sábado, 28 de março de 2015

Só com versão em inglês, concorrência para compra de 12 trens é adiada

Tribunal de Contas do Estado exige texto em português. Estado alega falha de comunicação ou problema técnico

POR LINO RODRIGUES E BLOG DO ANCELMO GOIS

25/03/2015 - O Globo

SÃO PAULO e RIO — Por só ter recebido a versão em inglês do edital de licitação, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) decidiu, na terça-feira, pedir o adiamento da concorrência internacional que vinha sendo preparada pelo governo estadual para a compra de mais 12 trens pela Companhia Estadual de Engenharia de Transportes e Logística, no valor de R$ 106,9 milhões. A decisão, noticiada nesta quarta-feira pela coluna de Ancelmo Gois, surpreendeu o governo fluminense. Nesta quarta-feira, o secretário estadual de Transportes, Carlos Osorio, afirmou que uma versão em português também fora enviada para o tribunal. Segundo ele, houve alguma falha de comunicação ou problema técnico no envio das informações, que é feito por meio digital.

VIOLAÇÃO DO CÓDIGO CIVIL

O secretário garantiu que o adiamento da licitação, que aconteceria nesta quarta-feira, foi decidido na semana passada por outro motivo, antes da divulgação do parecer do TCE. Osorio informou que, como não haviam recebido retorno sobre a análise do edital pelo tribunal — uma exigência legal —, decidiram tomar a medida preventivamente. A nova data foi marcada para 12 de maio. De acordo com o secretário, nesta quinta-feira mesmo será feito um contato com o gabinete do conselheiro José Maurício de Lima Nolasco, responsável pelo parecer solicitando a suspensão da concorrência. Osorio garantiu que a versão em português será apresentada nesta quinta-feira para que o TCE possa fazer a análise do processo, mas ressaltou que os termos do edital são os mesmos dos outros dois já realizados para a compra de trens dentro de um contrato com o Banco Mundial (Bird).

— Houve um equívoco que será resolvido. Com certeza, enviamos as duas versões para o TCE, mas, por algum motivo, o texto em português não chegou ao tribunal. Vamos ver o que aconteceu — disse Osorio.

O parecer do Tribunal de Contas do Estado (TCE) afirmou que o processo foi devidamente apreciado pela Coordenadoria de Exame de Editais. No entanto, solicita o adiamento observando que os documentos não haviam sido traduzidos para o português, o que violaria o Artigo 224 do Código Civil. A tradução é necessária, ressaltou o órgão, para que o processo tenha efeito legal no país.

EMPRESAS COBRAM MARGEM DE PREFERÊNCIA

Os termos da licitação para a compra de trens levou a Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer) a criticar o governo estadual. As empresas com fábricas no país querem que a Secretaria de Transportes aplique a chamada margem de preferência: um decreto federal de 2012 estabelece, em linhas gerais, que deve ser considerado um valor 20% maior na proposta mais baixa de uma concorrente estrangeira, para proporcionar competitividade ao setor.

Em um manifesto divulgado na terça-feira, a Abifer e a Força Sindical cobram bom senso ao governo estadual, que, de acordo com as entidades, tem dado preferência a trens de empresas chinesas, vencedoras de duas licitações, orçadas em R$ 1,8 bilhão.

A última licitação, que envolveu a compra de 240 carros, em 2013, foi vencida pelas chinesa CNR e CSR e contou com a participação da sul-coreana Hyundai-Rotem e da Alstom e da CAF Brasil, duas multinacionais que têm fábricas no país.

ADIAMENTO NÃO MUDA REGRAS

Em um comunicado ao mercado divulgado na sexta-feira, a Secretaria de Transportes do Rio prorrogou o prazo para a entrega das propostas da licitação para 12 de maio. O adiamento foi entendido pelo presidente da Abifer, Vicente Abate, como um sinal de que o governo fluminense estaria disposto a negociar um novo edital. Mas o secretário de Transportes, Carlos Roberto Osorio, descartou qualquer possibilidade de mudar o documento e aplicar a margem de preferência. Segundo ele, o governo vai manter o padrão usado nas duas licitações vencidas por fábricas chinesas. Osorio também disse que os R$ 200 milhões que serão pagos pelos 12 trens estão no saldo de um contrato de cerca de R$ 1,8 bilhão financiados pelo Banco Mundial.

