segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Ramais Japeri, Deodoro e Santa Cruz terão novos horários aos sábados

12/12/2015 – Manchete Online – Rio de Janeiro/RJ

A Secretaria de Estado de Transportes informou que, a partir de hoje (12), os trens que atendem os ramais Deodoro, Japeri e Santa Cruz da SuperVia irão operar em nova grade de horários aos sábados.

Com isso, os passageiros do ramal Deodoro serão atendidos pelas viagens dos ramais Japeri e Santa Cruz com intervalo reduzido de 20 minutos para 8 minutos nos horários de maior movimento.

Enquanto isso, os trens que saem de Japeri e Santa Cruz para a Central do Brasil terão partidas paradoras e expressas alternadas desde o início da operação até às 9h da manhã.

Após este horário, todas as partidas dos ramais serão paradoras. Os intervalos serão reduzidos de 20 minutos para 15 minutos nos horários de maior movimento.

Já os trens que partem da Central com destino a Japeri e Santa Cruz irão realizar viagens paradoras durante todo o dia, com intervalos reduzidos de 20 minutos para 15 minutos nos horários de grande movimentação.

Esse planejamento vai garantir 36 novas viagens nos ramais de Japeri e Santa Cruz e 82 no Ramal de Deodoro e foram tomadas para atender ao número crescente de passageiros que utilizam o serviço ferroviário aos sábados.


terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Ramal de Berford Roxo terá novos trens

30/11/2015 - Jornal do Brasil

A Secretaria de Estado de Transportes (Setrans) informa que a partir desta terça-feira, dia 1º de dezembro, o Ramal Belford Roxo vai operar, fora do horário de pico (das 9h às 16h30 e das 20h às 22h), nos fins de semana e nos feriados, exclusivamente, com trens novos com ar-condicionado. 

A medida foi possível graças à incorporação dos novos trens importados da China à frota da SuperVia. O objetivo é dar mais conforto aos usuários e a expectativa é a continuidade do crescimento do número de passageiros do sistema. Hoje o Ramal Belford Roxo transporta mais de 30 mil passageiros por dia. 

No horário de pico (5h30 às 8h e das 17h às 20h) o serviço do Ramal Belford Roxo continuará a ser executado da seguinte forma: viagens expressas em trens novos, de oito carros, com ar-condicionado e o serviço parador em trens antigos de seis e quatro carros, e paradas em todas as estações. 

Os trens antigos serão substituídos gradativamente no processo de renovação da frota do sistema ferroviário. 

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Secretaria de Transportes desautoriza Supervia a alterar horários de trens

18/11/2015 - Jornal do Brasil

A Secretaria de Estado de Transportes (Setrans) informa que está expedindo comunicado oficial à concessionária Supervia, na manhã desta quarta-feira, dia 18/11, desautorizando alteração na grade de horário na linha circular Honório Gurgel - Deodoro. Com isso, a Setrans informa que a concessionária SuperVia deverá manter o horário de segunda a sexta-feira, das 5h25 às 22h, possibilitando a integração com os quatro ramais Deodoro, Belford Roxo, Japeri e Santa Cruz.

O secretário de Estado de Transportes, Carlos Roberto Osorio considerou inadequada a alteração, sem o devido aviso prévio à população e sem apresentação à Setrans de justificativas técnicas que respaldem a decisão. Além disso, Setrans expedirá ofício solicitando que a Agetransp fiscalize o cumprimento da grade de horário e, se houver necessidade, aplique as penalidades cabíveis.

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Dormentes de madeira dos trilhos para trens do Rio serão trocados

08/10/2015 - Blog Ancelmo.com - Ancelmo Gois

Dormentes de madeira dos trilhos para trens do Rio serão trocados

por Tiago Rogero

A Supervia comprou 300 mil dormentes de concreto que vão substituir metade dos 600 mil hoje existentes no Rio, que são de... madeira. O trabalho de substituição dos 300 mil tem previsão de cinco anos e custará R$ 150 milhões para a concessionária.

Assim que concluir a primeira metade, serão trocados os demais, garantiu a Supervia. Segundo a concessionária, a troca dos dormentes de madeira pelos de concreto vai aumentar a segurança das viagens. Vamos torcer, vamos cobrar.

Retroescavadeira comprada para trocar os dormentes

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Trens de Campo Grande terão mais saídas pela manhã

03/10/2015 - O Dia

Segundo Secretaria de Transportes, a partir de amanhã, intervalos serão reduzidos para oito minutos durante o horário de pico

Rio - A partir de amanhã, as saídas de trem da estação Campo Grande serão reforçadas no horário de pico da manhã, beneficiando os passageiros que se deslocam para a Central do Brasil. A SuperVia vai passar a operar com quatro viagens adicionais nesse percurso desde antes das 5h até as 8h. Ao todo, serão dez trens partindo da estação, com 24 mil lugares ofertados, de acordo com a Secretaria Estadual de Transportes.

Segundo o secretário Carlos Roberto Osorio, a melhoria da operação é primordial num momento em que o número de clientes da SuperVia só aumenta e novos trens estão chegando para modernizar a frota. Atualmente, a empresa transporta 670 mil passageiros por dia em todos os ramais da malha ferroviária do estado. Em 2007, a concessionária conduzia cerca de 400 mil.

Vinte e quatro mil passageiros serão beneficiados com as viagens adicionais, segundo a Secretaria
Foto: Severino Silva / Agência O Dia

“Estamos permanentemente buscando refinar a operação de modo a melhor atender os usuários. O morador da Zona Oeste tem aderido ao trem. Vamos acompanhar toda a operação e estamos prontos para fazermos eventuais ajustes sempre que necessário”, afirmou o secretário Osorio.

A Secretaria de Transportes informou ainda que o trecho a partir de Campo Grande continuará recebendo os trens que partem da estação de Santa Cruz com direção à Central, a cada 15 minutos. Com a nova operação, o intervalo de trens a partir da estação Campo Grande será reduzido para oito minutos.

De acordo com o órgão, a iniciativa levou em consideração a melhoria no fluxo de passageiros no trecho entre Campo Grande e a Vila Militar, que no período representa 64% da movimentação do ramal Santa Cruz.

“Campo Grande está entre as cinco estações com a maior média diária de embarques de todo o sistema ferroviário, com 23 mil passageiros por dia. A estação Bangu permanece com duas partidas especiais nos horários de maior movimentação e intervalos de oito minutos”, explicou a secretaria, em nota.

O Governo do estado e o Banco Mundial assinaram contrato com a fabricante Alstom Brasil em setembro para a compra de 12 novos trens, com mesmo padrão dos últimos 120, importados da Coreia e da China. O prazo para a conclusão da entrega de toda a frota é de 24 meses.

domingo, 4 de outubro de 2015

Ramal Santa Cruz tem novo procedimento operacional

04/10/2015 - Jornal do Brasil

A partir desta segunda-feira, saídas dos trens  têm intervalos reduzidos para oito minutos
Jornal do Brasil

A Secretaria de Estado de Transportes (Setrans), com a Supervia, informa que partir da próxima segunda-feira, dia 5 de outubro, mais quatro viagens com partidas da estação Campo Grande, na Zona Oeste, com destino à Central do Brasil, estarão disponíveis aos usuários no horário de pico da manhã. Desde antes das 5h até às 8h, serão dez trens partindo da estação, em um total de 24 mil lugares ofertados.

Além disso, o trecho a partir de Campo Grande continuará recebendo os trens que partem da estação de Santa Cruz com direção à Central, a cada 15 minutos. Com a nova operação, o intervalo de trens a partir da estação Campo Grande será reduzido para oito minutos.  

A iniciativa levou em consideração a melhoria no fluxo de passageiros no trecho entre Campo Grande e Vila Militar, que no período representa 64% do ramal Santa Cruz. Campo Grande está entre as cinco estações com a maior média diária de embarques de todo o sistema ferroviário, com 23 mil passageiros por dia. A estação Bangu permanece com duas partidas especiais nos horários de maior movimentação e intervalos de oito minutos. 

"Com o crescimento do número de passageiros e a chegada de novos trens, estamos permanentemente buscando refinar a operação de modo a melhor atender os usuários. O morador da Zona Oeste tem aderido ao trem. Vamos acompanhar toda a operação e estamos prontos para eventuais ajustes sempre que necessário", disse o secretário de Estado de Transportes, Carlos Roberto Osório.

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Alstom vai fornecer 12 trens para o sistema ferroviário do Rio de Janeiro

24/09/2015 - IPESI - São Paulo/SP 

A Alstom Brasil vai fornecer 12 novos trens que circularão no sistema ferroviário da Região Metropolitana do Rio de Janeiro (RJ). A empresa venceu concorrência internacional, cujo valor foi de R$ 194.817.441,31. A Alstom terá de 18 meses para entregar o primeiro trem, com prazo máximo de 24 meses para a conclusão da entrega de toda a frota. 

Os novos trens seguem o padrão de conforto, tecnologia e segurança dos últimos 120 trens adquiridos pela Secretaria de Transportes do Rio de Janeiro junto às indústrias coreana e chinesa, sendo equipados com ar-condicionado, espaço para cadeirantes, dispositivos para comunicação de emergência, bagageiros, detector de descarrilamento e freio de emergência, monitores de LCD e painéis eletrônicos indicativos de próxima estação e lado do desembarque, além de câmeras internas e externas. 

A licitação internacional para a compra dos novos trens teve início em fevereiro de 2015 e três empresas internacionais participaram do certame, sendo uma com fábrica no Brasil, todas habilitadas tecnicamente e com grande participação no mercado mundial de fabricação de trens.

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Rio: trens passam a aceitar bicicletas aos sábados

24/09/2015 - Jornal do Brasil

A partir do dia 26, ciclistas poderão ingressar no sistema com bicicletas durante todo o dia

A Secretaria de Estado de Transportes (Setrans), com a SuperVia, informa que a partir de sábado, dia 26, ciclistas poderão ingressar no sistema ferroviário com bicicletas aos sábados. A medida, em caráter experimental, visa incentivar o uso da bicicleta e sua integração com os modais de alta capacidade.

Os trens já recebem ciclistas aos domingos e feriados, o dia todo, e em dias úteis a partir das 21h. Com a medida, o sistema de trens passam a receber os ciclistas nos mesmos moldes do que é feito no metrô, que já recebe as bicicletas aos sábados, domingos e feriados. Já as barcas transportam ciclistas todos os dias, em todos os horários. 

“Esse é mais um passo rumo ao objetivo de integrar os meios de transporte de alta capacidade às bicicletas. Estamos atendendo um pedido dos usuários e colaborando para ter mais sustentabilidade nos transportes da Região Metropolitana”, disse o secretário de Estado de Transportes, Carlos Roberto Osorio.

Outra iniciativa da concessionária SuperVia que contribui para incentivar o uso da integração trem + bicicleta é a oferta de bicicletários gratuitos nas estações Japeri, Engenheiro Pedreira, Santa Cruz, Realengo, Bangu e Saracuruna. Eles oferecem um total de 4 mil vagas e contam, ainda, com oficina para pequenos reparos, bombas de ar para calibragem de pneus e bebedouros. As vagas podem ser usadas de segunda a sexta-feira, das 4h às 0h, e aos sábados, das 4h às 23h.

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Trens do rio batem recorde transportando em um único dia 701 mil passageiros

12/09/2015 - Agência Rio de Notícias

A Secretaria estadual de Transportes do rio, com a SuperVia, informou neste sábado (12) que na última quinta-feira (10), a concessionária registrou recorde de 701.741 passageiros transportados.

