quinta-feira, 3 de outubro de 2019

Estrada de Ferro Leopoldina

Histórico

Em 28 de fevereiro de 1884, início da construção do primeiro trecho da Estrada de Ferro do Norte, entre São Francisco Xavier e a Raiz da Serra de Petrópolis.

Em 23 de abril de 1886, inauguração do primeiro trecho da Northern Railway Company, também conhecida como Estrada do Norte (futura Leopoldina Railway), entre as estações de São Francisco Xavier e Merity (atual Duque de Caxias), interligando uma série de núcleos suburbanos existentes, como Bonsucesso, Ramos, Olaria, Penha e Vigário Geral. No início são entregues apenas duas estações intermediárias: Bonsucesso e Penha. Em 1898 a ferrovia é incorporada à Leopoldina Railway.

Em 23 de outubro de 1886, são inauguradas as estações Triagem, Bonsucesso, Amorim - Carlos Chagas, Olaria, Penha, Braz de Pinna, Cordovil e Vigário Geral da ferrovia Northern Railway Company.

Em  26 de agosto de 1887, é lavrada a escritura de venda da E.F.Cantagallo, junto com seu ramal de Macahé,  para a E.F.Leopoldina. 

Em 26 de novembro de 1887, inauguração do segundo trecho da Estrada de Ferro do Norte, com 14 km de extensão, entre o Rio Meriti e a Freguesia do Pilar.

Em 24 de abril de 1888, inauguração do terceiro trecho da Estrada de Ferro do Norte, com 17,3 km, entre a Freguesia do Pilar e o entroncamento com a Estrada de Ferro Mauá

Em 17 de novembro de 1888,  a Estrada de Ferro Príncipe do Grão Pará é adquirida pela The Rio de Janeiro Northern Railway Company, que efetua algumas modificações na antiga ferrovia Mauá.

Em 1890, a antiga Estrada de Ferro Mauá é incorporada à Estrada de Ferro Leopoldina, que estava em plena expansão.

Em 26 de novembro de 1897, liquidação da Estrada de Ferro Leopoldina que é incorporada pela The Leopoldina Railway Co, criada em 6 de dezembro do mesmo ano.

Estações Trem de Subúrbio da Estrada de Ferro do Norte em 1895:  Dom Pedro II, São Fransisco Xavier, Jockey Club, Bem-fica, Amorim, Bom-sucesso, Ramos, Olaria, Penha, Cordovil, Vigário Geral, Merity, Sarapuhy, Pilar, Rosário, Raiz da Serra, Alto da Serra, Petrópolis. 5 trens/dia/sentido. Tempo de viagem até Merity (atual Duque de Caxias): tempo de viagem de 56 minutos.

Havia o serviço de barcas entre a Praça Mauá e o cais de Sant´Anna em Niterói, junto à estação da Leopoldina, de onde partiam trens para Nova Friburgo, Cantagallo e Campos dos Goytacazes.

No dia 9 de maio de 1898, através do Decreto 2.896, a Estrada de Ferro do Norte é incorporada pela The Leopoldina Railway Company Ltd.

Em 24 de maio de 1900, inauguração do ramal de 25,8 km de extensão entre Areal e Três Rio da The Leopoldina Railway Company Ltd, construído junto ao leito da Rodovia União e Indústria.

No dia primeiro de dezembro de 1909, inauguração da primeira estação Barão de Mauá. A nova estação é inaugurada em 1926.

No dia 10 de maio de 1910, começa a circular o trem da Leopoldina para a Rêde Mineira via Petrópolis.

Em 1910, é inaugurado o prolongamento da Estrada de Ferro Leopoldina até o Cais do Porto, com passagem em nível no canal do mangue, atual Avenida Francisco Bicalho.

Em janeiro de 1911, prosseguia a obra de construção de um novo trecho da Estrada de Ferro Leopoldina, entre as antigas estações de Sarapuhy e Actur, no atual município de Duque de Caxias, com 5,6 km de extensão, substituindo um antigo trecho de 9,200 km, diminuindo o percurso da linha Rio de Janeiro – Petrópolis.



No dia 15 de novembro de 1924, início da construção da nova estação Barão de Mauá, da Estrada de Ferro Leopoldina, inaugurada em 1926.


Estudo da Estação Barão de Mauá em 1925

A The Rio de Janeiro Northern Railway Company desativa, em Guia de Pacobaíba, a integração barco-trem na ligação Rio de Janeiro - Petrópolis, que passa a ser efetuada diretamente em trem, após a inauguração da nova estação terminal de Barão de Mauá em São Cristóvão, no dia 26 de novembro de 1926. A estação de Guia de Pacobaíba passa a ser atendida apenas por trem local.

No dia 2 de novembro de 1926, início da operação da linha do Rosário da Estrada de Ferro Leopoldina com 39 km de extensão, entre Rosário e Porto das Caixas, passando por Magé e Visconde de Itaboraí. A nova linha possibilita a ligação direta entre as cidades do Rio de Janeiro e Vitória, desativando a travessia marítima entre o Rio de Janeiro e Niterói. A construção da linha foi postergada devido às dificuldades de construção sobre imensa área alagadiça entre Magé e Visconde de Itaboraí.