— Não é uma concorrência nova, mas uma sequência de licitação no mesmo contrato, e que foi gerada pela economia nos outros dois certames — explicou Osorio, lembrando que, em um outro processo para aquisições de trens, "o governo poderá discutir questões de competitividade".
 
Para a Abifer, a decisão do governo estadual beneficia a concorrência estrangeira em detrimento da nacional, especialmente num momento de crise. A entidade alega que somente o Rio de Janeiro tem deixado de aplicar a margem de preferência nas licitações para compra de trens. Rio Grande do Sul, São Paulo, Paraíba, Minas Gerais e Rio Grande do Norte têm, de acordo com a Abifer, realizado licitações com a margem de preferência, e companhias com fábricas no Brasil acabaram vencendo disputas nesses estados.

Em nota, a Abifer, que representa 40 empresas, diz ainda que ''os chineses são campeões em baixar os preços, mas atrasam na entrega'' (a entidade afirma que, na primeira licitação do governo estadual para a aquisição de trens, em 2009, os veículos teriam chegado 12 meses após o prazo combinado) e que a manutenção e a qualidade dos equipamentos são inferiores aos nacionais.

Osorio negou qualquer atraso e disse que as alegações sobre a qualidade dos trens chineses são próprias de concorrentes que não aceitam perder uma disputa.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/so-com-versao-em-ingles-concorrencia-para-compra-de-12-trens-adiada-15692020#ixzz3Vgq4brZN 
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sexta-feira, 27 de março de 2015

SuperVia alega prejuízo e quer aumento na tarifa

26/03/2015 23:08:23 - O Dia

Assim como a CCR, concessionária vem acumulando perdas

DANIEL PEREIRA

Rio -  Uma crise de mobilidade se desenha. Como O DIA mostrou nesta quinta-feira, a CCR teve prejuízo de R$ 110 milhões nos últimos dois anos com a operação das barcas e a ameaça devolver a concessão ao estado. O cenário é parecido na SuperVia. Segundo o último balanço divulgado pela companhia, o resultado consolidado do primeiro semestre do ano passado, de 1º de janeiro a 30 de junho, mostra um prejuízo de R$ 1,9 milhão.
 
SuperVia quer aumentar o valor da passagem

Foto:  Divulgação

Os déficits vêm ocorrendo desde 2012. O balanço de 2013 mostra resultado negativo de R$ 36,5 milhões; e, o de 2012, perdas ainda maiores, de R$ 61,3 milhões."A empresa está em negociação para a revisão quinquenal e mantém atenção ao cenário econômico atual que apresenta dificuldades com aumento de custos operacionais e de insumos, bem como a preocupação com a política tarifária vigente", informou a SuperVia em nota.

Em 2011, a empresa registrou lucro de R$ 28,1 milhões. Mas em 2010, quando a Odebrecht Transport comprou 61% da concessionária, foi registrado prejuízo, de R$ 19,7 milhões. Os balanços estão disponíveis no site da SuperVia. Nesta quinta-feira, depois de ser procurada pelo DIA , a empresa chegou a publicar em sua página o resultado consolidado de 2014, mas o arquivo foi retirado do ar subitamente. A companhia foi perguntada para quanto a passagem dos trens deve subir para que haja equilíbrio tarifário, mas preferiu não se posicionar. 