Desde o início dos anos 1980, quando os trens chegaram a transportar 1 milhão de passageiros, essa marca não era atingida. Em seguida, o sistema ferroviário do Rio entrou em processo de declínio, chegando, no início dos anos 2000, a transportar apenas 150 mil pessoas por dia.

No primeiro semestre de 2015, no entanto, o número de passageiros transportados cresceu mais de 10% em relação ao mesmo período de 2014. Os ramais que tiveram maior crescimento foram Gramacho/Saracuruna e Belford Roxo.

O crescimento desses ramais reflete o êxito nas modificações operacionais implementadas pela concessionária, como a redução dos intervalos no ramal de Gramacho para dez minutos no horário de pico e a implantação do novo serviço expresso do ramal de Belford Roxo, com trens de oito carros e ar-condicionado. O aumento do número de passageiros reflete ainda o progressivo processo de modernização do sistema ferroviário, que será concluído em 2016, quando os usuários do sistema terão à disposição uma frota 100% renovada com trens refrigerados.

Para alcançar este objetivo, foram feitas melhorias na via férrea, implementados novos equipamentos de controle e sinalização e foi dado início ao processo de reforma e modernização das estações. O trabalho de melhoria do sistema inclui ainda a aquisição de novos trens, iniciada em 2012, quando começaram a entrar em circulação os primeiros 30 trens fabricados na China. Em 2012, o Estado adquiriu mais 60 deles e, no fim de 2013, foi realizada a compra de mais dez, totalizando 100 composições. Deste total, 80 trens já estão operando no sistema.

Além disso, foi finalizada a última licitação pública internacional para a compra de mais 12 trens que circularão no sistema ferroviário da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. A concorrência pública seguiu as normas do Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), utilizando o menor preço como critério de julgamento.

Ainda dentro do plano de modernização da frota do sistema ferroviário, a concessionária SuperVia adquiriu novos 20 trens e reformou outras 42 composições, todas com ar-condicionado.

"A marca histórica de 700 mil passageiros merece ser comemorada, pois sinaliza o fortalecimento do sistema ferroviário. Estamos conscientes de que ainda temos muito a melhorar, porém, constatar o crescimento consistente do transporte público de alta capacidade indica que estamos no caminho certo para melhorar a mobilidade da Região Metropolitana", disse o secretário de Estado de Transportes, Carlos Roberto Osorio.

Reforma das estações

O plano de melhoria do sistema ferroviário também conta com reforma de estações. Ao todo, a concessionária Supervia está investindo R$ 250 milhões nas estações Engenho de Dentro, Magalhães Bastos, Ricardo de Albuquerque, São Cristóvão, Vila Militar e Deodoro, que passam a ter maior capacidade, conforto, acessibilidade e melhor comodidade aos usuários. Duas delas serão transformadas em estações de integração multimodal: São Cristóvão permitirá a integração entre trens e metrô, enquanto em Deodoro será possível integrar o sistema ferroviário com os ônibus do futuro BRT Transolímpico. A previsão é de que a reforma das estações seja entregue à população até abril de 2016.

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

A Alstom vai fornecer 12 novos trens para a SuperVia

10/09/2015 - Via Trolebus

A Alstom vai fornecer 12 novos trens para a SuperVia, do Rio de Janeiro. A empresa venceu a concorrência pública internacional realizada pela Companhia Estadual de Engenharia de Transportes e Logística – CENTRAL, vinculada à Setrans. A licitação levou em conta o menor preço.

A Alstom terá prazo, a partir da assinatura do contrato, de 18 meses para entregar o primeiro trem, e no máximo de 24 meses para a conclusão da entrega de toda a frota.

As composições terão ar-condicionado, dispositivos para comunicação de emergência, bagageiros, detector de descarrilamento e freio de emergência, monitores de LCD e painéis eletrônicos indicativos de próxima estação e lado do desembarque, além de câmeras internas e externas.

A empresa já havia fornecido 20 trens adquiridos pela SuperVia em 2013. Com a compra, se encerra o processo de compra de novos trens para a operação da SuperVia.

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Novos horários no Ramal Inhomirim têm início nesta terça-feira

24/08/2015 - Jornal do Brasil

A Secretaria de Estado de Transportes (Setrans) e SuperVia informaram que a partir desta terça (25) serão abertos três novos horários no serviço do Ramal Vila Inhomirim, que faz a ligação de Saracuruna, em Duque de Caxias, Vila Inhomirim (Raiz da Serra), no município de Magé. 

As novas partidas de Vila Inhomirim em direção a Saracuruna, às 5h05 e 7h08, e a nova partida de Saracuruna em direção Vila Inhomirim, às 6h05, acrescentarão mais 1.500 lugares ao sistema. Na estação Saracuruna, os passageiros podem fazer transferência para Gramacho e Central do Brasil. 

O Ramal Vila Inhomirim tem sete estações (Morabi, Imbariê, Manuel Belo, Parada Angélica, Piabetá, Fragoso e Vilha Inhomirim) e percorre uma distância de 15,5 Km pelos municípios de Duque de Caxias e Magé. Os novos horários atendem a uma antiga reivindicação dos usuários para redução dos intervalos nos horários de pico da manhã. 

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Governo discute implementar VLT nos ramais Vila Inhomirim e Saracuruna

24/08/2015 - Blog Verde

O presidente da SuperVia, Carlos José Cunha, discute com o governo do estado um projeto ambicioso para os próximos cinco anos: transformar radicalmente os ramais de Vila Inhomirim e Guapimirim - onde ainda rodam antigas locomotivas movidas a diesel - com a implementação de um sistema de VLT (veículo leve sobre trilhos).

- Isso ainda depende ainda de uma nova etapa de investimentos, mas vamos pensr numa modernização daquele sistema. Temos hoje nesses ramais 20 viagens por dia e transportamos aproximadamente 5 mil passageiros - diz o presidente da concessionária.

domingo, 16 de agosto de 2015

Violência, descaso e desconforto no caminho de quem utiliza os trens do Rio

Equipe do GLOBO passou as últimas três semanas viajando nos ramais da SuperVia. Veja o mundo e o submundo dos trilhos

POR CAIO BARRETTO BRISO

16/08/2015 - O Globo

Na Central do Brasil, passageiros disputam lugares num trem do ramal de Japeri Foto: Domingos Peixoto / Agência O Globo
Na Central do Brasil, passageiros disputam lugares num trem do ramal de Japeri - Domingos Peixoto / Agência O Globo

RIO — O mar revolto de pés e cabeças não para de escoar para fora do trem. Há jovens e senhores, empregados e biscateiros. Uma onda humana de pedreiros, porteiros, diaristas e também bancários, advogados, estudantes. Em comum, a pressa dos atrasados e as pedras do caminho. Deixaram o subúrbio ou a Baixada Fluminense antes da alvorada. Viajaram em pé, colados a outros corpos, por até duas horas. Chacoalharam a uma velocidade média de 42km/h. Quando a multidão invade o saguão da Central do Brasil, já cheia de cansaço, ecoa nos alto-falantes o sax de Pixinguinha. São 6h20m, mal clareou. "Eita, segunda-feira!", exclama um sonolento atendente da lanchonete Central Rio, onde dois mil pastéis serão vendidos até o anoitecer.

Todos os dias, 670 mil pessoas embarcam em uma das 102 estações espalhadas pelos oito ramais da Região Metropolitana. É a população de uma metrópole, maior do que a de Niterói. Apenas 20 municípios brasileiros, do total de 5.561, têm população superior. O prefeito dessa cidade é a empresa SuperVia, que tem mandato até 2048, tempo da concessão mais longa do estado. Os 270 quilômetros de linhas férreas conectam o coração do Rio a 11 cidades vizinhas. Da Central ao ponto mais distante, a estação de Guapimirim, são 76 quilômetros. A SuperVia tem nas mãos um mundo, mas também um vasto submundo. Só quem viaja nos trilhos é capaz de acreditar nas coisas que se passam nos vagões e plataformas. Coisas como um trem avançar sobre um cadáver, autorizado pelo comando da companhia, como ocorreu no dia 28 de julho com o ambulante Adílio Cabral dos Santos. Ex-presidiário de 33 anos, ele tentava reconstruir a vida vendendo balas na linha férrea.

Uma equipe do GLOBO passou as últimas três semanas viajando nos ramais da SuperVia. Cada uma das linhas foi percorrida de ponta a ponta, quase sempre em horário de rush. Logo no primeiro dia, um menor roubou o celular de uma passageira ao lado dos repórteres, enquanto o trem estava parado, com as portas abertas, na estação terminal de Belford Roxo - apenas "Bel", para os íntimos. Da plataforma, ele esticou o braço com agilidade e, pela janela do vagão, arrancou o aparelho do ouvido da mulher, sumindo na escuridão. Eram cerca de 20h30m, a estação estava às moscas. O garoto, de 15 anos no máximo, vestia a camisa 10 da seleção brasileira. Um a zero para ele.

Nesse ramal, circula a maior parte dos trens antigos. São 201 em toda a malha ferroviária, sendo 121 novos, fabricados na China ou na Coreia do Sul, e 80 velhos, das décadas de 50 a 80 - do tempo em que a pernambucana Marinês, a rainha do xaxado, fazia sucesso cantando os problemas dos trilhos em "Trem da Central" ("Vou a pé, de Sputnik, mas não vou de trem"). Antes de 2011, quando a Odebrecht assumiu a SuperVia, as avarias nas composições ocorriam a cada 23 mil quilômetros. Hoje, elas circulam 180 mil quilômetros sem apresentar falhas. Mas é irritante o número de vezes em que os trens, velhos ou novos, ficam parados entre uma estação e outra. Os passageiros passam longos minutos esperando, sem informação. Em um dos trajetos, da estação de Japeri até a Central, a composição fica dez minutos parada. Duas passageiras começam a discutir por um assento.

Uma delas berra que está grávida e passando mal. O vagão fica em silêncio, a mulher ganha o lugar. Poucos respeitam os assentos reservados para idosos, gestantes e pessoas com deficiência - estas, aliás, são as que mais sofrem, pois as condições de acessibilidade das estações não são muito melhores que as da Floresta Amazônica. É comum a cena de cadeirantes sendo carregados nos braços por passageiros - inclusive para entrar nos trens novos, pois há um desnível de um palmo entre a altura deles e a das plataformas.

Acostumada a lidar com os problemas da SuperVia, a defensora pública Patrícia Cardoso, coordenadora do Núcleo de Defesa do Consumidor, conseguiu quarta-feira um acordo de indenização entre a empresa e a família de Adílio - seus parentes vivem no Morro da Serrinha, em Madureira. Para a defensora, não há desculpas para a falta de segurança no interior da malha ferroviária.

- As pessoas que andam de trem são invisíveis. Ninguém se preocupa com elas - afirma Patricia. - Há um grande ressentimento dos usuários com a SuperVia. Eles se sentem maltratados, e são mesmo. O transporte já não é confortável. Mas ele tem que ser, pelo menos, seguro.

É possível medir a insatisfação dos passageiros pelo número de denúncias feitas à agência reguladora do setor, a Agetransp. De janeiro de 2014 até julho, foram 2.745 registros. Eles podem se transformar em penalidades. Desde 1998, quando o estado licitou a gestão dos trilhos, já são 56 multas - barcas e metrô, no mesmo período, receberam juntos 28. As punições da SuperVia somam R$ 8,6 milhões, dos quais foram pagos R$ 3,5 milhões. É difícil para a Procuradoria Geral do Estado cobrar da concessionária. Do valor ainda não pago, R$ 2,9 milhões já estão inscritos na Dívida Ativa. O estado tenta receber na Justiça o valor. Segundo o TJ, a empresa responde a 4.036 processos - 795 abertos só este ano.


