cidade, na noite desta terça-feira. O tumulto começou depois que uma composição apresentou problema mecânico na estação Penha Circular no início da noite. Por volta de 19h20m, a circulação do ramal Saracuruna teve de ser interrompida, deixando passageiros revoltados. Houve quebra-quebra em pelo menos três estações: Triagem, Penha Circular e Central do Brasil. Até por volta de 19h30m, centenas de pessoas permaneciam dentro dos vagões ou em plataformas, sem receber explicação de funcionários da empresa.



Às 21h10m, a estação de Bonsucesso continuava operando apenas para desembarque de passageiros. O local já estava praticamente vazio. A Supervia informou, no entanto, que às 20h35m todas as estações do ramal Saracuruna foram reabertas para embarque e desembarque (a exceção de Triagem, que continuava funcionando somente para desembarque).

Ainda segundo a concessionária, às 20h40m, saiu o primeiro trem da Central do Brasil com destino a Saracuruna, meia hora após os bombeiros controlarem o incêndio na cabine do trem. Já a circulação no ramal começou a ser retomada às 20h15m, mas ainda com atrasos.

O ataque à cabine do trem, em Bonsucesso, aconteceu às 19h45m. De acordo com a concessionária, a composição aguardava ordem de circulação quando foi incendiada. Bombeiros e Polícia Militar foram ao local para combater as chamas e conter o tumulto, respectivamente.

Agetransp abriu Boletim de Ocorrência

A Agetransp informou que enviou fiscais para os locais onde aconteceram os incidentes. O gerente da Câmara de Transporte da agência esteve no Centro de Controle Operacional da concessionária para acompanhar as providências tomadas para a normalização da operação. Houve ainda a abertura de um Boletim de Ocorrência para apurar as circunstâncias dos incidentes.

Na estação de Brás de Pina, passageiros relataram que ficaram mais de 20 minutos sem saber o que estava acontecendo. A Supervia disse, no entanto, que os passageiros estão sendo informados pelo sistema de áudio das estações e dos trens. A concessionária alegou que iniciou o procedimento de distribuição de vale-viagem aos passageiros que não puderam seguir seu trajeto.

Coordenadora de uma empresa de marketing, Luciana Graça de Souza, de 31 anos, estava desde 18h tentando chegar a Caxias. Às 19h30m, ela estava no escuro, dentro do vagão, em Brás de Pina. Antes, o trem já havia parado na Penha Circular. As janelas do vagão foi quebrada por passageiros revoltados.

— Na Penha Circular, ele enguiçou, e o pessoal ficou revoltado. Quebrou as roletas de entrada e os vidros. Eu peguei o trem em Olaria para ir até Caxias. Deu um estouro entre Penha Circular e parou novamente em Brás de Pina. Estamos dentro do vagão agora, sem nenhuma informação — criticou Luciana.

O gerente financeiro Alan Fernandes da Cunha está parado há 50 minutos na estação de Triagem. Ele conta que estava num vagão que partiu da Central em direção a Saracuruna.
— As pessoas estão tentando atear fogo na estação. Há ainda um grupo chutando placas e tentando arrancá-las — descreveu.

Na Central do Brasil, passageiros arrancaram uma das grades que separa a estação da plataforma de embarque da Supervia na Central do Brasil. A SuperVia informou que equipes de manutenção estão trabalhando para consertar o trem que parou por problemas mecânicos próximo à estação Penha Circular. Por isso, vários trens estão parados ao longo do ramal Saracuruna, gerando atrasos.
Mais cedo, por volta de 18h40m, um trem que seguia da Central do Brasil para Santa Cruz apresentou um problema na sapata de freio quando chegava à estação Augusto Vasconcelos. Após vistoria da equipe técnica, que durou oito minutos, o trem foi liberado e seguiu normalmente.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Secretaria de Transportes implantará VLT no Rio

16/04/2013 - Jornal do Brasil

O secretário Julio Lopes participou, no fim de semana, do Congresso Regional sobre Revitalização do Transporte Ferroviário na Baixada Fluminense, em Guapimirim. Representantes do setor se reuniram para apresentar as demandas da população que utiliza os trens da SuperVia.