Os prejuízos das concessionárias e a falta de respostas do governo estadual e da agência reguladora (Agetransp) irritaram deputados da base aliada do governador Luiz Fernando Pezão e da oposição. Sobre o caso das barcas, dois niteroienses e usuários do serviço falam em acionar o Ministério Público. Flavio Serafini (Psol) e Comte Bittencourt (PPS) prometeram cobrar explicações da Secretaria estadual de Transportes. "É impensável aprovar um aumento sem transparência nos números", disse Serafini. Para manter os serviços e os investimentos em infraestrutura, seria necessário tarifas na casa dos R$ 10.

quinta-feira, 26 de março de 2015

Só com versão em inglês, concorrência para compra de trens é adiada

26/03/2015 - O Globo

Por só ter recebido a versão em inglês do edital de licitação, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) decidiu, na terça-feira, pedir o adiamento da concorrência internacional que vinha sendo preparada pelo governo estadual para a compra de mais 12 trens pela Companhia Estadual de Engenharia de Transportes e Logística, no valor de R$ 106,9 milhões. A decisão, noticiada ontem pela coluna de Ancelmo Gois, surpreendeu o governo fluminense. Ontem, o secretário estadual de Transportes, Carlos Osorio, afirmou que uma versão em português também fora enviada para o tribunal. Segundo ele, houve alguma falha de comunicação ou problema técnico no envio das informações, que é feito por meio digital.

VIOLAÇÃO DO CÓDIGO CIVIL

O secretário garantiu que o adiamento da licitação, que aconteceria ontem, foi decidido na semana passada por outro motivo, antes da divulgação do parecer do TCE. Osorio informou que, como não haviam recebido retorno sobre a análise do edital pelo tribunal — uma exigência legal —, decidiram tomar a medida preventivamente. A nova data foi marcada para 12 de maio. De acordo com o secretário, hoje mesmo será feito um contato com o gabinete do conselheiro José Maurício de Lima Nolasco, responsável pelo parecer solicitando a suspensão da concorrência. Osorio garantiu que a versão em português será apresentada hoje para que o TCE possa fazer a análise do processo, mas ressaltou que os termos do edital são os mesmos dos outros dois já realizados para a compra de trens dentro de um contrato com o Banco Mundial (Bird).

— Houve um equívoco que será resolvido. Com certeza, enviamos as duas versões para o TCE, mas, por algum motivo, o texto em português não chegou ao tribunal. Vamos ver o que aconteceu — disse Osorio.

O parecer do Tribunal de Contas do Estado ( TCE) afirmou que o processo foi devidamente apreciado pela Coordenadoria de Exame de Editais. No entanto, solicita o adiamento observando que os documentos não haviam sido traduzidos para o português, o que violaria o Artigo 224 do Código Civil. A tradução é necessária, ressaltou o órgão, para que o processo tenha efeito legal no país.

Empresas com fábricas no país cobram margem de preferência

Associação acusa o governo de privilegiar concorrentes chineses e pede um novo edital

SÃO PAULO- Os termos da licitação para a compra de trens levou a Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer) a criticar o governo estadual. As empresas com fábricas no país querem que a Secretaria de Transportes aplique a chamada margem de preferência: um decreto federal de 2012 estabelece, em linhas gerais, que deve ser considerado um valor 20% maior na proposta mais baixa de uma concorrente estrangeira, para proporcionar competitividade ao setor.

Em um manifesto divulgado na terça-feira, a Abifer e a Força Sindical cobram bom senso ao governo estadual, que, de acordo com as entidades, tem dado preferência a trens de empresas chinesas, vencedoras de duas licitações, orçadas em R$ 1,8 bilhão.

A última licitação, que envolveu a compra de 240 carros, em 2013, foi vencida pelas chinesa CNR e CSR e contou com a participação da sul-coreana Hyundai-Rotem e da Alstom e da CAF Brasil, duas multinacionais que têm fábricas no país.