Terra de ninguém. Perto da estação Del Castilho, no ramal de Belford Roxo, famílias vivem em barracos feitos com madeira e tapumes de obras. Na mesma linha é preciso fechar as janelas em alguns pontos, pois os trens são apedrejados - Domingos Peixoto / Domingos Peixoto

Havia um batalhão com 400 policiais que cuidava da segurança das linhas férreas, mas em 2009 ele foi extinto, e hoje 90 PMs policiam esse mundo de gente, trilhos e dormentes - um para cada grupo de 7.444 pessoas. Sem se identificar, um deles diz que as condições de trabalho são terríveis. Há poucos meses, ele e uma equipe foram recebidos a tiros por traficantes na estação de Del Castilho, onde uma favela cresce sem controle à beira dos trilhos.

Com efetivo tão baixo, o submundo impera nos caminhos de ferro. Ao atravessar algumas estações, como Cavalcanti, é preciso fechar as janelas do vagão, pois é comum os trens serem apedrejados. No banheiro masculino da plataforma da Central, quem manda são os travestis e homossexuais que se prostituem ali, onde se paga R$ 1,75 para entrar. Eles ficam em pé sobre os vasos sanitários, com as portas das cabines fechadas, à espera dos clientes. "Vem, amor", chama um homem de cabeça e sobrancelhas raspadas. O banheiro fica a cinco metros da sala da PM.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/violencia-descaso-desconforto-no-caminho-de-quem-utiliza-os-trens-do-rio-17198823#ixzz3izbT9Dk8 
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sexta-feira, 14 de agosto de 2015

SuperVia leiloa 97 carros de passageiros em parceria com governo do Rio

13/08/2015 - Jornal do Brasil

A SuperVia realizou nesta quinta-feira (13), sob autorização do Governo do Estado do Rio de Janeiro, o leilão público de 97 carros de passageiros que estavam fora de operação. As peças, sendo 45 fabricadas em aço carbono e 52 em aço inox nos anos 1954, 1964, 1977 e 1980, foram agrupadas em 70 lotes para a venda. O leilão teve seu edital divulgado previamente em jornais de grande circulação, e ocorreu simultaneamente, de forma presencial na sede da concessionária (Rio de Janeiro) e no escritório da empresa leiloeira (São Paulo), e online através do site www.lottileiloes.com.br. 

O valor das vendas atingiu R$ 1.049.350, superando o mínimo de R$ 539.900 determinado pelo Governo do Estado. A SuperVia repassará o valor arrecadado ao Estado, que definirá a destinação do investimento. 

Os compradores terão três dias úteis, a partir desta sexta-feira (14), para depositar os valores em uma conta do Estado, e deverão retirar as peças em, no máximo, 45 dias. A concessionária guarda os carros em pátios das suas oficinas de São Diogo e Deodoro, e a venda das peças irá liberar o espaço para abrigar mais 53 antigos,  além de outros 19 novos trens comprados pelo Governo que serão entregues ao longo dos próximos meses.

Desde 2011, o sistema ferroviário fluminense tem passado por uma transformação histórica em sua infraestrutura, com o investimento de R$ 3,3 bilhões, fruto da parceria entre a SuperVia e o Governo do Estado. 

terça-feira, 21 de julho de 2015

Trens que partem de Belford Roxo ganham mais 14 viagens extras, no RJ

20/07/2015 - G1

No início do julho, o secretário Estadual de Transportes Carlos Roberto Osório prometeu, em entrevista ao Bom Dia Rio, colocar trens maiores no ramal de Belford Roxo. Nesta segunda-feira (20), a SuperVia começou a operar com trens de oito composições partindo de Belford Roxo e Pavuna, em sistema semidireto para a Central do Brasil. Trens menores, de seis composições, circulam no sistema parador passando por todas as 18 estações do ramal de Belford Roxo.

Segundo a SuperVia, todos os trens circulam com ar-condicionado nos horários de pico na parte da manhã e no final da tarde. As mudanças ocorrem em caráter experimental e vão passar por um período de avaliação.

Ao todo serão 14 VIAGENS extras nos trens de oito vagões, que não vão parar nas estações de Vila Roseli, Barros Filho, Del Castilho e Jacarezinho. Essas estações passarão por obras para ampliação das plataformas.

Quase cem vagões de trens fabricados na década de 1960 serão vendidos para siderúrgicas

Encostadas em garagem no Centro há meses, composições serão leiloadas mês que vem. Venda deve render R$ 1,5 milhão

POR EMANUEL ALENCAR

21/07/2015 - O Globo



Trens que serão vendidos em leilão: ideia é INVESTIR recursos no sistema - Marcelo Piu / Agência O Globo

RIO — Durante cinco décadas, eles transportaram milhares de pessoas e cortaram quilômetros de estradas de ferro subúrbio adentro. Também foram alvo de duras críticas, por não oferecerem o conforto necessário aos usuários. Encostados numa garagem no Centro há alguns meses, 97 vagões da SuperVia, fabricados na década de 1960, serão leiloados no mês que vem. Depois que eles forem recortados, suas partes serão transformadas em insumos para siderúrgicas. De acordo com estimativas do Instituto Nacional das Empresas de Sucata de Ferro e Aço (Inesfa), a venda do material deve render cerca de R$ 1,5 milhão ao Tesouro estadual.

O secretário estadual de Transportes, Carlos Roberto Osorio, garante que todos os recursos provenientes da venda da sucata serão destinados a melhorias no sistema ferroviário. Com o leilão, o secretário afirma que serão liquidados de vez os trens cinquentenários que ainda circulavam nos ramais de Japeri, Gramacho e Belford Roxo.

— Autorizamos a SuperVia a leiloar, e os recursos serão todos revertidos para o estado, que vai reinvestir o valor no sistema ferroviário. Até o fim do ano, esperamos tirar de circulação as composições da década de 1970. Superamos a casa dos 80% de VIAGENS em trens com ar-condicionado, e os ramais de Deodoro e Santa Cruz já têm todos os trens climatizados — diz Osorio.

De acordo com a SuperVia, cada um dos vagões que vão virar sucata pesa entre 40 e 50 toneladas. Todos são de aço-carbono, e 100% do material pode ser reaproveitado, ressalta o presidente do Inesfa, Marcos Fonseca:

— Acredito que cada vagão possa ser vendido por aproximadamente R$ 15 mil. O mercado da reciclagem de aço está vivendo um de seus piores momentos na história recente, mas certamente haverá empresas interessadas nesse material. Vai depender do valor mínimo estabelecido.

Com FINANCIAMENTO de R$ 1 bilhão do Banco Mundial, o governo do estado comprou 112 novos trens — cem são chineses e 12 da francesa Alston —, dos quais 67 já estão em circulação. A SuperVia, por sua vez, adquiriu 20 e reformou outros 32. Até o ano que vem, a concessionária espera que a idade média da frota, que já foi de 30 anos, caia para 15. A SuperVia transporta atualmente 680 mil passageiros por dia. A meta do governo do estado é chegar aos 700 mil ao final deste ano e atingir a marca de um milhão, já conseguida no passado, em 2018.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/quase-cem-vagoes-de-trens-fabricados-na-decada-de-1960-serao-vendidos-para-siderurgicas-16861098#ixzz3gX1rmrjm 
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sábado, 18 de julho de 2015

Protesto após pane de trens da SuperVia na Baixada Fluminense deixa dois feridos



Usuários ficaram revoltados com problema de sinalização e bloquearam a linha férrea. No metrô, atrasos geraram reclamações

POR ANA CLAUDIA COSTA

16/07/2015 - O Globo


Na estação de Gramacho, dezenas de pessoas ocupam a linha: problemas na sinalização obrigaram os passageiros a trocar de vagões por três vezes - Fabiano Rocha / Agência O Globo

RIO — Milhares de usuários chegaram atrasados ao trabalho ou ficaram a pé por causa de problemas nos trens e no metrô nesta quinta-feira. O maior incidente aconteceu de manhã no trem da SuperVia, no ramal de Gramacho, em Duque de Caxias. Uma pane na sinalização parou os trens, provocando enorme confusão das 7h às 11h. Revoltados, passageiros ocuparam a linha férrea. No metrô, usuários reclamaram de atrasos.

Em Gramacho, segundo passageiros, a concessionária teria avisado pelos alto-falantes que os usuários deveriam trocar de composições devido a um problema de sinalização. O agente de segurança Jair Carlos Azevedo dos Santos, de 34 anos, que trabalha no Jacaré, disse que as pessoas teriam mudado de vagões por três vezes, antes de se revoltarem e ocuparem a linha, impedindo a saída dos trens:

— Houve tumulto e algumas pessoas chegaram a jogar pedras na estação e nas composições.



Pelo menos dois passageiros ficaram feridos. João Carvalho, de 48 anos, disse que foi jogado da plataforma por um agente da SuperVia. Uma pessoa não identificada foi atingida por uma pedrada.

A SuperVia acionou o 15º BPM (Duque de Caxias), que posicionou carros na passagem de nível e policiais na via férrea e na estação. Os passageiros queriam que a empresa desse novos bilhetes ou o dinheiro de volta, além de uma notificação para apresentarem no trabalho, o que foi feito.

De acordo com a SuperVia, assim que o incidente ocorreu, técnicos foram enviados ao local para fazer reparos, mas que, apesar dos avisos, alguns passageiros tentaram impedir a saída dos trens.

O secretário estadual de Transportes, Carlos Roberto Osorio, disse que o incidente desta quinta-feira não ficará impune e que a concessionária poderá ser multada:

— Não está no padrão adequado (o serviço dos trens). Não vamos eximir a SuperVia de responsabilidade. A maneira de corrigir é punir os culpados.

A Agência Reguladora de Serviços Públicos de Transportes do Rio (Agentransp) disse que de janeiro a junho deste ano abriu 28 boletins de ocorrência referentes ao sistema ferroviário. No período, foram aplicadas 15 multas, que totalizam R$ 1,9 milhão.

OUTRAS IMAGENS DO PROTESTO EM GRAMACHO


Quem usa transporte público no Rio enfrentou mais um dia de caos nesta quinta-feiraFoto: Fabiano Rocha / Agência O Globo


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/whatsapp/protesto-apos-pane-de-trens-da-supervia-na-baixada-fluminense-deixa-dois-feridos-16779991#ixzz3gHDl4Ju3 
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quinta-feira, 16 de julho de 2015

Novos trens chineses vão oferecer mais 8 mil lugares no ramal de Belford Roxo

16/07/2015 - O Dia Rio

Oito mil lugares a mais e cinco minutos a menos no tempo de viagem. Este será o ganho dos usuários de trens do ramal de Belford Roxo, a partir da próxima segunda-feira, quando entram em funcionamento dois dos quatro novos trens que acabaram de chegar da China e que vão fazer viagens expressas nos horários de pico da manhã e do final da tarde.

Serão, ao todo, 14 novas viagens que não terão paradas nas estações Vila Rosali, Barros Filho, Del Castilho e Jacarezinho, garantindo maior rapidez e conforto aos passageiros, que vão usufruir de trens com ar condicionado. O secretário estadual de Transportes, Carlos Osorio, admitiu que o ramal de Belford Roxo é o que tem a maior deficiência no serviço. "É o que tem a frota mais antiga e por isso mesmo um nível de qualidade bastante insatisfatório."