No encontro, Julio Lopes afirmou que vai implementar o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) na região, que já tem todo o trajeto de trilhos prontos para receber este tipo de veículo. A licitação para a compra dos trens será feita ainda este ano e o prazo para a entrega dos carros pode levar mais 24 meses. A unificação dos cartões de vale transporte pelo Bilhete Único, garantindo que os usuários utilizem qualquer transporte modal (trens, vans legalizadas, barcas, ônibus e metrô) com a mesma tarja eletrônica, também será concluída em 2013.

Segundo Julio Lopes, o Estado do Rio está fazendo a maior recuperação ferroviária do Brasil. O pacote inclui a construção de uma ferrovia que liga o porto do Rio de Janeiro ao de Vitória, no Espírito Santo, e outra que irá do Porto do Açu, em São João da Barra, a Uruaçu, em Minas Gerais, permitindo o transporte de passageiros da capital até Campos dos Goytacazes, passando por Itaboraí. As obras estão incluídas no pacote de financiamento do governo federal e custarão, juntas, R$ 20 bilhões.

As melhorias na SuperVia também foram lembradas: em 2007, apenas 10 trens circulavam com ar condicionado. Hoje são 83 e, até 2016, serão 210 composições climatizadas em operação. Além da troca de dormentes, aparelhos de mudança de via, trilhos, equipamentos de sinalização e do sistema de acesso às estações, nas estações, que somam mais de 60 anos de uso.

Trens da SuperVia voltam a ter atraso

04/09/2013 - Valor Econômico

Com investimentos de R$ 3,3 bilhões até 2020, compartilhados com o governo do Rio, a SuperVia, controlada pela Odebrecht TransPort, que opera o serviço de trens urbanos da região metropolitana fluminense, enfrenta problemas técnicos frequentes com consequência nos cofres da empresa. Só este ano, incidentes relacionados sobretudo a panes mecânicas e problemas na rede aérea levaram a Agência Reguladora de Serviços Públicos de Transportes do Rio de Janeiro (Agetransp) a multar a SuperVia em R$ 281,5 mil e abrir 66 boletins de ocorrência.

Ontem pela manhã, uma falha mecânica levou à quebra de uma composição na estação Engenho de Dentro, zona norte. A terceira paralisação em duas semanas gerou revolta entre os passageiros, que ocuparam os trilhos. Estações foram fechadas e uma composição pegou fogo.

Desde o começo da concessão, em 1998, as multas somam R$ 5,1 milhões. A concessionária já pagou R$ 1,9 milhão em multas, mas mantém R$ 2,6 milhões na dívida ativa do Estado.

Para o governo do Rio, porém, as falhas no serviço não trazem risco à concessão. "A SuperVia vem atendendo aos investimentos programados", diz o secretário de Transportes, Júlio Lopes. "Há um perfil de melhora permanente e vemos com clareza que não é bom para o Estado interromper este contrato no momento."

Em 2011, a Odebrecht entrou no consórcio comprando 60% de participação dos fundos estrangeiros antes controladores. Então, a concessão foi prorrogada por 25 anos, até 2048. "Tínhamos investidores desconhecidos com base nas Ilhas Cayman, uma incógnita para a administração pública", disse Lopes ao Valor. "Mas eles tinham um contrato e nossa opção foi atrair um investidor com grande capacidade de investimento que fosse capaz de dar as respostas que a população precisa".

As obrigações de investimento na renovação da malha ferroviária somam R$ 2,4 bilhões divididos igualmente entre governo e empresa. Mas a SuperVia aumentou seu aporte para R$ 2,1 bilhões, dos quais 66% serão aplicados até 2016 na compra de trens e renovação do sistema de sinalização. Segundo Lopes, o governo já investiu US$ 472 milhões na compra de 90 composições.