ADIAMENTO NÃO MUDA REGRAS

Em um comunicado ao mercado divulgado na sexta-feira, a Secretaria de Transportes do Rio prorrogou o prazo para a entrega das propostas da licitação para 12 de maio. O adiamento foi entendido pelo presidente da Abifer, Vicente Abate, como um sinal de que o governo fluminense estaria disposto a negociar um novo edital. Mas o secretário de Transportes, Carlos Roberto Osorio, descartou qualquer possibilidade de mudar o documento e aplicar a margem de preferência. Segundo ele, o governo vai manter o padrão usado nas duas licitações vencidas por fábricas chinesas. Osorio também disse que os R$ 200 milhões que serão pagos pelos 12 trens estão no saldo de um contrato de cerca de R$ 1,8 bilhão financiados pelo Banco Mundial.

— Não é uma concorrência nova, mas uma sequência de licitação no mesmo contrato, e que foi gerada pela economia nos outros dois certames — explicou Osorio, lembrando que, em um outro processo para aquisições de trens, "o governo poderá discutir questões de competitividade".

Para a Abifer, a decisão do governo estadual beneficia a concorrência estrangeira em detrimento da nacional, especialmente num momento de crise. A entidade alega que somente o Rio de Janeiro tem deixado de aplicar a margem de preferência nas licitações para compra de trens. Rio Grande do Sul, São Paulo, Paraíba, Minas Gerais e Rio Grande do Norte têm, de acordo com a Abifer, realizado licitações com a margem de preferência, e companhias com fábricas no Brasil acabaram vencendo disputas nesses estados.

Em nota, a Abifer, que representa 40 empresas, diz ainda que ''os chineses são campeões em baixar os preços, mas atrasam na entrega'' ( a entidade afirma que, na primeira licitação do governo estadual para a aquisição de trens, em 2009, os veículos teriam chegado 12 meses após o prazo combinado) e que a manutenção e a qualidade dos equipamentos são inferiores aos nacionais.

Osorio negou qualquer atraso e disse que as alegações sobre a qualidade dos trens chineses são próprias de concorrentes que não aceitam perder uma disputa.

quarta-feira, 25 de março de 2015

TCE manda adiar concorrência para compra de 12 trens para a SuperVia

Segundo Ancelmo Gois, edital internacional está todo escrito em inglês, violando artigo 244 do Código Civil

POR LINO RODRIGUES E BLOG DO ANCELMO GOIS

25/03/2015 - O Globo

SÃO PAULO E RIO - O Tribunal de Contas do Estado (TCE) determinou, nesta terça-feira, que a Companhia Estadual de Engenharia e Logística adie a licitação que beneficia as empresas estrangeiras na compra de 12 trens para a SuperVia, no valor de R$ 160.9 milhões, marcada para esta quarta-feira. O edital internacional, segundo o TCE, está todo escrito em inglês, violando artigo 244 do Código Civil, conforme revelou a coluna do jornalista Ancelmo Gois.

Devido à licitação, a indústria ferroviária e o governo do Rio estão em pé de guerra. Os fabricantes locais querem que a Secretaria dos Transportes aplique a chamada margem de preferência nas propostas das empresas chineses, que elevaria o valor total dos equipamentos em 20%.

A associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer), junto com a Força Sindical, estão divulgando desde esta terça-feira um manifesto pedindo bom senso à administração fluminense, que tem dado preferência aos trens produzidos na China, que já venceram duas licitações num total de R$ 1,8 bilhão. De acordo com a secretaria, na última sexta-feira, foi comunicado ao mercado que a data limite para a entrega das propostas para concorrência foi prorrogada para 12 de maio. O motivo seria o pedido do Tribunal de Contas do Estado de mais tempo para analisar o edital.

O adiamento foi entendido pelo presidente da Abifer, Vicente Abate, como um sinal de que o governo fluminense estaria disposto a negociar um novo edital. Mas o secretário de Transportes, Carlos Roberto Osorio, descartou qualquer possibilidade de mudar o edital e aplicar a margem de preferência como querem os representantes da indústria. Segundo ele, o entendimento do governo do Rio é manter o mesmo contrato padrão firmado nas duas outras licitações vencidas pelos chineses, e que os R$ 200 milhões que serão pagos pelos 12 trens, são saldo do contrato de cerca de R$ 1,8 bilhão financiados pelo Banco Mundial.