De acordo com o secretário, chegou o momento de INVESTIR naquele ramal. "Serão quatro novostrens, sendo que dois vão entrar em funcionamento na próxima segunda-feira e os outros dois na outra semana." Osorio revelou que, durante toda a semana que vem, no horário comercial, quem passar pela estação de Belford Roxo poderá contar também com o serviço de um posto volante para que seja possível fazer a inscrição e a retirada do Bilhete Único. "Se houver necessidade, esse prazo será estendido. O que nós queremos é servir bem aos usuários daquela região." A SuperVia informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que o número total de viagens não vai aumentar, mas em compensação haverá um ganho bastante significativo em relação ao conforto. Os trens antigos com quatro a seis carros e 2 mil lugares serão substituídos por composições de oito vagões e capacidade para até 10 mil passageiros. A companhia espera também que, com os trens novos, a procura por parte dos usuários deve aumentar.

No início da noite de de quarta-feira, um trem do ramal Santa Cruz teve a viagem interrompida, deixando passageiros presos dentro dos vagões entre as estações de São Cristóvão e Maracanã, enquanto técnicos da SuperVia procuravam reestabelecer o funcionamento da composição.

O Procon Estadual informou que vai instaurar um ato de investigação para que a SuperVia se explique sobre o ocorrido.

Demanda deve aumentar 30%

O secretário de Transporte Carlos Osório informou ainda que, atualmente, o foco do estado do Rio é o INVESTIMENTO nas estações ferroviárias, num total de R$ 250 milhões. As estações de Madureira, Deodoro, São Cristóvão e Engenho de Dentro já passam por reformas e as estações de Magalhães Bastos, Ricardo de Albuquerque e Vila Militar também vão entrar em obras em breve. "A estação de Madureira será a primeira a ser entregue, já em setembro, e as demais estarão prontas até abril do ano que vem, conforme nosso compromisso olímpico."

Ao falar do sistema ferroviário do Rio de Janeiro, Osório foi taxativo ao afirmar que é o que mais vem crescendo em número de passageiros ao longo desse ano. O secretário explicou que hoje a Supervia transporta uma média de 676 mil pessoas por dia e que o objetivo é chegar a 700 mil até o final do ano . "O ramal de Belford Roxo é o que tem o maior potencial de crescimento. Hoje, transportamos uma média de 27 mil passageiros por dia naquele ramal. Esperamos que, em 60 dias, esse número chegue a 30 mil passageiros e que, até o final do ano, alcance 35 mil, um crescimento de quase 30% em seis meses".

Mais quatro novos trens entram em operação na SuperVia no Rio

14/07/2015 - Agência Rio de Notícias

A Secretaria Estadujal de Transportes do Rio, em parceria com a SuperVia, informou nesta terça-feira (14) que mais quatro novos trens chineses entraram em operação no sistema ferroviário do Rio de Janeiro. As composições circularão em operação assistida durante uma semana e serão gradualmente inseridas à grade do sistema ferroviário.

Ao todo, 77 dos 100 trens chineses adquiridos pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro já estão circulando, o que permite a oferta de mais de 85% dos lugares em composições com ar-condicionado.

Para garantir a segurança dos passageiros, os carros contam com sistema que não permite a abertura de portas durante as viagens e são equipados, ainda, com passagem interna entre os vagões, circuito interno de câmeras, bagageiro e painéis de LED. Cada trem comporta até 1.200 passageiros.

O processo de modernização do sistema ferroviário será concluído em 2016, quando os passageiros da SuperVia terão à disposição uma frota 100% refrigerada. Atualmente, mais de 650 mil pessoas usam os trens diariamente.

Modernização da frota
 
A aquisição dos trens chineses faz parte da revitalização do sistema ferroviário do Rio, iniciada em 2012, quando começaram a entrar em circulação os primeiros 30 veículos fabricados na China. Em 2012, o Estado adquiriu mais 60 deles e, no fim de 2013, foi realizada a compra de mais dez, totalizando 100 composições.
 
Além disso, está em andamento uma licitação internacional para a compra de mais 12 trens. A concorrência pública segue as normas do Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), utilizando o menor preço como critério de julgamento.
 
Ainda dentro do plano de modernização da frota do sistema ferroviário, a SuperVia adquiriu novos dez trens, que contam com ar-condicionado, sistema de travamento de portas durante a viagem e capacidade para transportar até 2,4 mil passageiros.

MS

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Governadores querem acelerar projeto de ferrovia entre Rio e Espírito Santo

13/07/2015 - Agência Brasil

Os governos do Rio de Janeiro e do Espírito Santo e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) querem agilizar a elaboração do projeto da Ferrovia EF-118, que ligará portos dos dois estados. O detalhamento das obras ocorreu durante audiência pública na Associação Comercial do Rio de Janeiro. O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, disse esperar que o que cabe ao planejamento seja finalizado este ano, de modo a avançar em 2016.

"Não tem data. Estamos na fase de audiências públicas, mas quero que cheguemos ao fim do ano com a engenharia para começar em 2016″, informou o governador. "É uma ferrovia muito importante para nós e vital para o Rio, o Espírito Santo, Minas e o  Brasil inteiro. Passará por todos os portos e pelo Porto do Açu, que é uma nova fronteira do desenvolvimento. Será um porto com capacidade para receber grandes navios."

O projeto está orçado em R$ 7,6 bilhões e faz parte do Programa de Infraestrutura e Logística, lançado no mês passado pela presidente Dilma Rousseff. A extensão da ferrovia será de 577,8 quilômetros, com bitola larga e mista.

Do total, 404,6 quilômetros serão no Rio e 169,2 quilômetros, no Espírito Santo, interligando terminais portuários de características diferentes nos dois estados, entre eles Sepetiba, Itaguaí e Macaé, no Rio, e Ubu, Vitória e Tubarão, no Espírito Santo. Além do Porto do Açu, o sistema integrará o porto capixaba Central, que também tem calado para navios maiores.

A ferrovia cortará 25 municípios, partindo de Nova Iguaçu, na região metropolitana do Rio, onde se conectará com a malha concedida à MRS Logística S.A, que liga o Rio a São Paulo e Minas. No Espiríto Santo, haverá ligação na cidade de Cariacica com a Estrada de Ferro Vitória a Minas, concedida à Vale S.A.

Em Campos dos Goytacazes, no norte fluminense, a ferrovia será ligada à futura Estrada de Ferro Transcontinental, projeto que pretende estabelecer um caminho sobre trilhos para o Oceano Pacífico, chegando ao Peru.

Depois das audiências públicas, o projeto será encaminhado ao Tribunal de Contas da União (TCU), para que possa ser licitado pelo governo federal e se torne uma parceria público-privada.
O governador do Rio defendeu agilidade no projeto e a busca de parceiros com concessões no setor. "Que tragam parceiros novos, mas não podemos pensar em inventar a roda. Vimos a demora quando temos de elaborar e viajar muito para buscar parceiros. Não sai do papel."

De acordo com Pezão, a frustração foi grande com o trem-bala. "Discutimos por três, quatro anos e jogamos o projeto na lata de lixo. Deixamos de realizar sonhos quando o Brasil crescia a 5%. "Segundo ele, obras de outros modais, como o metrô, poderiam ter sido discutidas no período.

O governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, destacou que o projeto garante competitividade ao Brasil e retoma a visão do desenvolvimento ferroviário, "perdida de forma equivocada no país", com a priorização de rodovias.

Para Hartung, é preciso estabelecer uma agenda que enfrente "o baixo astral no país". "Vivemos um momento em que, se deixar, o baixo astral toma conta. Precisamos enfrentar essa tendência negativa que toma conta do país. Não podemos enfrentar de cabeça baixa, muito menos pensar 2018 em 2015″, acrescentou o governador.

O diretor-geral da ANTT, Jorge Bastos, também afirmou que o projeto é fundamental para o Brasil e precisa ser executado "o mais rápido possível". "Ele terá capilaridade para cargas diversas e ligará os dois maiores portos em desenvolvimento no Brasil."

Fonte: Agência Brasil

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Trem recém-adquirido pela SuperVia é alvo de vandalismo e fica fora de operação

Composição, que entrou em circulação há menos de um mês, teve todos os quatro carros pichados na estação de Bangu

POR O GLOBO

09/07/2015 - O Globo


Trem que foi alvo de pichação não tinha nem um mês de circulação - Divulgação / SuperVia

RIO - Um dos trens chineses recém-adquiridos pela SuperVia foi alvo de vandalismo na madrugada desta quinta-feira. Segundo a concessionária, a composição, em circulação há menos de m mês, teve todos os quatro carros pichados e precisou sair de operação para ser lavada.

O trem depredado passou a noite estacionado em um desvio próximo à estação de Bangu, no ramal de Santa Cruz. Funcionários da equipe de manutenção identificaram a pichação logo pela manhã e encaminharam a composição para a limpeza especializada.

Em nota, a SuperVia disse que registrou a ocorrência na 34ª DP (Bangu). Questionada sobre a segurança dos veículos, a concessionária disse que a função é do Grupamento de Polícia Ferroviária (GPFer), mas que também mantém agentes em ronda durante a madrugada. Não há informações sobre a existência de CÂMERAS DE SEGURANÇA, que possam ajudar a identificar os vândalos, no local.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/trem-recem-adquirido-pela-supervia-alvo-de-vandalismo-fica-fora-de-operacao-16718824#ixzz3fUwTwaai 
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quinta-feira, 9 de julho de 2015

Mais quatro trens chineses desembarcam no Rio de Janeiro

07/07/2015 - Governo do Rio de Janeiro

Novas composições passarão por testes antes de entrarem em operação na SuperVia

Mais um lote de quatro trens chineses desembarcou nesta segunda-feira, dia 6/07, no Porto do Rio de Janeiro. As composições, com quatro vagões cada, têm capacidade para transportar 1.200 passageiros e vão acrescentar 48 mil lugares à oferta diária do sistema ferroviário. Os novos trens passarão por testes de instrumentação elétrica, pesagem, aceleração, entre outros, antes que integrarem a frota da SuperVia.

Todos são equipados com ar-condicionado, passagem interna entre os carros, sistema que impede a abertura de portas durante as viagens, circuito interno de segurança, bagageiros, interiores mais amplos e iluminados, além de painéis de LED.

Desde 2012, a concessionária colocou em operação 71 dos 100 novos trens comprados pelo Governo Estado e hoje já é possível ofertar cerca de 85% dos lugares em composições com ar-condicionado. Em 2007, a SuperVia transportava, em média, 325 mil passageiros por dia. Atualmente, mais de 650 mil pessoas usam os trens diariamente.

Modernização da frota

A aquisição dos trens chineses faz parte da revitalização do sistema ferroviário do Rio, iniciada em 2012, quando começaram a entrar em circulação os primeiros 30 veículos fabricados na China. Em 2012, o Estado adquiriu mais 60 deles e, no fim de 2013, foi realizada a compra de mais dez, totalizando 100 composições.

Além disso, está em andamento uma licitação internacional para a compra de mais 12 trens. A concorrência pública segue as normas do Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), utilizando o menor preço como critério de julgamento.

Ainda dentro do plano de modernização da frota do sistema ferroviário, a SuperVia adquiriu novos dez trens, que contam com ar-condicionado, sistema de travamento de portas durante a viagem e capacidade para transportar até 2,4 mil passageiros.

quarta-feira, 8 de julho de 2015

SuperVia pede aumento da tarifa dos trens

01/07/2015 - O Dia

A Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aquaviários, Ferroviários e Metroviários e de Rodovias do Estado do Rio (Agetransp) negou ontem, o reajuste de mais R$ 0,30 na tarifa dos trens. O acréscimo foi solicitado pela SuperVia para compensar o desequilíbrio econômico-financeiro devido ao aumento na cobrança de energia elétrica.

