sábado, 29 de novembro de 2014

Parada fantasma na Zona Norte do Rio

29/11/2014 - O Globo

No ramal Belford Roxo da Supervia, que cruza boa parte da Zona Norte em direção à Baixada Fluminense, está a estação Walmart. É provável que nem mesmo os passageiros mais frequentes do trecho a conheçam: ela fica em Pilares, entre as estações de Del Castilho e Pilares, e está pronta desde 2002, mas jamais começou a operar. Em seu interior há plataformas, coberturas, roletas e até elevadores para pessoas com deficiência. Falta apenas a instalação de passarelas, para que a população tenha acesso ao seu interior.

No entanto, a ausência desses equipamentos não é empecilho para que usuários de drogas trafeguem pela área, colocando passageiros e moradores em risco.

Outra estação fora dos trilhos

O objetivo do acordo celebrado entre Walmart e Supervia era aumentar o número de passageiros no ramal e de clientes à loja. No entanto, a presença de usuários de drogas em trechos do ramal afugenta os passageiros e preocupa os moradores, que utilizam outras alternativas de transporte para evitar o risco de assaltos. É o caso do vendedor Marco Antunes, que mora em Pilares e trabalha em São Cristóvão.

— Eu poderia ir trabalhar de trem. A estação Walmart fica perto da minha casa, mas, como ela não funciona, eu teria que recorrer à estação Pilares. No entanto, procuro ir de ônibus, porque há usuários de drogas no percurso — conta.

Fechada desde agosto para obras, a estação Mangueira, parada regular do ramal Deodoro, tinha reabertura prevista para outubro, mas continua fechada e pode não reabrir mais. De acordo com a Supervia, estão sendo feitos estudos de demanda para decidir o futuro da estação. Desde então, os moradores da comunidade têm utilizado a estação intermodal do Maracanã.

Sobre a estação Walmart, a Supervia informa que analisa constantemente a demanda e as necessidades dos passageiros e que, baseada neste critério, construiu as estações de Silva Freire e Corte 8, de outros ramais. A concessionária afirmou ainda que não mantém segurança patrimonial na estação pelo fato de ela não operar, mas não apresentou justificativas para seu não funcionamento.

O Walmart informou que entregou a estação pronta para a concessionária em 2002, como parte de um acordo de contrapartida pela construção de duas lojas na região, mas destacou que não compete à rede definir datas ou critérios para o seu funcionamento.

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

SuperVia tem projeto enquadrado para debêntures de infraestrutura

21/11/2014 - Reuters

A SuperVia Concessionária de Transporte Ferroviário, companhia controlada pela Odebrecht TransPort que administra trens urbanos do Rio de Janeiro e o Teleférico do Alemão, teve projeto enquadrado como prioritário pelo Ministério dos Transportes para a emissão de debêntures de infraestrutura.

Segundo portaria publicada no Diário Oficial da União nesta sexta-feira, o projeto contempla reformas e melhorias no sistema de transporte ferroviário de passageiros do Estado do Rio de Janeiro.

As debêntures de infraestrutura, também conhecidas como debêntures incentivadas, possuem incentivos fiscais e são usadas como fonte de financiamento de projetos.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Programa para evitar invasões na SuperVia recebe R$ 100 milhões

17/11/2014 - O Globo

Foi aprovada nesta quinta-feira, em reunião entre a secretária estadual de Transportes, Tatiana Carius, e a ministra de Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, a liberação de R$ 100 milhões, através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), para implantação do programa Segurança na Via. Os recursos serão usados em obras para impedir a invasão da linha férrea da SuperVia. O valor total do projeto é de R$ 600 milhões.

Segundo a secretaria, os primeiros recursos serão usados no trecho onde há mais urgência, em Duque de Caxias. A verba será empregada na construção de dois viadutos e seis passarelas, na altura dos bairros de Jardim Primavera e Campos Elísios, eliminando cruzamento da via férrea com ruas e avenidas do município. Também serão construídos 11km de muros no mesmo trecho.

De acordo com a SuperVia, é indispensável o completo isolamento da área de circulação de trens para diminuir os riscos de acidentes com veículos, animais e pedestres na linha férrea, além de evitar o despejo indevido de lixo na via. A concessionária também destacou que a implantação do "Segurança da Via" depende do poder público, pois envolve soluções urbanísticas de acessibilidade, desapropriações e programas sociais.

TRILHOS DO TRÁFICO

Diante da ação do tráfico de drogas, que ocupou diversos pontos ao longo dos trilhos e chegou a ocupar a estação Tancredo Neves, na Zona Oeste, deixando em perigo os 620 mil passageiros que usam o sistema diariamente, a SuperVia sugeriu o projeto de segurança para a linha férrea.

Em entrevista mostrada pelo GLOBO no fim de agosto, o presidente da concessionária, Carlos José Cunha, explicou que a empresa, no entanto, não consegue arcar sozinha com o projeto. Para viabilizá-lo, ele esteve em janeiro em Brasília com a presidente Dilma Rousseff, para negociar sua implantação. Segundo Cunha, a SuperVia tem um gasto anual de R$ 30 milhões em segurança interna e perde R$ 48 milhões por causa da ação do tráfico, que abre buracos nos muros, permitindo que usuários embarquem nos trens sem pagar.