— Não é uma licitação nova, mas uma sequência de licitação no mesmo contrato,e que foi gerada pela economia nos outros dois certames — explicou Osorio, lembrando que, em uma nova concorrência para aquisições de trens, "o governo poderá discutir questões de competitividade".

Para a Abifer, a decisão do governo do Rio beneficia a concorrência estrangeira em detrimento da nacional, especialmente neste momento de crise. A entidade alega ainda que somente o governo do Rio tem deixado de aplicar a margem de preferência nas licitações para compra de trens. Rio Grande do Sul, São Paulo,Paraíba, Minas Gerais, Rio Grande do Norte têm realizado licitações com a margem de preferência, o que beneficiou as empresas com fabricação local que acabaram vencendo as disputas nesses estados. As indústrias locais alegam também que os chineses são campeões em baixar os preços, mas atrasam na entrega (na primeira licitação em 2009, teria havido atraso superior a 12 meses) e a manutenção e qualidade dos equipamentos são muito inferiores aos nacionais. O secretário nega os atrasos e diz que a alegações em relação a qualidade dos trens são próprias de concorrentes que não aceitam a perder a disputa.
 
Além das questões econômicas, o presidente da Força Sindical, que assina o manifesto com a Abifer, Miguel Torres, salienta que a preferência pelos trens chineses ameaça os postos de trabalho no setor, que emprega hoje 40 mil trabalhadores. Segundo ele, para cada trem produzido no país, são gerados 63 empregos diretos e 112 indiretos.

— Não defendemos o que é mais caro, mas queremos uma redução na carga tributária que permita condições de igualdade com os concorrentes internacionais — afirmou Torres, que entregou ontem o manifesto ao Ministro do Desenvolvimento, Armando Monteiro Neto.

A SuperVia transporta uma média de 700 mil passageiros por dia. Com uma malha de 270 quilômetro e 102 estações, ela cobre doze municípios da região metropolitana do Rio. Em 2011, houve uma mudança na composição societária da concessionárias, com a aquisição de 60% pela Odebrecht TransPort e 40% por um fundo de investimentos. Com a entrada da Odebrecht, o contrato de concessão foi prorrogado pelo governo do Rio por mais 25 anos, até 2048. Procurada, a SuperVia disse que não iria se manifestar sobre o assunto.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/tce-manda-adiar-concorrencia-para-compra-de-12-trens-para-supervia-15692020#ixzz3VQWV8hxk 
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terça-feira, 24 de março de 2015

Estação de trem do Engenho de Dentro entra em reforma para Olimpíada

24/03/2015 - O Dia

A previsão de conclusão é até o final deste ano, e a estação não vai parar de funcionar durante as obras

GUSTAVO RIBEIRO

Rio - A SuperVia inicia, nesta terça-feira, a reforma da estação Engenho de Dentro, uma das seis que deverão atender aos padrões do COI para 2016. Segundo o secretário estadual de Transportes, Carlos Roberto Osório, o saguão de embarque será duplicado, a rampa de conexão com o Engenhão e o mezanino, ampliados, e a estação será 100% adaptada para deficientes físicos. 
 
A ilustração mostra como ficará estação ao lado do Engenhão após as reformas para a Olimpíada

Foto:  Divulgação

A previsão de conclusão é até o final deste ano, e a estação não vai parar de funcionar durante as obras. O projeto prevê seis elevadores — cinco para cada plataforma, e um externo, na Rua Amaro Cavalcanti —, rampas de acesso às plataformas e banheiros acessíveis. "A estação vai atender o dobro de passageiros (hoje recebe 13 mil por dia) e com mais conforto", diz Osório. Também estão em obras Deodoro e São Cristóvão. 