Segundo a concessionária, os gastos com energia aumentaram 68,65%, nos últimos meses, o que representa um desequilíbrio de mais de R$ 38 milhões nas contas da empresa até novembro. Em nota, a Secretaria Estadual de Transportes alegou que vai manter o valor da passagem, mas tentará negociar com a Light outra forma de abastecimento. Uma das opções em estudo é abater o valor das dívidas da fornecedora de energia com o Estado, em troca do serviço com a SuperVia.

A Agentransp também aplicou ontem, três multas à concessionária responsável pelos trens, no valor de R$ 114.962,63. As penalidades foram pelos incidentes ocorridos no sistema ferroviário no ano passado e em 2012. O último deles foi no dia 31 de março de 2014, quando uma composição parou entre as estações Maracanã e São Cristóvão, e passageiros tiveram que desembarcar na linha férrea.

Nas deliberações da Agência, publicadas ontem, três recursos para outras multas foram negados, sendo dois da SuperVia e um do Metrô Rio. Estas penalidades chegam a R$ 115.456,20. A SuperVia informou que fará a quitação das infrações referentes ao recurso.

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Três novos trens entram em operação na SuperVia

02/07/2015 - Jornal do Brasil

A Secretaria de Estado de Transportes, em parceria com a SuperVia, informa que três novos trens chineses entraram em operação nesta quinta-feira. As composições circularão em operação assistida durante uma semana e serão gradualmente inseridas à grade do sistema ferroviário. Ao todo, 71 dos 100 trens chineses adquiridos pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro já estão circulando, o que permite a oferta de mais de 85% dos lugares em composições com ar-condicionado.

Para garantir a segurança dos passageiros, os carros contam com sistema que não permite a abertura de portas durante as viagens e são equipados, ainda, com passagem interna entre os vagões, circuito interno de câmeras, bagageiro e painéis de LED. Cada trem comporta até 1.200 passageiros.

A entrada em operação desses três trens permitiu aposentar mais de 60 composições dos modelos mais antigos e representa mais um passo no processo de modernização que será concluído em 2016, quando os passageiros da SuperVia terão à disposição uma frota 100% refrigerada. Atualmente, mais de 650 mil pessoas usam os trens diariamente.

 

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Mais dois novos trens entram em operação nos trilhos da SuperVia no Rio

22/06/2015 - Agência Rio de Notícias

Da Redação

A Secretaria Estadual de de Transportes do Rio, com a SuperVia, informa que mais dois novos trens chineses, adquiridos pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro, entraram em operação nesta segunda-feira (22).

As novas composições irão circular, durante uma semana, em operação assistida até serem inseridas à grade regular do sistema ferroviário. Desde 2012, a concessionária colocou em operação 68 dos 100 novos trens comprados pelo Governo Estado e hoje já é possível ofertar mais de 85% dos lugares em composições com ar-condicionado.

Os novos trens contam com passagem interna entre os carros, sistema que não permite a abertura de portas durante as viagens, circuito interno de câmera, bagageiro, painéis de LED e podem transportar até 1.200 passageiros. Em 2016, o processo de renovação completa da frota será concluído e os passageiros dos trens do Rio terão à disposição composições novas e refrigeradas. A previsão é que outros 32 trens novos comecem a operar no sistema até o primeiro semestre de 2016, completando os 100 trens adquiridos pelo poder público.

Modernização da frota

O novo trem faz parte da revitalização do sistema ferroviário do Rio, iniciada em 2012, quando começaram a entrar em circulação as primeiras 30 composições fabricadas na China. Em 2012, o Estado adquiriu mais 60 trens chineses e, no fim de 2013, foi realizada a compra de mais dez trens, totalizando a compra de 100 composições chinesas pelo Estado desde 2009.

Além disso, está em andamento a licitação internacional para a compra de mais 12 trens. A concorrência pública está em andamento e segue as normas do Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), utilizando o menor preço como critério de julgamento.

Ainda dentro do plano de modernização da frota do sistema ferroviário, a SuperVia adquiriu novos dez trens. Todos já estão em operação. Os trens também contam com ar-condicionado, sistema de travamento de portas durante as viagens e capacidade para transportar até 2,4 mil passageiros. Até o fim do primeiro semestre de 2016, toda a frota de trens contará com ar-condicionado. Em 2007, a SuperVia transportava, em média, 325 mil passageiros por dia. Atualmente, mais de 650 mil pessoas usam os trens diariamente.

MS

terça-feira, 16 de junho de 2015

Governo do RJ autoriza leilão de 97 vagões antigos da SuperVia

16/06/2015 - G1

O governo do Rio de Janeiro autorizou a SuperVia a leiloar 97 vagões antigos que estão fora de operação. As composições são das décadas de 60, 70 e 80 estão parados nos pátios da Avenida Presidente Vargas, São Diogo e Deodoro. A previsão é que o leilão ocorra até o final de julho. Segundo a Secretaria Estadual de Transportes, o valor arrecadado será revertido aos cofres públicos para reinvestimento no setor ferroviário. 

O objetivo é liberar espaço nos pátios, retirando os trens obsoletos e sem uso para receber as novas composições importadas da China. A medida vai recuperar também espaço operacional tanto para manobras quanto para manutenção.

Fonte: G1
Publicada em:: 16/06/2015

sábado, 13 de junho de 2015

AS AGÊNCIAS FERROVIÁRIAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Resumo
Este capítulo apresenta uma compilação das agências postais que estiveram instaladas dentro de estações ferroviárias e que utilizaram as linhas férreas como meio logístico para o intercâmbio de malas postais. No final do Império, a expansão da rede ferroviária pelo interior do estado foi acompanhada de perto pelas comunicações, com a instalação de uma rede de agências postais e telegráficas ao longo das linhas.
Critério de Pesquisa e Classificação
O critério básico que adotei para a classificação de uma agência postal como “ferroviária” foi a existência de menção específica de estação no verbete descritivo do local  nos Guias Postais. Veja abaixo um exemplo ilustrativo desse critério, extraído do Guia Postal de 1906:
FER comercio1
Essa informação apenas não garante que a agência tenha de fato sido instalada dentro da estação. Em muitos locais, a agência da cidade possuía nesta um posto de trabalho e a ligação entre elas era feita por estafetas. Veja por exemplo o que diz em sua pag. 31 o livro “Os Correios de Petrópolis” editado pelos Correios em 1997:
FER Petropolis
A certeza aumenta muito quando as agências utilizavam um carimbo específico, como por exemplo o da mesma agência de Commercio – imagem abaixo – onde (EST.) está claramente gravada na legenda inferior. São imagens como essa, que não deixam margem à dúvidas, que utilizarei para ilustrar este trabalho. Sem esquecer no entanto que a falta de tais carimbos não desqualifica uma agência de pertencer ao grupo.
FER comercio2
Critério de Organização
Para efeito de organização do trabalho, as agências estão classificadas pelas linhas ou ramais ferroviários ao longo do qual as estações se localizavam.
Notas sobre nomenclaturas
Sobre o nome das agências, vale uma observação. Há geralmente três nomenclaturas envolvidas, a saber:
  1. A política: o nome da localidade
  2. A ferroviária: o nome da estação
  3. A postal: o nome da agência.
Nem sempre elas estão alinhadas, principalmente ao longo do tempo. Continuando com o exemplo da estação Commercio acima, nota-se que nesse caso houve boa coordenação: a estação foi inaugurada em 27/11/1866 e a agência foi criada em 24/04/1867. O nome adotado para ambas foi Commercio, também o nome do povoado existente desde o início do século XIX. O rápido desenvolvimento trazido pela ferrovia transformou o povoado em distrito de Vassouras em 1910.
Em 27 de janeiro de 1931 o nome do distrito foi alterado para Sebastião de Lacerda, homenageando um famoso ex-morador, que foi Ministro da Viação e membro do STF (e avô do futuro governador da Guanabara, Carlos Lacerda). A agência postal foi renomeada em 06/08/1931 e a estação também na mesma época.
Neste trabalho eu uso sempre o nome da agência. No caso de discrepancias muito grandes, para facilitar a localização eu coloco o nome da estação entre parênteses.
Outro ponto importante é que há mais informações disponíveis sobre as datas de criação do que sobre transferência ou fechamento de agências, principalmente após os anos 40. Dessa forma, muitas vezes uma agência que funcionava na estação pode ter sido transferida para a zona urbana ao longo do tempo. Com a desativação de grande parte das linhas e ramais nas décadas de 60 e 70 esse foi o caminho natural.
AS ESTRADAS DE FERRO NO ESTADO DO RIO
A segunda metade do século XIX foi testemunha do boom de construção de Estradas de Ferro por todo Estado. Era também a época em que o ciclo deCAFÉ enriquecia o interior e havia necessidade de uma infraestrutura melhor para o escoamento do produto. As principais ferrovias e seus ramais estão listados na tabela seguir e representados no mapa.
FER 1. Linhas e Ramais RJ
AGÊNCIAS: cada uma das Linhas Ferroviárias está detalhada abaixo, e cada agência postal está descrita em detalhes na “Tabela Completa” do menu ao lado. O modelo de dados usado na planilha pode ser visto no exemplo a seguir:
Seq.
Nome Ag.
Ag.
Municipio
Criada
Fechada
Est. criada
1.11
Mangueira
MRJ
431
Distrito Federal
17/06/1896
15/02/1909
10/08/1889

PARTE I – A INTEGRAÇÃO DO VALE DO PARAÍBA
A E.F. Dom Pedro II foi um projeto imperial de unificação do território nacional a partir do Rio de Janeiro. Sua primeira prioridade era o escoamento da produção deCAFÉ do Vale do Paraíba, ligando os centros produtores ao porto do Rio de Janeiro. Seu projeto foi aprovado em 1855 e os trabalhos começaram nesse mesmo ano.
MAPA COM O PLANO GERAL DAS LINHAS E RAMAIS DO VALE DO PARAÍBA
FER 2. Linha do Centro e Interior
Linha 1 – Linha do Centro ou Linha Tronco da E.F.C.B.
O primeiro trecho inaugurado saía da Estação Corte, ou Central (atual Dom Pedro II) passando por Venda Grande (atual Engenho Novo), Cascadura, Maxambomba (atual Nova Iguaçu) e Queimados, chegando a Belém (atual Japeri) em 1858.
FER 4. Ferrovias do DF (1907)
A primeira agência ferroviária do Brasil: o trecho da EFCB acima em azul conta com seis das mais antigas estações ferroviárias do Brasil. Dentre elas, a deCascadura tem o privilégio de ser a primeira agência postal ferroviária, criada em 22 de maio de 1862 (segundo Nova Monteiro).
Obs. Um pouco mais antigas são as quatro estações originais da EF Mauá (v. Linha 29): Mauá, Inhomerim, Fragoso (todas de 1854) e Raiz da Serra (1856). No entanto, como estavam localizadas em região rural, só tiveram agências inauguradas bem mais tarde.
A partir de Belém, a linha tronco iniciava a subida da Serra do Mar, passando por Paulo de Frontin e Mendes, chegando a Barra do Piraí em 1864. Acompanhando o curso do Paraíba, a linha seguia para Minas Gerais, passando por Vassouras, Valença e Paraíba do Sul, chegando a Três Rios em 1867. Daí, a linha tronco tomava rumo norte e entrava em território mineiro, tendo chegado a Juiz de Fora em 1875, Barbacena em 1880, Queluz (hoje Conselheiro Lafaiete) em 1883 e Itabira do Campo (hoje Itabirito) em 1887.
Conhecida por Linha do Centro, constituia a espinha dorsal do projeto de integração nacional imaginado pelo governo. De longe a linha mais utilizada de toda a malha ferroviária, ela possuía uma boa organização de correio ambulante (vide capitulo específico) e também um grande numero de importantes agências postais instaladas em suas estações, como se vê na planilha da “Tabela Completa” e nas imagens de carimbos.
São cerca de 60 agências nessa linha, entre elas as capitais de 11 dos atuais municípios do Estado. Também estão incluídas três agências em território mineiro, que por algum tempo responderam administrativamente à DR-RJ.
Alguns entroncamentos importantes merecem ser destacados:
a)      Barra do Piraí: sem dúvida o mais importante entroncamento ferroviário do estado, incluindo ramais de ligação com os Estados de SP e MG.
b)      Três Rios, onde se entroncam a Linha Auxiliar e o ramal de Porto Novo, entre outros.
c)       Deodoro, onde se entronca ramal de Mangaratiba e a ligação com a EF Rio do Ouro. Junto a ela ficava a estação “Officinas”, onde estava instalado o principal centro de manutenção ferroviário.