RF – Leia abaixo a nota enviada pela SuperVia à imprensa sobre o problema na circulação de trens nesta terça-feira (03/09):

"Às 9h45, as estações dos ramais Santa Cruz e Deodoro foram reabertas e a circulação está sendo retomada gradativamente. O Corpo de Bombeiros e os técnicos da SuperVia permanecem na estação Quintino para controlar a situação e retirar o trem do local para liberar as linhas. A empresa esclarece que vinculou avisos aos passageiros que estavam dentro de todos os trens e de todas as estações a cada minuto informando sobre a situação.

A SuperVia esclarece que não existe nenhum material inflamável nos trens e, por isso, suspeita de que o fogo foi criminoso. A concessionária repudia com veemência atos como esses, que causam danos ao patrimônio público e põe em risco a viagem de milhares de pessoas. A concessionária lamenta os transtornos causados aos passageiros pelas atitudes irregulares realizadas por algumas pessoas e informa que todos os casos estão sendo rigorosamente apurados, com apoio da Polícia e do Governo do Estado do Rio de Janeiro."

domingo, 8 de setembro de 2013

Diário sobre trilhos: 15 anos de problemas e falhas da SuperVi

08/09/2013 - Jornal do Brasil

Concessionária opera com ineficiência e promessas de melhorias desde a sua estreia

Cláudia Freitas

As manhãs da última semana foram marcadas por um cenário que se repete anos após anos no principal transporte sobre trilhos do Rio de Janeiro. Trens enguiçados, estações lotadas, passageiros caminhando pela via férrea, atrasos na circulação das composições e horas de paralisação no sistema foram as cenas presenciadas durante quatro dias seguidos de falhas técnicas na malha da SuperVia, que transformaram a vida do carioca em caos. Revoltados, passageiros depredaram composições e chegaram a incendiar um dos trens avariados. No "diário" da SuperVia, os relatos de precariedade no serviço aparecem desde o primeiro dia em que a concessionária assumiu no estado, no dia 02 de novembro de 1998, Dia de Finados, com o slogan "Melhorando a cada dia por você". 

A Flumitrens (Companhia Fluminense de Trens Urbanos) foi privatizada no dia 15 de julho de 1998, na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, pelo valor de R$ 279 milhões e como parte integrante do Programa Estadual de Desestatização (PED), do governo de Marcelo Alencar. Na época, o então secretário de Fazenda, Marco Aurélio Alencar, afirmou que o Estado havia investido mais de R$ 500 milhões na companhia, nos quatro anos anteriores. No dia 2 de novembro, a SuperVia, formada pelas empresas espanholas Construcciones e Auxiliar de Ferrocarriles S/A, assinou com o governo carioca a concessão do serviço por um prazo de 25 anos. O então diretor do grupo, Roberto Macias, assumiu o compromisso de modernizar em três anos todo o sistema ferroviário do Rio, deixando-o digno de primeiro mundo, inclusive instalando ar condicionado nos trens de todos os ramais. No entanto, pediu um pouco de paciência aos usuários, que teriam que conviver por "um tempo a mais com a cara feia dos trens da cidade".


Reportagem do JB sobre a primeira semana de 
atividades e transtornos da SuperVia

A estreia da SuperVia rendeu muitos comentários e destaque na imprensa brasileira, mas as manchetes não repercutiram da forma esperada pela companhia. Um acidente em uma das linhas da Baixada Fluminense deixou o sistema paralisado durante todo o dia. Passageiros tiveram que descer dos vagões e caminharem até a plataforma. Na Central do Brasil, um protesto de vendedores ambulantes proibidos de comercializar mercadorias nos trens reuniu centenas de pessoas. O diretor de operações da SuperVia, Ronaldo Coutinho, tentou acalmar os ânimos, garantindo que a concessionária estava pronta para investir mais de R$ 1 bilhão na recuperação das composições, até 2001.

