sexta-feira, 16 de abril de 2010

Conselheiro da Agetransp não acredita que houve falha humana em acidente com trem em Deodoro

FORA DOS TRILHOS


Publicada em 16/04/2010 às 16h56m
Selma Schmidt e Ronaldo Braga - O Globo - 16/04/2010
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Trem descarrilado em Deodoro. Foto de Gabriel de Paiva
RIO - O conselheiro Herval Barros, da Agência estadual de Transportes (Agetransp), não acredita que tenha havido falha humana no descarrilamento do trem próximo à estação de Deodoro, nesta sexta-feira. O acidente deixou pelo menos 61 pessoas feridas, com escoriações leves. Segundo o site G1, passageiros afirmaram o que o maquinista estava sonolento e que algumas vítimas chegaram a ser saqueadas.
- Se o maquinista estivesse em alta velocidade, os estragados seriam muito maiores - disse Herval Barros.
(Vídeo: passageiros contam como foi o acidente)
A princípio, segundo o conselheiro, poderia ter ocorrido falha técnica, do trem ou do aparelho de mudança de via. Ele prevê que a comissão instaurada para apurar o o acidente conclua a instrução do processo entre 15 e 20 dias. Herval Barros, no entanto, acredita que na próxima segunda-feira haja algum esclarecimento sobre a causa do acidente.
O vice-presidente da Comissão de Transporte da Assembléia Legislativa, deputado Dionísio Lins (PP), vai entrar com uma representação junto ao Ministério Público (MP) solicitando a intervenção de serviço na SuperVia, além do cancelamento da prorrogação do contrato.
A polícia isolou a área em que tem descarrilou. Foto:  Márcio Alves
- O que vem ocorrendo é um absurdo. Quase toda semana temos notícias de que um trem teve problema em um ramal, gerando atraso e constrangimento aos usuários. Isso precisa ter um fim - disse.
O documento pede ainda que a SuperVia encaminhe para a Comissão em um prazo de 15 dias, um relatório constando o quanto a empresa arrecadou desde o início do ano, e quanto e onde foi aplicada essa verba.
- Queremos saber também que tipo de melhorias foram proporcionadas aos usuários - disse. Dionísio pede ainda que seja criada uma comissão de trabalho, que seria composta por um membro do Ministério Público, um do Executivo estadual e um da Agestranp.
O acidente aconteceu por volta das 6h10, no ramal de Santa Cruz, no sentido Central do Brasil. Segundo os passageiros, o trem não parou na estação de Realengo e várias pessoas abandonaram os vagões e seguiram a pé pela linha até a estação.
Em janeiro, um trem andou sem maquinista de Ricardo de Albuquerque até pouco antes de Oswaldo Cruz (num total de três estações), em alta velocidade. No final de março, a falta de trens fez passageiros atearem fogo em uma composição da empresa, na estação de Saracuruna, na Baixada Fluminense.

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