IMAGENS DE CARIMBOS DA LINHA 1
AG FER LINHA 1
Os ramais da Linha do Centro
Linha 2 – Ramal da Marítima
FER 4a - Linhas 2 e 3O Ramal da Marítima, como seu nome já anuncia, tinha como objetivo permitir que as cargas provenientes do interior do estado tivessem fácil acesso às instalações do Porto do Rio. O ramal e os primeiros armazéns foram entregues em 1879. Um projeto ambicioso, com construções clássicas, hoje infelizmente abandonadas. Uma agência postal funcionou aí por um breve período durante o Império.
FER maritima2 FER maritima1
Linha 3 – Ramal de São Diogo
O Ramal de São Diogo (mapa acima) foi construído para dar acesso às oficinas de manutenção das máquinas da ferrovia. Sua instalação original, em 1859, é contemporânea à construção da EFDP II e só mais tarde dividiria sua função com a Estação Oficinas em Deodoro, construída nos início dos anos 1870. Sobre a existência de uma agência postal, a informação disponível é bastante vaga, havendo uma única citação em 1889.
FER São Diogo
Linha 4 – Ramal Circular de Madureira
FER 5. Ramal Circular de Madureira
O Ramal Circular de Madureira foi construído em 1897 como decorrência do crescimento do tráfego de trens de subúrbio. O ramal permitia que as composições fizessem o retorno ao centro sem a necessidade de girar locomotivas e vagões. Nesse ramal foi criada a agência de Dona Clara em 1911. Ambos foram fechados no final dos anos 1930.
Linha 5 – Ramal de Mangaratiba
FER 10. Litoral SulO primeiro trecho até Santa Cruz foi inaugurado em 1879 com 3 estações: Realengo, Campo Grande e Santa Cruz. Seu objetivo era a ligação com o Matadouro, além do transporte de passageiros. O segundo trecho até Itaguaí foi aberto em 1910 e o terceiro, até Mangaratiba, em 1914. Localidades antigas, todas já possuíam agências postais antes da abertura da linha.
Linha 6 – Ramal dos Macacos (Ramal de Paracambi)
FER 2A Linha 6Uma curiosidade, o ramal de Macacos foi construído em 1865, antes da continuação da linha tronco na direção do Vale do Paraíba. Acredita-se que isso se deveu a fortes pressões de influentes investidores da região de Paracambi. De fato existiam grandes projetos em geração de energia elétrica e na indústria têxtil.

CARIMBOS DA LINHA 6
AG FER LINHA 6
Linha 7 – E.F. União Valenciana
Sua origem está ligada à decisão de Valença de construir um ramal para sua ligação com a Linha do Centro em Desengano, o que foi concluído em 1871. Posteriormente a linha foi estendida até a divisa com Minas em Rio Preto (1880) e até Santa Rita de Jacutinga, trecho conhecido como Ramal de Jacutinga (1918).
CARIMBOS DA LINHA 7
AG FER LINHA 7
Linha 8 – E.F. Rio das Flores
Originalmente, a linha saía da estação de Comercio na Linha do Centro e, passando por Marambaia, chegou a Taboas em 1882 e a Santa Teresa (Rio das Flores), Porto das Flores e Três Ilhas em 1883. Sucessivas mudanças de controle acionário acabaram resultando por volta de 1910 na desativação do trecho original Comercio -Taboas; uma nova linha começava em Valença e, chegando em Taboas, utilizava todo o antigo leito até Três Ilhas. Seguindo o Rio Preto, a linha foi estendida até o entroncamento com a Linha do Centro em Afonso Arinos, nome pelo qual passou a ser conhecido todo o ramal. O município de Rio das Flores foi emancipado em 3 de março de 1890.
CARIMBOS DA LINHA 8 
AG FER LINHA 8
Linha 9 – Ramal de Porto Novo
FER 2B Linha 9Três Rios era um entroncamento ferroviário importante.  Além da linha tronco que seguia para Minas Gerais, de lá saía também o Ramal de Porto Novo, que continuava o curso do Paraíba e passava por Sapucaia, chegando em 1871 a Porto Novo no município de Além Paraíba, MG. O ramal se justificava pela localização estratégica de Porto Novo, tradicional ponto de travessia do rio Paraíba, ligando a Zona da Mata mineira ao Rio de Janeiro; a expansão do cultivo deCAFÉ na região deve ter também influenciado na decisão.
CARIMBOS DA LINHA 9
AG FER LINHA 9
Linha 10 – E.F. Leopoldina
Incluir a Leopoldina no capítulo “ramais da EFCB” pode parecer um contrassenso, mas o fato é que sua origem é o ramal ligando Porto Novo do Cunha a Leopoldina, na Zona da Mata mineira (daí o seu nome). Suas diversas linhas – como a de Caratinga (vide Linha 32) que partia de Três Rios – se comunicavam com a rede ferroviária do norte fluminense.
Linha 11 – Ramal da Cachoeira (Ramal de São Paulo)
Barra do Piraí se tornaria o mais importante entroncamento ferroviário do Estado do Rio. Além de ser estação da Linha do Centro na rota de Minas Gerais, daí partia em direção oposta, também acompanhando o curso do Paraíba, o Ramal da Cachoeira, passando por Volta Redonda, Barra Mansa e Resende, chegando a Queluz, em território paulista, em 1874 e a Cachoeira (hoje Cachoeira Paulista) em 1875. A origem dessa cidade é o povoado de Santo Antônio do Porto da Cachoeira, elevado à Freguesia logo após a chegada da ferrovia. Além de porto fluvial, Cachoeira estava na rota comercial de Minas Gerais a caminho do porto de Paraty.
IMAGENS DE CARIMBOS DA LINHA 11
AG FER LINHA 11
Linha 17 – A Estrada de Ferro S.Paulo-Rio
Nessa mesma época, empresários paulistas construíam a EF São Paulo-Rio, também referida como Linha do Norte ou EF do Norte.  Saindo da estação do Brás em S. Paulo, seguiu pelo Vale do Paraíba chegando a Cachoeira em 1877 onde se interligou, com festas, à EFDPII. Devido à diferença de bitolas, no entanto, a carga precisava passar por um custoso transbordo nessa estação. Essa situação somente seria resolvida em 1908, com a incorporação de EF do Norte à EFCB.
MAPA DO RAMAL SÃO PAULO E SEUS ENTRONCAMENTOS

FER 3. Ramal de S.Paulo

Linha 12 – E.F. Piraiense

Linha 13 – E.F. Santa Isabel do Rio Preto

A E.F. Santa Isabel, partindo de Barra do Piraí em 1881 em direção norte, chegou à essa cidade em 1893. Daí entra em Minas Gerais onde encontra o Ramal de Jacutinga em Santa Rita. Uma segunda linha construída pela E.F. Piraiense parte em 1881 de Barra do Piraí na direção sul, passa por Piraí e termina em Passa Três no município de Rio Claro (1883). Em 1899 a Viação Férrea Sapucaí adquire ambas as ferrovias, unindo-as à E.F. Sapucaí e construindo o trecho até Baependi em 1910. Essa linha passou a ser conhecida como Linha da Barra (de Barra do Piraí).
Linha 14 – Ramal do Bananal
Bananal, vila paulista com acesso pelo Vale do Paraíba, era o centro de uma região produtora deCAFÉ.  O movimento para a construção de uma EF começou em 1871, mas a construção somente se iniciou  em 1882, saindo o ramal da estação de Saudade na EFCB e chegando a Bananal no início de 1889.
Linha 15 – E.F. Resende- Bocaina (ou Resende-Areias)
Trata-se de uma linha construída por motivos políticos e inaugurada em 1890 com a estação terminal em São José do Barreiro, jamais chegou a Areias, seu objetivo original. Foi desativada já em 1928. Do ponto de vista postal, noto que uma de suas agências ferroviárias, a de Formoso – em território paulista – foi administrativamente subordinada à DR-RJ até ca.1900.
Linha 16 – E.F. Oeste de Minas
O projeto da EFOM era ligar o sul de Goiás ao porto de Angra dos Reis. No Estado do Rio, o principal trecho era a ligação Barra Mansa a Angra dos Reis. Iniciada em 1895, a linha chegou a Rio Claro em 1897 mas a Angra somente em 1928. Na direção norte, a linha passou por Glicério, Quatis e Falcão até 1897, atingindo Passa-Vinte, em MG, em 1903. Posteriormente foi incorporada pela R.M.V.
Linha 17 EF S. Paulo-Rio (já foi abordada acima na sequencia da linha 11)

A LINHA AUXILIAR E SEUS RAMAIS
Linha 18 – A E.F. Melhoramentos ou Linha Auxiliar
Com o objetivo de duplicar a capacidade da Linha do Centro, seguindo um trajeto aproximadamente paralelo, foi criada em 1890 a E.F. Melhoramentos. Partindo da estação Mangueira em 1892 chegou a Honório Gurgel em 1895, a Paraíba do Sul em 1898, passando por Vassouras, Miguel Pereira e Pati do Alferes.
CARIMBOS DA LINHA 18
AG FER LINHA 18
Linha 19 – Ramal Circular da Pavuna
Na divisa do Distrito Federal e Nova Iguaçu (hoje São João do Meriti) um ramal da linha Auxiliar se entroncava com a E.F. Rio do Ouro na Pavuna, retornando mais à frente na linha de retorno da Auxiliar. O objetivo era permitir o retorno das composições, marcando o limite dos trens de subúrbio do DF.
FER 6. Ramal Circular da Pavuna
Linha 20 – Ramal de Vassouras
A cidade de Vassouras ficava distante do Rio Paraíba, por onde passava a Linha do Centro na estação Barão de Vassouras. Sua ligação com esta era feita por uma linha de bondes. Com a construção da Auxiliar, um ramal que saía logo depois da estação Governador Portela permitiu a ligação com Vassouras, cuja nova estação foi inaugurada em 30 de maio de 1914. O ramal se entroncava com a Linha do Centro na primitiva estação. A estação de Vassouras está bem preservada e é uma das mais bonitas do país.
 FER Vassouras
PARTE II – A BAIXADA FLUMINENSE E A REGIÃO SERRANA
 MAPA DAS PRINCIPAIS LINHAS DA REGIÃO CENTRAL DO ESTADOFER 2. Linha do Centro e Interior
LINHA 21 – E.F. Rio do Ouro
FER 2C Linha 21A linha nasceu no bojo do projeto de aumento do fornecimento de água para a Capital Federal, de modo a garantir o acesso à região e facilitar a construção do complexo de represas. A linha tronco ligava a Ponta do Caju à Represa do Rio do Ouro e foi inaugurada no início de 1883. Com a ampliação do projeto para novos mananciais ramais foram sendo construídos como os do Tinguá e do Xerem (vide a seguir). Com a transferência em 1922 da estação inicial para a nova estação de Francisco Sá, próxima ao centro da cidade, o movimento de passageiros aumentou consideravelmente, contribuindo para o povoamento das regiões da Baixada servidas pela linha. Hoje, seu traçado é a base da linha 2 do Metrô carioca.
LINHA 22 – Variante da E.F. Rio do Ouro
Dois traçados diferentes existiam entre as estações de Liberdade (Del Castilho) e Engenho do Mato. Como o traçado do Metrô utiliza hoje a variante de Inhaúma, convencionei chamar de variante o outro traçado, que passa pelas estações de Jose dos Reis e a antiga Pilares.
FER 7. Variante EFRD
LINHA 23 – Ramal de Jaceruba
Embora atualmente conhecido por esse nome, é na verdade o trecho final da linha tronco original (veja Linha 21).
LINHA 24 – Ramal de Tingua
O Ramal de Tinguá tem como especial interesse postal a estação construída na antiga vila de Iguassu em 1886.
Iguassú foi a primeira sede do município, um importante porto à margem do rio deFER 8D Iguassumesmo nome (note a importância a ela ainda atribuída no mapa de 1892). Dela partia a Estrada do Comércio ligação com Minas e via de escoamento da produção de café do Vale do Paraíba. Em 1833 é criado o município e Iguassú é elevada a Vila. Data dessa época a pioneira agência postal da região.
A devastação das matas nativas, no entanto, não tardou a trazer consequências Ruinas de Iguassu Velhosobre o meio ambiente, com o assoreamento dos rios e surtos de diversas epidemias. A imagem ao lado da Wikipedia revela que pouco sobrou da antiga capital do municipio. Outro impacto importante foi a construção da Linha do Centro, que trouxe forte concorrência aos caminhos terrestres tradicionais (veja ainda indicada no mapa a Freguesia de Palmeiras que ficava localizada na antiga estrada do Comercio). A cidade entrou em decadência e a sede do município foi transferida para Maxambomba em 1891.