Dois dias depois, 5 de novembro, dois trens reformados descarrilaram e, num outro episódio no mesmo dia, uma composição colidiu com dois ônibus em uma passagem de nível, matando 4 pessoas e ferindo 32. No descarrilamento, passageiros pulavam do trem enquanto ele ainda estava em movimento. A SuperVia justificou o fato pela precariedade nos ramais da Baixada Fluminense. No dia 7 de novembro, outro descarrilamento parou o sistema por mais de três horas. Na contabilidade final, foram quatro dias de incidentes e caos na primeira semana em que a SuperVia assumiu o serviço.

A SuperVia recebeu de herança da Flumitrens as composições enferrujadas, pichadas e lentas. Com o recurso inicial de R$ 180 milhões disponibilizado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), a SuperVia conseguiu aumentar a sua frota de 50 para 85 composições, recuperando 35 delas que estavam encostadas na Central do Brasil. As condições precárias dos trens tiveram como ponto de partida a superlotação, que atingiu seu ponto crítico em meados da década de 80.


JB comentava resultados do sétimo e mais 
grave acidente da SuperVia

A falta de cuidados mínimos com as composições e os atos de vandalismo, somados à falta de investimento público, foram os componentes que levaram ao colapso da malha ferroviária. Ao se livrar da manutenção dos 225 quilômetros de trilhos, o governo do Estado transferiu para a SuperVia uma "bomba relógio", cujos efeitos são esses que estão explodindo nos últimos dias, causando um sentimento de revolta e descredito dos passageiros que há anos aguardam por melhorias no serviço.

Em 1983, o sistema de transporte ferroviário ainda era eficiente no Estado, com boas condições de segurança e preço de passagem acessível. A média de passageiros nesse ano era de 80 mil pessoas, diariamente. A qualidade do serviço atraiu mais usuários e no ano seguinte, a companhia registrou um número record de passageiros, cerca de 1 milhão e 100 pessoas circulavam pelos trens do Rio. Sem novos investimentos para a crescente demanda, teve início o processo de sucateamento do sistema sobre trilhos e os problemas começaram a afugentar os usuários mais exigentes. Em 1985, o número de usuários caiu para 900 mil e a queda foi ainda maior nos anos seguinte. Em 1990, os trens já estavam degradados pela má conservação e pelo uso inadequado das pessoas. Várias composições burlavam as normas de segurança e transitavam entre as estações com as portas abertas, oferecendo riscos para os cerca de 500 mil passageiros / dia.

Quatro anos antes da SuperVia assumir a concessão do serviço, o sistema ferroviário conheceu um novo e preocupante problema: os passageiros clandestinos. Na época, as estatísticas comprovavam que o trem não era mais a preferência carioca, apontando para um movimento de apenas 300 mil pessoas por dia, sendo que as estimativas eram de que 100 mil deles haviam ingressado de forma irregular nas estações, sem pagar passagem.

Trem ainda é o transporte ideal, garante especialista

A ausência de sinal, os pontos de parada definidos e os horários rigorosos fazem do transporte ferroviário o melhor do mundo, na opinião do especialista em Transportes da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Alexandre Roujas. As principais qualidades do sistema oferecem ao trabalhador uma opção segura para ele chegar ao seu emprego sem atrasos e sem o estresse natural dos outros tipos de transporte que depende do bom fluxo das estradas e vias urbanas congestionadas. No caso da malha ferroviária do Rio, Alexandre acredita que os constantes problemas que estão desgastando a relação entre companhia e usuário são provenientes de "uma concepção do século passado", quando o sistema era eficiente para sua proposta social e considerado o maior da América Latina.