A SuperVia ainda terá de iniciar as reformas das estações Vila Militar e Ricardo de Albuquerque. De acordo com o secretário, essas duas intervenções vão começar depois que o COI estimar a demanda de passageiros. A única que está pronta para a Olimpíada é a do Maracanã. O investimento em todas as obras é de R$ 250 milhões.

Estação de trem do Engenho de Dentro entra em reforma para Olimpíada

24/03/2015 - O Dia - RJ

Rio - A SuperVia inicia, nesta terça-feira, a reforma da estação Engenho de Dentro, uma das seis que deverão atender aos padrões do COI para 2016. Segundo o secretário estadual de Transportes, Carlos Roberto Osório, o saguão de embarque será duplicado, a rampa de conexão com o Engenhão e o mezanino, ampliados, e a estação será 100% adaptada para deficientes físicos.

A previsão de conclusão é até o final deste ano, e a estação não vai parar de funcionar durante as obras. O projeto prevê seis elevadores — cinco para cada plataforma, e um externo, na Rua Amaro Cavalcanti —, rampas de acesso às plataformas e banheiros acessíveis. "A estação vai atender o dobro de passageiros (hoje recebe 13 mil por dia) e com mais conforto", diz Osório. Também estão em obras Deodoro e São Cristóvão.

A SuperVia ainda terá de iniciar as reformas das estações Vila Militar e Ricardo de Albuquerque. De acordo com o secretário, essas duas intervenções vão começar depois que o COI estimar a demanda de passageiros. A única que está pronta para a Olimpíada é a do Maracanã. O investimento em todas as obras é de R$ 250 milhões.

sábado, 21 de março de 2015

Mais um trem chinês para a Supervia neste sábado

Em evento na Central do Brasil, governador aproveitou para lançar uma campanha de incentivo ao uso do teleférico do Complexo do Alemão

POR GABRIELA LAPAGESSE

21/03/2015 - O Globo

RIO - O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, inaugurou na manhã deste sábado (21) o 60º trem importado da China, na estação Central do Brasil. O veículo faz parte de um investimento do Estado de U$ 472 milhões, financiados pelo Banco Mundial.

Desde 2009, o governo já adquiriu cem novas composições chinesas. Com a mais recente aquisição, a média de passageiros diários passará de 325 mil para 650 mil, segundo a Supervia. A nova composição tem capacidade para transportar 1.200 passageiros e é equipada com ar-condicionado, passagem interna entre os carros, circuito interno de segurança e painéis de LED.

Após a viagem inaugural, o governador lançou a campanha de incentivo ao uso do teleférico do Complexo do Alemão. De acordo com o governo do Estado, não há limites de viagens. Além disso, para quem chegar de trem na estação de Bonsucesso, a integração com o teleférico será gratuita. Apenas na estação de Bonsucesso a cobrança para o telefórico será mantida, válida para visitantes.

Os moradores do Complexo do Alemão cadastrados vão continuar tendo direito de embarcar gratuitamente nessa estação duas vezes por dia, como informa a Secretraria Estadual de Transportes.

Para os visitantes que utilizam o vale-transporte, a tarifa unitária custa R$ 1. Quem não possui nenhum dos cartões paga tarifa de R$ 5.

Inaugurado em 2011, o teleférico do Complexo do Alemão já transportou mais de 12 milhões de passageiros .

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/pezao-inaugura-mais-um-trem-chines-para-supervia-neste-sabado-15662632#ixzz3V1mwGNbu 
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quinta-feira, 5 de março de 2015

Crise nas finanças do estado leva a corte de subsídio em tarifas do metrô

Passageiros que usam apenas o transporte, sem integração, pagarão R$ 3,70 a partir de abril

POR LUIZ GUSTAVO SCHMITT

04/03/2015 - O Globo

RIO - A crise nas finanças do estado levou a administração do governador Luiz Fernando Pezão a cortar o subsídio na passagem do metrô para economizar R$ 22 milhões por ano. A medida de austeridade impactará os passageiros que utilizam somente o metrô com o cartão do bilhete único. O reajuste da tarifa será equivalente a 15,62%: saltará dos R$ 3,20 para R$ 3,70, a partir de 2 de abril. Mas para quem usa o cartão no sistema de integração com outros modais (trem, ônibus, barca ou van legalizada), o valor permanecerá o mesmo: R$ 5,90.