De acordo com a SuperVia, mais de dez mil pessoas transitam pelos trilhos diariamente, seja para acessar indevidamente os trens ou para vender, comprar ou consumir drogas. Por isso, as composições são obrigadas a circular a 30km/h, quando poderiam trafegar a 80km/h. Sendo assim, a primeira parte do projeto seria emergencial, visando atacar, em dois anos, os pontos mais críticos quanto ao tráfico e evasão de renda, com a construção de cinco viadutos e pelo menos 20 passarelas. A segunda fase envolve desapropriações e reassentamentos das famílias que vivem na faixa de domínio da linha férrea. A estimativa é que a implementação total do projeto leve oito anos.

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Programa para evitar invasões da linha do trem recebe investimento de R$ 100 milhões

14/112014 - O Globo

Ao todo serão destinados R$ 600 milhões para projeto. O recurso é do Programa de Aceleração do Crescimento

POR LAÍS CARPENTER

Traficantes e usuários de drogas no ramal de Belford Roxo, nos arredores da Mangueira - Marcelo Carnaval
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RIO - Foi aprovada nesta quinta-feira, em reunião entre a secretária estadual de Transportes, Tatiana Carius, e a ministra de Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, a liberação de R$ 100 milhões, através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), para implantação do programa Segurança na Via. Os recursos serão usados em obras para impedir a invasão da linha férrea da SuperVia. O valor total do projeto é de R$ 600 milhões.

Segundo a secretaria, os primeiros recursos serão usados no trecho onde há mais urgência, em Duque de Caxias. A verba será empregada na construção de dois viadutos e seis passarelas, na altura dos bairros de Jardim Primavera e Campos Elísios, eliminando cruzamento da via férrea com ruas e avenidas do município. Também serão construídos 11km de muros no mesmo trecho.

De acordo com a SuperVia, é indispensável o completo isolamento da área de circulação de trens para diminuir os riscos de acidentes com veículos, animais e pedestres na linha férrea, além de evitar o despejo indevido de lixo na via. A concessionária também destacou que a implantação do "Segurança da Via" depende do poder público, pois envolve soluções urbanísticas de acessibilidade, desapropriações e programas sociais.

TRILHOS DO TRÁFICO

Diante da ação do tráfico de drogas, que ocupou diversos pontos ao longo dos trilhos e chegou a ocupar a estação Tancredo Neves, na Zona Oeste, deixando em perigo os 620 mil passageiros que usam o sistema diariamente, a SuperVia sugeriu o projeto de segurança para a linha férrea.

Em entrevista mostrada pelo GLOBO no fiml de agosto, o presidente da concessionária, Carlos José Cunha, explicou que a empresa, no entanto, não consegue arcar sozinha com o projeto. Para viabilizá-lo, ele esteve em janeiro em Brasília com a presidente Dilma Rousseff, para negociar sua implantação. Segundo Cunha, a SuperVia tem um gasto anual de R$ 30 milhões em segurança interna e perde R$ 48 milhões por causa da ação do tráfico, que abre buracos nos muros, permitindo que usuários embarquem nos trens sem pagar.

De acordo com a SuperVia, mais de dez mil pessoas transitam pelos trilhos diariamente, seja para acessar indevidamente os trens ou para vender, comprar ou consumir drogas. Por isso, as composições são obrigadas a circular a 30km/h, quando poderiam trafegar a 80km/h. Sendo assim, a primeira parte do projeto seria emergencial, visando atacar, em dois anos, os pontos mais críticos quanto ao tráfico e evasão de renda, com a construção de cinco viadutos e pelo menos 20 passarelas. A segunda fase envolve desapropriações e reassentamentos das famílias que vivem na faixa de domínio da linha férrea. A estimativa é que a implementação total do projeto leve oito anos.

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

SuperVia comemora centenário de estações

07/11/2014 - Revista Ferroviária

A concessionária carioca SuperVia comemora hoje (07/11) os centenários das estações Nilópolis (ramal Japeri), Augusto Vasconcelos (ramal Deodoro) e Bento Ribeiro (ramal Santa Cruz).

Em comemoração à data, na estação Nilópolis haverá apresentação da escola de samba da região, Beija-Flor, além de distribuição de brindes e bolo. A comemoração começa às 14h30 embalada por ritmistas, passistas e o casal de mestre-sala e porta bandeira, Selminha Sorriso e Claudinho, que exibem o pavilhão da escola de samba há 25 anos. 
 
Nas estações Bento Ribeiro e Augusto Vasconcelos (ramal Santa Cruz) haverá apresentação de violoncelo no mezanino para os passageiros ao longo da manhã. 
 
Serviço
Local: Estação Nilópolis (Av. Governados Roberto Silveira, s/n – Centro Nilópolis - RJ)
Horário: a partir das 14h30 
Data: 07/11/2014