Alexandre comparou o transporte de trens do Rio ao da capital paulista, que também tem 225 quilômetros de extensão e também sofre com os reflexos dos duros anos de sucateamento e falta de investimentos. Na década de 90, o estado de São Paulo cumpriu a promessa de modernizar a sua frota, levando outras melhorias para as plataformas, que ganharam mais espaço e cobertura. No Rio, os trens ganharam a preferência da população e a superlotação foi inevitável.
Os trens exigem 
cuidados técnicos de 
alto custo
"Os problemas foram se acumulando e causando a degradação do serviço. Quem assumiu a concessão ficou também com a responsabilidade de recuperar o sistema e as composições fornecidas pelo Estado. Só que este é um serviço cuja manutenção é muito cara e o dinheiro da SuperVia não está sendo suficiente para recuperar o sistema. Ao contrário de outros meios de transporte urbano, os trens exigem cuidados técnicos de alto custo e especializado. Então, é necessário um grande número de usuários pagando pelo serviço para compensar os cofres da concessionária e, assim, ela reverter em investimentos e na boa prestação de serviço. É uma relação de proporcionalidade", explicou Alexandre.

Pressionada a apresentar soluções a uma clientela cada vez mais exigente e já acostumada com os avanços tecnológicos, a SuperVia começou a fazer "gambiarras" na rede e as medidas paliativas já não conseguem mais esconder o sucateamento geral do sistema. Alexandre considerou que os recentes investimentos da Odebrecht TransPort em sinalização deu mais segurança aos clientes, mas as soluções isoladas são encobertas pela imensidão de problemas. "Esse foi um passo importante e bom investimento, mas ele não aparece em meio ao caos que se transformou o sistema ferroviário do Rio", disse ele.


Reportagem do JB sobre primeira semana de 
estreia e transtornos na SuperVia

Segundo Alexandre, o ramal que mais recebeu investimento da SuperVia foi o de Deodoro, na Zona Oeste da cidade, por receber a maior demanda de passageiros, 46% do total registrado diariamente. "Como o foco é Deodoro, outros ramais ficam desprestigiados e apresentam mais falhas técnicas", destacou o especialista. Uma outra deficiência grave apontada por Alexandre diz respeito à logística do sistema. Ele explicou que um ramal é ligado por várias linhas e quando uma delas tem que ser interrompida por qualquer anormalidade, todas as outras são prejudicadas. "O ideal era encontrar um caminho para desmembrar as linhas e ramais", comentou.

O sistema que está em operação desde os anos 30 já está agonizando e precisa de uma revisão completa e urgente. "As concepções sobre transporte urbano já mudaram, o perfil do público usuário já mudou e o serviço parou no tempo. O diretor de operações da SuperVia anunciou que o sistema de monitoramento foi unificado e modernizado, mas os resultados não vão chegar da forma esperada, porque os trens continuam sucateados, com peças ultrapassadas e desgastadas, até o piso das composições estão furados", disse Alexandre.

Ele questionou também a funcionalidade das estações. "Será que elas ainda estão nos locais certos? Podemos observar os acessos dessas estações, eles são ineficientes para a atual demanda, são entradas de acesso estreitas, complexas, não ideais para portadores de deficiência e fica evidente que a concessionária não conseguiu acompanhar as mudanças ocorridas no perfil de consumo. Sem contar que o sistema de áudio é falho e a sinalização pior ainda", detalhou o especialista.
Eles não sabem 
dialogar com o 
usuário. Até o 
sistema de áudio 
dos trens não 
funciona
Para Alexandre, um dos principais problemas da SuperVia é a precária comunicação com o seu público, o que pode ser interpretado como falta de preocupação e cuidado com a sua clientela. "Eles não sabem dialogar com o usuário. Na era da tecnologia, podiam usar as redes sociais a seu favor, mas não o fazem. Até o sistema de áudio dos trens não funciona e eles deixam as pessoas sem informação. Isso é uma falha considerável, talvez a maior de todas, porque causa revolta", disse Alexandre.

Uma solução citada por Alexandre para resolver as questões mais urgentes é a parceria entre governos estadual e municipal para integrar os transportes públicos, como já acontece com o Metrô. "Num momento crítico como vivenciamos essa semana, com a paralisação de ramais, a SuperVia devia contar com o apoio do município, ter o deslocamento de ônibus para as estações mais afetadas e resolver rapidamente o deslocamento dos usuários até os seus destinos. Para isso, a questão da mobilidade tem que ser revista e com bastante atenção. Tem que ter o acesso dos trens a outros modais", destacou ele.