LINHA 25 – Ramal de Xerem
O interesse postal me leva a falar sobre Xerém, cuja estação foi inaugurada em 1911.
Xerem: Durante o Estado Novo, a política de industrialização do governo resultou FER 8E - Xerem e FNMno projeto da Fabrica Nacional de Motores, a F.N.M., inaugurada em Xerém em 1942. No entanto, quando ficou pronta, em 1946, a guerra havia acabado, assim como o governo Getúlio. Somente em 1949 ela encontraria um novo rumo, quando um acordo firmado com a italiana Isotta Fraschini e, posteriormente, com a Alfa Romeo, permitiu a fabricação de caminhões pesados, os famosos Fenemês. Comprada pela Fiat, a FNM foi fechada no fim dos anos 70. A agência postal-ferroviária de Xerem é de 1915 e a agência FNM funcionou de 1944 a 1978. As antigas instalações são hoje ocupadas pela fábrica Marcopolo de carrocerias de ônibus.
 FER FNM1Isotta  FER FNM2Alfa

MAPA DAS LINHAS NO ENTORNO DA BAÍA DE GUANABARA
FER 8. Linhas da Baia de Guanabara
LINHA 26 – Cia. E.F. do Norte – Linha Tronco
O primeiro trecho, de São Francisco Xavier a Entroncamento (linha rosa), foi aberto ao tráfego em 3 de abril de 1888. Um mês depois, a Companhia foi absorvida pela The Leopoldina Railway.
FER 8A Porto da EstrelaPorto da Estrela: do  ponto de vista postal e histórico o mais interessante nesse trecho é a estação de Estrela (depois Joaquim Távora, atual Imbariê), localizada próxima aos vestígios da cidade que aí existiu. Situada no atual território de Duque de Caxias era um importante entreposto comercial e porto às margens do rio Inhomirim. Ponto de passagem na rota Rio-Vila Rica (MG) ele foi inaugurado em 1825 pelo Barão de Mauá. O detalhe ao lado é de um mapa de 1892 – a distancia da foz do antigo Rio da estrela onde se localizava o porto nos permite avaliar quão navegáveis eram os rios da Baixada na época. Em 1846, foi emancipado como município Vila da Estrela. Sua agência postal foi criada em seguida, em 5 de março de 1846 (cf. Nova Monteiro). A posterior inauguração da EF Mauá em Guia do Pacobaíba foi a causa da decadência do porto e o município acabou extinto por decreto em 1892. A agência postal foi fechada em 28 de janeiro de 1897. As ruínas da capela e dos armazéns estão em local assinalado no Wikimapia, e também podem ser vistos em vídeo do Youtube:
http://wikimapia.org/#lat=-22.6809652&lon=-43.2149577&z=16&l=9&m=b&v=8
https://www.youtube.com/watch?v=KB1e4JoxNdU

 IMAGENS DE CARIMBOS DA LINHA 26
AG FER LINHA 26
Linha 27 – Linha de Saracuruna
A linha de Saracuruna foi construída somente em 1926, muito mais tarde do que suas vizinhas. O motivo é o grande desafio de engenharia representado pela região pantanosa entre Duque de Caxias e Itaboraí, onde se localizavam Porto das Caixas e Visconde de Itaboraí, os entroncamentos de onde partiam as linhas do litoral e interior do Estado. Dessa forma, abriu-se a possibilidade de ligação sem baldeação entre a capital da Republica e a região norte, inclusive o Espirito Santo (e também Teresópolis, naturalmente).
Santo Antônio de Sá: falamos de uma região inóspita, mas no entanto ela nem sempre foi assim. Isso nos remete a uma interessante curiosidade dessa região, a Freguesia de Santo Antônio de Casseribu, estabelecida em 1612. Elevada à vila em 1679 com o nome de Santo Antônio de Sá, tornou-se o primeiro e o mais importante município da região. Em suas terras estavam, por exemplo, as FER 8B S. Antonio de Safreguesias de Guapimirim e de São João de Itaboraí. Constituiu o núcleo original do que viria a ser o município de Cachoeiras do Macacu.
A partir dos anos 1830, uma série de endemias provocou um progressivo esvaziamento da população. Em 1868, a sede do município foi transferida para Santana de Macacu, nome que o município adotaria. A essa altura, Magé e Itaboraí já tinham sido formados  e desmembrados do município original. Em 1923, a sede muda novamente, agora para Cachoeiras do Macacu.
A ilustração é um detalhe de um mapa de 1892 e dá idéia de sua localização e sua importância relativa – embora já numa época distante de seu auge. Do núcleo original não resta nada, com exceção das belas ruínas do Convento de São Boaventura, que podem ser vistas próximas à COPERJ, o novo polo petroquímico:
http://wikimapia.org/#lang=pt&lat=-22.656131&lon=-42.890802&z=18&m=b&show=/4392198/pt/Convento-São-Boaventura
FER Santo Antonio de Sa
Linha 28 – E.F. Príncipe do Grão-Pará
FER 8C EFGPA EF do Grão-Pará foi construída em parte sobre o leito da pioneira EF Mauá, que na verdade nunca chegou a subir a serra até Petrópolis. Parte do projeto da EF do Norte, a linha chegou até São Jose do Vale do Rio Preto com a construção do ramal descrito na Linha 30.
Linha 29 – Ramal de Guia de Pacobaíba
Na verdade, é o trecho inicial da EF Mauá que não foi utilizado pela Grão Pará. Guia de Pacobaíba é a antiga Mauá, local onde se construiu a primeira estação ferroviária do Brasil. No entanto, por estar localizada em uma região rural não urbanizada, não foi a sede da mais antiga agência postal ferroviária. Esta distinção coube à agência de Cascadura na Linha do Centro (ver Linha 1). As ilusrações mostram um detalhe do mapa de 1892 e uma imagem recente, com uma réplica da locomotiva “Baroneza”.
Cais do Porto de Mauá (site www.estacoesferroviarias.com.br)
Cais do Porto de Mauá (site www.estacoesferroviarias.com.br)
Foto Marcelo Dias
Foto Marcelo Dias
Linha 30 – Ramal de São José do Rio Preto
A linha Areal a São José do Rio Preto constitui na verdade o trecho final da EF Grão-Pará, mas é também conhecida por Ramal de São José do Rio Preto; por essa razão, decidi incluí-lo.
Linha 31 – Ramal de Areal a Três Rios (ou Entre-Rios)
Este sim, um ramal de fato, um prolongamento da EF do Norte até o entroncamento de Três Rios, o que constava em seu projeto original.
Linha 32 – Linha de Caratinga
Sendo um dos maiores entroncamentos do Estado do Rio, por Três Rios passa também uma das linhas tronco da Leopoldina que vem pela EF Grão Pará (Ramal de Areal a Tres Rios) e segue pelo Ramal de Caratinga. Este corre em território mineiro, mas seu trecho inicial saindo de Três Rios está no Estado do Rio, onde possui algumas estações, embora nenhuma agência postal.
Linha 33 – E.F. Teresópolis
O primeiro governador do Estado do Rio no período republicano, o Sr. Francisco Portella, tinha como sonho a transferência da capital do Estado para essa região. Para tanto, ao assumir o governo em 1890 criou o município de Teresópolis – em terras desmembradas de Magé – e assinou um decreto que previa a mudança da capital.Os planos para a ferrovia iniciaram-se nesse mesmo ano, mas uma série de dificuldades técnicas e econômicas atrasou o início da obra para 1895. Saindo do porto de Piedade, chegou a Guapimirim em 1901. Novos contratempos financeiros provocaram vários anos de atraso, mas a linha chegou à Barreira do Soberbo em 1904 e ao Alto Teresópolis em 1908. Somente nos anos 20 ela chegaria à parte baixa da cidade. A estrada de ferro foi desativada em 1957 e a capital nunca se transferiu para Teresópolis. Curiosamente, foi Petrópolis a escolhida para sediar a capital entre 1894 e 1902, embora por outras razões.
Dessa forma, esta linha constitui um caso singular: não se entroncava com nenhuma outra, nem penetrava pelo interior. Seu acesso era por mar e assim ficou até a conclusão da Linha de Saracuruna (Linha 27).
IMAGENS DE CARIMBOS DA LINHA 33
AG FER LINHA 33

PARTE III – MARCHA PARA O INTERIOR
 MAPA DAS PRINCIPAIS LINHAS DA REGIÃO CENTRAL DO ESTADO
FER 2. Linha do Centro e Interior
Linha 35 – E.F. Cantagalo
Primeira iniciativa séria de desbravar o interior do Estado, a EF Cantagalo partia do Porto das Caixas em Itaboraí. Este era na época o principal entreposto de mercadorias – daí o nome caixas – entre a capital e o interior. O primeiro trecho chegou em 1860 a Cachoeiras (atual Cachoeiras do Macacu). Retomadas as obras em 1868, os trilhos chegaram a Nova Friburgo em 1873, fechando a linha em Macuco em 1876, passando por Bom Jardim, Duas Barras e Cordeiro, de onde saía o Ramal de Portela (ver Linha 36).
CARIMBOS DA LINHA 35
AG FER LINHA 35
Linha 36 – Ramal de Portela ou Ramal de Cantagalo
Saindo de Cordeiro, chegou a Cantagalo ainda em 1876 e prosseguiu por Euclidelândia e Laranjais chegando a São José de Leonissa (atual Itaocara), às margens do Paraíba, em 1882. O último trecho, que acompanhava o rio, chegaria finalmente em 1890 à estação da Portela. Em frente, na outra margem do rio, existia a estação de Três Irmãos da EF Santo Antônio de Pádua, inaugurada mais ou menos na mesma época (vide Linha 54). O projeto de uma ponte, interligando as duas linhas, nunca saiu do papel. A ponte hoje existente é rodoviária.
CARIMBOS DA LINHA 36
AG FER LINHA 36
Linha 37 – O Ramal de Sumidouro
O projeto original previa uma ligação de Porto Novo – na EFCB – a Sumidouro. Modificado, passou a sair de Melo Barreto, um pouco adiante na linha; cruzando o Paraíba, chegou até Bela Joana quando a Leopoldina assumiu a linha e a estendeu a Sumidouro e adiante até entroncá-la em 1889 com a Linha do Cantagalo em Conselheiro Paulino, um pouco adiante de Friburgo. Por algum tempo, esse trecho fez parte de uma das linhas-tronco da Leopoldina, ligando o Rio a Manhuaçu (ver linha 57).
CARIMBOS DA LINHA 37
AG FER LINHA 37
Linha 38 – O Ramal de Macuco
O trecho final da linha tronco da EF Cantagalo, depois de Cordeiro, é também conhecido por esse nome. Fica o registro.

