quarta-feira, 12 de maio de 2010

Governo vai comprar mais sete trens da China



12/05/2010 - Extra Online

O governo vai comprar mais trens além dos 30 já encomendados à China no ano passado. Dos US$ 220 milhões liberados pelo Banco Mundial, sobraram US$ 54 milhões. Esse dinheiro será usado para o novo pedido, de até sete composições, a ser feito no próximo mês, à China National Machinery Import & Export Corporation, vencedora da licitação. O primeiro trem deverá desembarcar no Rio no primeiro semestre de 2011.
Com esse pedido extra, os chineses fornecerão de 35 a $37 trens até 2013. Assim, a SuperVia teria 75 "frescões" numa frota de 159 composições. As fabricadas na China terão quatro vagões para 1.300 passageiros, com velocidade de até 100 km/h.
Bagageiro e câmeras
Os vagões terão bagageiros, quatro TVs de cristal líquido para mensagens institucionais e sistema de ar-condicionado contra queda brusca de temperatura durante a abertura de portas, além de câmeras internas e externas de vídeo.
— Mandaremos fazer até sete trens a mais e faremos um novo plano diretor, porque o atual tem quase dez anos — diz o secretário de Transportes, Sebastião Rodrigues.
A nova encomenda será possível porque o Banco Mundial limitara US$ 175,6 milhões para a compra de, no mínimo, 30 trens, liberando o uso do excedente. O preço médio de cada um gira em torno de US$ 5,5 milhões. Em 2001, foram adquiridos 20 ao preço de US$ 5 milhões cada do consórcio nipo-coreano Mitsui.
A diferença é que as composições encomendadas agora economizarão 60% da energia e terão baterias para operar por duas horas em caso de queda de eletricidade.
De presente
A nova leva, no entanto, deveria ser uma obrigação da SuperVia. Quando a ferrovia foi privatizada, em 1998, o contrato de concessão previa que esses investimentos seriam da concessionária. Como o próprio governo não cumpriu a sua parte no trato, de reformar parte da rede, o ex-governador Anthony Garotinho promoveu alterações no acordo. Dentre eles, a compra de trens com ar-condicionado e a reforma da frota, refrigerando-a. Assim, terão sido gastos US$ 330 milhões para a aquisião de novas composições.

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