Com relação à passagem de nível, Alexandre acredita que esta estrutura não representa um problema grave e destaca que ela ainda é usada como alternativa de acesso em diversos outros países. "Essa é uma questão de educação da população. Tem a Cruz de Santo André, o motorista tem que obedecer a sinalização. No Rio de Janeiro, as passagens costumam ter uma boa manutenção e a sinalização raramente apresenta defeito", contou. Alexandre criticou os atos de depredação dos trens ocorridos durante a semana e nos últimos anos. "O trem é do povo. Quando é depredado, a reposição de peça é demorada e cara, é um material importado", opinou Alexandre.

Presidente da SuperVia pede paciência e promete mudanças para cinco anos

Após quatro dias seguidos de problemas técnicos na circulação dos trens, na última semana, o presidente da SuperVia, José Carlos Cunha, pediu desculpas ao usuário, durante entrevista ao telejornal "Bom Dia Rio", da Rede Globo. Ele prometeu 60 novas composições circulando na cidade até o final do ano e estimou que o sistema feche o balanço com 500 falhas em 2013, um índice menor que do ano passado. Cunha anunciou que a SuperVia investiu na comunicação com o passageiro e colocou uma equipe formada por 160 jovens aprendizes para dar orientações nas estações.

Cunha admitiu que a logística do sistema é complicado e de difícil reversão em momentos de pane. O presidente da SuperVia pediu o apoio da população e prometeu que os problemas e falhas serão completamente sanados num prazo entre quatro e cinco anos. "São questões que precisamos de tempo para resolver", justificou.

*Colaboração: Lucyanne Mano

Fonte: http://www.jb.com.br/rio/noticias/20...s-da-supervia/

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Passageiros dos trens voltam a enfrentar problemas nesta quinta

05/09/2013 - O Globo

Na Estação de Cascadura, uma composição do ramal de Japeri parou por volta das 6h30m
Passageiros tiveram que ser transferidos para outros trens
Na Estação de Gramacho, uma composição bateu num carro que acessou a via férrea indevidamente

Carro ficou destruído após bater num trem próximo à estação de Gramacho Eu-repórter / Leitor Douglas Mendonça

RIO - Passageiros de trens da SuperVia enfrentam mais problemas na manhã desta quinta-feira. Desta vez, uma composição do ramal de Japeri parou na Estação de Cascadura, na Zona Norte do Rio, por volta das 6h30m. Os passageiros tiveram que ser transferidos para outros trens. Segundo a concessionária, não houve atrasos no ramal, pois as composições circularam por outras linhas. Já por volta de 7h20m, um trem bateu num carro na Estação de Gramacho, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Segundo o passageiro Douglas Mendonça, o motorista do veículo, João M. Martins, de 50 anos, ficou ferido e foi levado para o Hospital de Saracuruna.

— A batida foi perto da cancela. O carro ficou destruído — disse Douglas.

Passageiros também reclamam de atrasos nos ramais de Saracuruna e de Santa Cruz. Segundo Douglas Mendonça, a circulação no ramal de Saracuruna está irregular desde as 6h e, por isso, a estação do bairro, que fica em Duque de Caxias, ficou lotada.

— Peguei o trem às 7h10m, com atraso de 20 minutos. Tanto a composição quanto a estação estão lotadas — disse ele.

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Trem do ramal de Santa Cruz para em Santíssimo e circulação atrasa
Já no ramal de Santa Cruz, segundo passageiros relatam no Twitter, os trens estão lotados e alguns circulam com as portas abertas. De acordo com Felipe Bibiloni (@felipebln), "Santa Cruz com intervalos enormes. Resultado: trem lotado andando com portas abertas."