Em 1932, o serviço de trem de subúrbio da Leopoldina transportava cerca de 20 mil passageiros/dia.

Em 21 de abril de 1935, a Leopoldina inaugura o serviço de trens de subúrbio entre a Estação Barão de Mauá e a Raiz da Serra, em correspondência com a nova linha de ônibus Estrela (Raiz da Serra) - Magé, via Inhomirim, Fazenda Santa Dalila, Suruy e as águas minerais de Iriry.



Trem de madeira da Leopoldina na década de 1930
Foto Arquivo Nacional
Para ampliar clique na imagem

Revista da Semana 16/09/1944, p.13


Em 20 de dezembro de 1950, a Estrada de Ferro Leopoldina é definitivamente encampada pelo Governo Federal.

Em 1950, o sistema de  trens de subúrbio transporta  207.784.691, sendo 181.111.025 na Central do Brasil e 26.673.666 na Leopoldina.

No dia primeiro de janeiro de 1965, início das obras de eletrificação do trecho Triagem - Penha Circular. No dia 10 de março de 1966, é inaugurado o primeiro trecho eletrificado, entre as estações de Francisco Sá e Penha Circular, com 10 km de extensão. Inicialmente os trens elétricos só circulavam nos horários de pico.

No dia 23 de julho de 1971, é inaugurado o segundo trecho eletrificado, entre as estações de Penha Circular e Duque de Caxias, com 7 km de extensão. A eletrificação do trecho  até a Estação Barão de Mauá só foi concluída em 1977, junto com o alargamento da bitola.

Em 1972, o ramal da Leopoldina só transportava a média de 3.540 passageiros/dia, contra 331 mil passageiros/dia dos ramais da Central do Brasil.

Em 1972,  a Rede Ferroviária Federal (RFFSA) constrói duas novas vias entre o Maracanã e Dom Pedro II,  para o acesso dos trens suburbanos da Leopoldina e da Linha Auxiliar à estação inicial de Dom Pedro II.

No dia 5 de março de 1977, os trens de Caxias voltam a fazer ponto final na Estação de Barão de Mauá. A estação também recebia passageiros das linhas de longo curso de Campos, Cachoeiro do Itapemirim e Vitória, da via de bitola estreita, que juntas nem somavam 300 passageiros/dia.

Em 2 de setembro de 1977, é inaugurada a operação dos 6 primeiros trens japoneses (Hitachi) no ramal da Leopoldina, com percurso entre as estações Barão de Mauá e Duque de Caxias.

No dia 12 de outubro de 1977, circulam os últimos carros de madeira nos trens de subúrbio do Grande Rio, com a substituição dos velhos carros de madeira por carros de aço no Ramal de Guapimirim de bitola métrica e tração a diesel.  Na época o Ramal da Leopoldina, eletrificado até a estação de Duque de Caxias, junto com os ramais de Guapimirim e Vila Inhomirim, transportavam cerca de 87 mil passageiros/dia. Outra novidade no Ramal de Guapimirim foi o cercamento das estações, evitando o embarque de clandestinos. Em outubro de 1977 a RFFSA tinha recebido os primeiros 10 carros de aço, de uma encomenda de 40 carro, fabricados em Belo Horizonte, para a bitola estreita. Cada carro tinha capacidade para 96 passageiros sentados e  196 em pé.

Em 17 de fevereiro de 1978, inauguração de nova plataforma na estação de São Cristóvão, localizada junto à linha 8, permitindo a integração gratuita entre as linhas do ramais da Central do Brasil e da Leopoldina.

Em março de 1978, início da operação dos novos trens Mafersa entre Barão de Mauá e Duque de Caxias.

No primeiro semestre de 1981, é inaugurada a eletrificação do trecho entre Duque de Caxias e Gramacho.

Em 10 de agosto de 2000, inauguração da eletrificação de trecho de 10 km, entre Gramacho e Saracuruna, no Ramal da Leopoldina. No mesmo mês os trens do Ramal de Vila Inhomirim, operado pela Supervia, passam a operar gratuitamente.

No dia 19 de março de 2007, circula o primeiro trem com ar-condicionado no ramal de Saracuruna, um Geladão, trem adquirido nos anos 80 sem climatização e reformado no início da década de 2000. 

Em 4 de setembro de 2017, a Justiça determina que o Estado e a União façam obras emergenciais na estação Barão de Mauá, desativada desde 2001.

Inaugurações de estações

1886        Triagem
1886        Amorim - Carlos Chagas
1886        Bonsucesso
1886        Olaria
1886        Penha
1886        Braz de Pinna
1886        Cordovil
1886        Vigário Geral
1888        Gramacho
1910        Barão de Mauá 
1943        Parada de Lucas 
     
Passageiros

1945        28.055.000
1946        25.162.000
1947        22.443.000
1948        20.758.000


REFERÊNCIAS:

Subúrbios da Leopoldina. A Nação. Rio de Janeiro. 17 abril 1935. p.9.

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