Com isso, valor da passagem passará a ser o mesmo para quem paga em dinheiro ou com o bilhete único. Atualmente, quem tem o cartão paga R$ 3,20 e o estado subsidia os R$ 0, 30 da "tarifa modal", que é cobrada de quem não tem o bilhete único e que custa R$ 3,50.

De acordo com o secretário estadual de Transportes, Carlos Roberto Osorio, a medida impactaria menos da metade dos 223 mil usuários do metrô por dia (que usam bilhete único):

— Esse corte afeta os passageiros que usam somente o metrô, sem fazer integração com nenhum outro meio de transporte. Quem usa o bilhete único e faz integração com outro modal não será impactado. Esses passageiros representam 60% do total.

Na quinta-feira passada, a Agência Reguladora dos Transportes do estado (Agetransp) autorizou o reajuste da tarifa modal de R$ 3,50 para R$ 3,70. O aumento, de 5,71%, acompanha a variação da inflação pelo Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), calculado pela Fundação Getulio Vargas.

Em dezembro, o governo estadual já havia reduzido o subsídio para passagens de ônibus intermunicipais, trens e barcas. A tarifa social dos trens já aumentou de R$ 2,90 para R$ 3,20. A tarifa de equilíbrio, autorizada pela Agência Reguladora do Transporte Público no Rio (Agetransp), saltou de R$ 3,20 para R$ 3,30. Ou seja, o subsídio a ser pago pelo governo por passageiro sofreu queda de R$ 0,30 para R$ 0,10.

Já no transporte feito por barcas, o preço para o passageiro aumentou de R$ 3,10 para R$ 3,50. Como a tarifa permitida pela agência subiu de R$ 4,80 para R$ 5, o governo passou a pagar à concessionária R$ 1,50 por passageiro, sendo que anteriormente o valor era R$ 1,70.

De acordo com Osorio, o subsídio ao metrô foi criado ainda na gestão de Sérgio Cabral. A intenção era manter os preços dos diversos modais para os usuários do bilhete único depois do reajuste de 2014.

O benefício contempla três milhões de passageiros por dia. No ano passado, os subsídios de todos os modais do bilhete único somaram R$ 543 milhões, sendo R$ 402 milhões com ônibus intermunicipais.

O governador Luiz Fernando Pezão defendeu, na tarde de ontem, a redução do subsídio ao metrô sob o argumento de que o estado está se ajustando ao cenário de crise econômica. O governador disse ainda que não serão feitos mais cortes no benefício:

— Não haverá mais cortes de subsídio. O estado está se adequando à crise. Perdemos R$ 5 bilhões da receita prevista em 2014. Isso não é trivial.

AUDITORIA NO BILHETE ÚNICO

Pezão ainda anunciou que o governo estadual contratou a empresa PricewaterhouseCoopers (PWC) para fazer uma auditoria no bilhete único e verificar se há fraude no sistema. O resultado deve ser divulgado em abril. O estado estuda ainda a instalação de pontos biométricos nos ônibus para evitar falsificações. Contudo, a proposta passa por análise da Casa Civil, já que a medida possivelmente demandaria a elaboração de um projeto de lei.

— O corte foi só de R$ 0,30 no metrô. O estado faz um esforço para ter um dos maiores programas de transferência (de renda), que é o bilhete único. Gastamos quase R$ 600 milhões com barcas, ônibus, trens e vans legalizadas. E não pode haver fraude. Estou tomando uma série de medidas para melhorar o gasto público — disse Pezão.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/crise-nas-financas-do-estado-leva-corte-de-subsidio-em-tarifas-do-metro-15506470#ixzz3TVc7Zg7O 
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