— A dura realidade de quem precisa trabalhar. Trens superlotados, falta de respeito ao trabalhador. Até quando isso? — perguntou ela.

A composição do ramal de Saracurua Foto: Patricia Mangia / Foto do leitor / WhatsApp

Morador de Santíssimo, Robson Jones também fez um desabafo por meio do WhatsApp:

— Por volta das 6h33m, o trem parou perto da Estação de Cascadura. Ficamos 20 minutos parados. As portas do trem abriram e os passageiros desceram nos trilhos.
Procurada, a SuperVia ainda não se pronunciou sobre os atrasos. Sobre a batida em Gramacho, a concessionária disse, em nota, que "às 7h20 de hoje (05/09), um carro acessou indevidamente a passagem em nível oficial (regularizada e sinalizada), na linha férrea, próximo à estação Gramacho (ramal Saracuruna), e se envolveu em um abalroamento com um trem que passava pelo local. Os agentes da concessionária prestaram auxílio ao motorista do carro e os passageiros desembarcaram e seguiram para a plataforma da estação. Não houve registro de vítimas. Devido a essa ocorrência, a circulação entre as estações Gramacho e Saracuruna e nos ramais Vila Inhomirim e Guapimirim está temporariamente suspensa. Esta passagem em nível se encontra em perfeito funcionamento e corresponde às normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), com comunicação luminosa e sonora. Os sinais são ativados automaticamente com margem de segurança suficiente para que o trem siga viagem sem riscos de acidentes."

Problemas em série

Desde terça-feira, usuários de trem vêm enfrentando uma série de transtornos. Naquele dia, um trem enguiçou na Estação Engenho de Dentro, na Zona Norte de Rio. O problema gerou um efeito cascata, suspendeu a circulação nos ramais de Santa Cruz e Deodoro e fechou 27 estações. Na Estação de Quintino, também na Zona Norte, uma composição teve um vagão incendiado.

Na quarta, o maquinista de um trem que seguia de Queimados, na Baixada Fluminense, para a Central do Brasil, teve que acionar o freio de emergência. A composição parou perto da Estação Engenho de Dentro. Mais uma vez, passageiros desembarcaram nos trilhos.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Trens param e fogo destrói trem da SuperVia

03/09/2013 - G1 Rio

Um trem que atende o ramal de Santa Cruz enguiçou próximo à estação Engenho de Dentro, no Subúrbio do Rio, e causou problemas na circulação, por volta das 8h desta terça-feira (3). De acordo com a Supervia, passageiros revoltados protestavam nos trilhos, por volta das 9h, e as 27 estações precisaram ser fechadas. Segundo a Globo News, passageiros revoltados atearam fogo em uma composição, no entorno da estação Quintino.

Por segurança, os trens pararam de circular e as estações ficaram lotadas. As composições do ramal de Japeri circulavam pela linha auxiliar, por volta das 9h10, de acordo com a concessionária.

A composição seguia para a Central do Brasil, quando parou com três carros fora da plataforma. Os passageiros precisaram desembarcar nos trilhos. Segundo a concessionária, os atrasos eram de 30 minutos no ramal, por volta das 8h30.

No dia 29 de agosto, um problemas na rede aérea provocaram mais de cinco horas de atraso nos trens da Supervia. Três composições enguiçaram e, revoltados, passageiros depredaram vagões e jogaram objetos nos trilhos. Apesar dos flagrantes, ninguém foi preso.

RF - Leia na íntegra  a nota emitida pela SuperVia:

"Às 07h56 de hoje (03/09), uma composição que seguia de Santa Cruz para Central apresentou problema mecânico quando partia da estação Engenho de Dentro e parou com três carros fora da plataforma.  Por medida de segurança, os outros trens precisam aguardar liberação para seguirem viagem até que todos os passageiros cheguem à plataforma da estação. 
 