PARTE IV – AS LINHAS DO NORTE FLUMINENSE
 MAPA DAS LINHAS E RAMAIS DO NORTE FLUMINENSEFER 9. Norte Fluminense
Linha 40 – A Linha do Litoral
A ligação entre Niterói e Vitória foi construída por diversas linhas, em diferentes épocas, que só seriam unificadas por volta de 1910 pela Leopoldina, tornando-se uma das linhas-tronco dessa Companhia. Com o tempo, passou a ser conhecida por Linha do Litoral. Os quatro trechos até o ES, no estado do Rio, estão descritos a seguir com as Linhas 41, 42, 43 e 51. Mais tarde, com a conclusão da Linha de Saracuruna (Linha 27) a Leopoldina inaugurou a ligação direta Rio de Janeiro a Vitória, saindo da nova estação de Barão de Mauá.
Linha 41 – O Ramal Niterói-Porto das Caixas
A logística fluvial do Porto das Caixas não permitia melhor ligação com o porto do Rio de Janeiro. Por outro lado, a ligação ferroviária com Duque de Caxias teria que atravessar uma região pantanosa que exigia um complexo trabalho de engenharia que só seria viabilizado quase 50 anos mais tarde. Dessa forma, a ligação ferroviária com Niterói seria uma boa solução paliativa.
Linha 42 – O Ramal de Rio Bonito
Saía de Visconde de Itaboraí, passava pelo Porto das Caixas, por Itaboraí e Tanguá chegando a Rio Bonito em 1880. Daí atravessava os atuais municípios de Silva Jardim, Casimiro de Abreu e Rio das Ostras, atingindo Macaé em 1888. Uma estação emblemática do impacto trazido pela ferrovia é Indaiassu, localidade do interior do então município de Barra de São João.
Este, independente desde 1846, tinha sua sede na cidade homônima à beira-mar, na foz do mesmo rio, e já possuía agência postal desde 1835. A estação Indaiassu foi construída em 1886, e uma agência postal foi lá instalada em 09/08/1888. O impacto político foi grande e em 1901 a sede do município foi transferida para essa localidade, sendo o município também assim renomeado. Em 1904, as duas decisões foram revertidas, mas em 1925 a sede volta definitivamente a Indaiassu e o distrito adota o nome de Casimiro de Abreu, assim como a estação e a agência (e depois também o município, em 1938).
CARIMBOS DA LINHA 42
AG FER LINHA 42
Linha 43 – A E.F. Macaé e Campos
O Porto de Imbetiba, localizado em Macaé, foi um dos mais importantes do Brasil em meados do século XIX, servido como escoadouro da produção agrícola de toda a região desde Campos. Autorizada em 1869, a construção da Estrada de Ferro Macaé-Campos se iniciou justamente em Imbetiba e, passando por Carapebus e Quissamã, chegou a Campos em 1875. Hoje o porto de Imbetiba é operado pela Petrobras, constituindo um dos principais apoios logísticos da operação da Bacia de Campos.
CARIMBOS DA LINHA 43
AG FER LINHA 43
Linhas 44 a 50 ver após linha51
Linha 51 – A Linha de Itabapoana
Continuação da Macaé-Campos, saía dessa cidade rumo ao norte, passando por Murundu e Vila Nova, chegando a Santo Eduardo, divisa com o Espirito Santo, em 1879. Em 1903, a linha seria estendida até a cidade de Cachoeiro de Itapemirim, completando assim a ligação com Niterói.
A estação de Santo Eduardo (RJ): há uma controvérsia interessante sobre o nome dessa estação. Uma agência postal com o nome de Itabapoana existia nesse local desde 08/06/1853 (segundo Nova Monteiro). 
Por outro lado, uma agência postal existia desde 1881 na localidade de “Povoação de Santo Eduardo” no Espírito Santo.
FER 9B ItabapoanaNa literatura ferroviária consta que a EF Carangola inaugurou a estação Santo Eduardonesse local em 13/06/1879 como ponto final da linha que vinha de Campos.
No entanto, o mapa postal de 1888 trata a estação – com sua respectiva agência –  porItabapoana. O que faz sentido, pois não existe informação de mudança de nome da agência até essa data.
Confira na imagem ao lado.
Para confirmar, as imagens de carimbos com datas entre 1885 e 1892 têm grafados o nome de Itabapoana como localidade:
Itabapoana
No Diário Oficial de 24/02/1892 uma nota sobre troca de agente postal registra a Estação de Itabapoana no Rio de Janeiro:
FER santo.eduardo3
Continuando, na edição do Diário Oficial de 19/10/1892, pg.11 encontrei a seguinte nota, referente ao dia 17/10/1892:
FER santo eduardo2
A Leopoldina Railway, sucessora da EF Carangola desde 6/9/1890, estava continuando a linha, agora chamada de “Ramal do Cachoeiro do Itapemirim” e esta seria a primeira estação em território do ES. Com isso, temos a informação de que a localidade de Santo Eduardo estaria na verdade no ES, já que eles não poderiam estar se referindo à estação do RJ já inaugurada muito antes, em 1879.  O “Jornal do Brazil” de 23 de abril de 1891, em matéria de capa, traz os resultados de eleições em diversas cidades do ES, inclusive Santo Eduardo.
Para encerrar, há uma nota do Boletim Postal de 1893 que nos informa que as duas agências estavam permutando seus nomes, uma ocorrência pouco usual e que parece explicar a controvérsia sobre os nomes.
FER  santo eduardo
O Guia Postal de 1900 já traz o verbete “Ponte de Itabapoana” no ES. No entanto, segundo o site www.estacoesferroviarias.com.br. a estação foi renomeada “Ponte de Itabapoana” somente nos anos 1940.  O local ainda conserva esse nome.
CARIMBOS LINHA 51
AG FER LINHA 51
Linha 44 – Ramal de Glicério
Também conhecida por Linha Central de Macaé, não são claros os objetivos da sua construção. Entretanto, pode-se supor que haveria a intenção de no futuro entroncá-la com a Linha de Cantagalo mais ao norte, desse modo estabelecendo uma ligação com Minas Gerais.
CARIMBOS DA LINHA 44
AG FER LINHA 44
Linha 45 – Ramal de Imbetiba
Na verdade o termo ramal é inadequado, uma vez que a ferrovia Macaé a Campos foi projetada com início no Porto de Imbetiba, o que faz todo sentido para o projeto. Ver Linha 43.
Linha 46 – Ramal de Santa Maria Madalena
Também conhecido por Estrada de Ferro Barão de Araruama, o ramal saía de Conde de Araruama em Quissamã e atravessava os munícipios de Conceição de Macabu e Trajano de Morais, chegando a Santa Maria Madalena em 1890.
Linha 47 – Ramal de Manoel de Morais
Consta que havia planos para entroncá-lo com a Linha de Cantagalo, o que, analisando o mapa, parecia bastante razoável.
São Francisco de Paula: a história dessa vila é emblemática da influência do cicloFER 9A S. Fr. Paulado café e das ferrovias no destino das cidades. O mapa em destaque é de 1892 e dá a idéia da importância da cidade na época. São Francisco de Paula foi elevada a Freguesia em 1846, distrito de Cantagalo, transferido em 1861 para Sta. Maria Madalena. Já sob os efeitos da crise, em 1891 foi elevado à Vila e emancipado. A pá de cal foi a inauguração da estação Trajano de Morais em 1892, em torno da qual se formou um núcleo de progresso. Em 1915 a sede do município foi transferida para a estação e em 1938 o município foi assim renomeado. Abaixo, imagem da Igreja Matriz da cidade, uma das poucas construções que restaram.
 FER São Francisco de Paula
Linha 48 – Ramal de Campista
Linha 49 – Ramal de Santo Amaro de Campos
Linha 50 – Ramal de Barão de São José
Os três ramais integraram o sul do município à malha ferroviária de Campos.
Linha 51 – ver acima, após Linha 43
Linha 52 – Linha de Campos a Miracema
Composta por duas linhas construídas em épocas e por companhias diferentes (linhas 53 e 54 a seguir), elas se entroncavam em São Fidelis. Ambas passaram para o controle da Leopoldina Railway em 1890.
Linha 53 – E.F. Campos a São Fidelis
Saindo de Campos, ela percorria 52km pela margem direita do Paraíba até São Fidelis, onde chegou em 1891. Uma grande ponte sobre o rio permitiu seu entroncamento com a EF Santo Antonio de Padua na estação de Lucca.
CARIMBOS DA LINHA 53
AG FER LINHA 53
Linha 54 – E.F. Santo Antônio de Pádua
Esta tinha origem na estação de Lucca e passava por Cambuci, Aperibé e  Santo Antonio de Pádua, chegando a Paraoquena, na divisa com Minas. Daí saía o trecho final para Miracema e um ramal fazia a ligação com a linha de Manhuaçu.
CARIMBOS DA LINHA 54
AG FER LINHA 54
Linha 55 – Linha de Carangola
Saía de Campos, em Murundu, e passava por Cardoso Moreira para depois seguir o vale do rio Muriaé, cruzando Italva e chegando a Itaperuna em 1886.  Daí, a linha-tronco seguia para Natividade e Porciúncula e o Ramal do Poço Fundo seguia pelo município de Itaperuna entroncando-se com a Linha de Manhuaçu em Patrocínio de Muriaé no território mineiro.
CARIMBOS DA LINHA 55
AG FER LINHA 55
Linha 56 – Ramal do Poço Fundo
O ramal saía de Poço Fundo logo depois de Itaperuna na linha de Carangola e seguia para oeste pelo mesmo município até se entroncar com a Linha de Manhuaçu em Patrocínio do Muriaé, MG.
Linha 57 – Linha de Manhuaçu
A linha de Manhuaçu tinha origem em Recreio (MG) e seguia paralelamente ao estado do Rio, cruzando-o por um pequeno trecho ao norte no município de Porciúncula onde se entronca com a Linha de Carangola (Linha 55), continuando até Manhuaçu.
CARIMBOS DA LINHA 57
AG FER LINHA 57
Linha 58 – E.F. Maricá
Seguindo um percurso mais próximo ao litoral, saía de Neves, em São Gonçalo, chegando a Maricá em 1894, em Araruama em 1913 e em Cabo Frio em 1937. Logo se transformaria na alegria dos veranistas que procuravam as belas praias do litoral norte. A ferrovia foi desativada no início dos anos 1960.
CARIMBOS DA LINHA 58
AG FER LINHA 58
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