Alguns passageiros não seguiram a orientação de andarem 60 metros até plataforma da estação Engenho de Dentro e permanecem na linha férrea dificultando a retomada da circulação. Por medida de segurança, as estações dos ramais Deodoro e Santa Cruz precisaram ser fechadas. A SuperVia acionou o Grupamento de Polícia Ferroviária e o batalhão da área para tomar as providências necessárias. Neste momento, os trens dos ramais Japeri estão circulando pela linha auxiliar e a circulação dos ramais Santa Cruz e Deodoro está acontecendo até a estação Deodoro.

Às 9h13 de hoje (03/09), um trem que estava parado na estação Quintino aguardando a normalização da circulação para seguir viagem, teve alguns equipamentos incendiados por terceiros. O Corpo de Bombeiros foi imediatamente acionado e já trabalha no local com o apoio dos técnicos da SuperVia para controlar a situação.

Às 9h45, as estações dos ramais Santa Cruz e Deodoro foram reabertas e a circulação está sendo retomada gradativamente. O Corpo de Bombeiros e os técnicos da SuperVia permanecem na estação Quintino para controlar a situação e retirar o trem do local para liberar as linhas. A empresa esclarece que vinculou avisos aos passageiros que estavam dentro de todos os trens e de todas as estações a cada minuto informando sobre a situação.

A SuperVia esclarece que não existe nenhum material inflamável nos trens e, por isso, suspeita de que o fogo foi criminoso. A concessionária repudia com veemência atos como esses, que causam danos ao patrimônio público e põe em risco a viagem de milhares de pessoas. A concessionária lamenta os transtornos causados aos passageiros pelas atitudes irregulares realizadas por algumas pessoas e informa que todos os casos estão sendo rigorosamente apurados, com apoio da Polícia e do Governo do Estado do Rio de Janeiro."

Novo problema nos trens revolta passageiros no Rio

03/08/2013 - Jornal do Brasil
 
Mais uma vez, trens da SuperVia apresentam problemas obrigando passageiros a caminhar sobre os trilhos, na manhã desta terça-feira (3). Uma composição que seguia de Santa Cruz para Central apresentou falha mecânica quando saía da estação Engenho de Dentro e parou com três composições fora da plataforma. A paralisação causou atrasos em outras estações. Em Quintino, uma composição ficou parada por mais de 40 minutos e um grupo de passageiros revoltados ateou fogo no primeiro vagão do trem, que ficou completamente destruído. 

Em nota, a Supervia confirmou que passageiros protestavam nos trilhos desde às 9h, na estação de Engenho de Dentro e Quintino. Várias estações foram fechadas. Segundo passageiros, a composição incendiada saiu às 6h de Santa Cruz e parou em Quintino, por quase uma hora. Com a interrupção e o incêndio, a circulação dos trens continua interrompida e aguardando a liberação das estações para seguirem viagem. Revoltados, passageiros na estação de Engenho de Dentro fizeram com as mochilas o sinal de S.O.S. no chão, e deram-se as mãos, fazendo um grande círculo.

O trânsito próximo à estação de Quintino está completamente parado. Vias foram fechadas para a passagem dos caminhões do Corpo de Bombeiros. Este foi o segundo problema registrado nos trens da SuperVia em uma semana.

Com relação aos incidentes, a Supervia se pronunciou através de duas nota enviadas à imprensa. "Às 8h de hoje (03/09), uma composição que seguia de Santa Cruz para Central apresentou problema mecânico quando partia da estação Engenho de Dentro e parou com três carros fora da plataforma. Por medida de segurança, os outros trens precisam aguardar liberação para seguirem viagem até que todos os passageiros cheguem à plataforma da estação", explicou a nota. Após o incêndio, a empresa alegou que "passageiros não seguiram a orientação de andarem 60 metros até plataforma da estação Engenho de Dentro e permaneceram na linha férrea dificultando a retomada da circulação. Por medida de segurança, as estações dos ramais Deodoro e Santa Cruz precisaram ser fechadas. A SuperVia acionou o Grupamento de Polícia Ferroviária e o batalhão da área para tomar as providências necessárias", destacou a nota da Supervia