Enviado por Marcelo Dias -
29.5.2010
| 17h00m - Extra
NOS TRILHOS
Se em 2011 você se deparar com uma composição com vagões refrigerados, bancos acolchoados, bagageiros e TVs de LCD na Central do Brasil, e achar que entrou no metrô, não se engane. Em março do próximo ano, chegará ao Rio o primeiro dos 30 trens comprados na China pelo governo estadual. O Dragão Chinês, como já é chamado, promete fazer os 538 mil passageiros da SuperVia deixarem de soltar fogo pelas ventas em viagens desconfortáveis e no calor.
Trazidos por US$ 165 milhões, os dragões desembarcarão no Rio com um nível tecnológico e de conforto inédito até no metrô. Ao pôr os pés no vagão, os usuários encontrarão 54 assentos de fibra com tecido sintético e individualizados com vincos, para não haver aquele roça-roça de pernas. Oito deles serão reservados para idosos, gestantes e portadores de deficiência. Além disso, haverá quatro TVs que exibirão noticiário, mensagens de campanhas institucionais e até os gols da rodada.
— Vai ter gente achando que entrou no metrô por engano — brinca o secretário de Transportes, Sebastião Rodrigues.
Cada vagão terá seis bagageiros para mochilas, sacolas e penduricalhos. Para tornar a viagem mais tranquila, os vagões terão som ambiente. Assim como os modelos sul-coreanos, os chineses também oferecem ar-condicionado. Mas serão mais gelados ainda, a 23ºC. Com isso, a frota da SuperVia passará a ter 68 trens refrigerados.
Hoje, a China Machinery Company monta os trens de alta velocidade da Alemanha e produz os modelos urbanos que circulam no Irã, no Paquistão e na Guiana Francesa. Agora, os asiáticos querem ampliar seus negócios para um mercado de economia emergente e aportam no Brasil.
Trazidos por US$ 165 milhões, os dragões desembarcarão no Rio com um nível tecnológico e de conforto inédito até no metrô. Ao pôr os pés no vagão, os usuários encontrarão 54 assentos de fibra com tecido sintético e individualizados com vincos, para não haver aquele roça-roça de pernas. Oito deles serão reservados para idosos, gestantes e portadores de deficiência. Além disso, haverá quatro TVs que exibirão noticiário, mensagens de campanhas institucionais e até os gols da rodada.
— Vai ter gente achando que entrou no metrô por engano — brinca o secretário de Transportes, Sebastião Rodrigues.
Cada vagão terá seis bagageiros para mochilas, sacolas e penduricalhos. Para tornar a viagem mais tranquila, os vagões terão som ambiente. Assim como os modelos sul-coreanos, os chineses também oferecem ar-condicionado. Mas serão mais gelados ainda, a 23ºC. Com isso, a frota da SuperVia passará a ter 68 trens refrigerados.
Hoje, a China Machinery Company monta os trens de alta velocidade da Alemanha e produz os modelos urbanos que circulam no Irã, no Paquistão e na Guiana Francesa. Agora, os asiáticos querem ampliar seus negócios para um mercado de economia emergente e aportam no Brasil.
Segurança a 360º
A segurança do Dragão Chinês é outro item novo, com quatro câmeras internas de 360º em cada vagão. E um sistema de video externo funcionará como retrovisor para o maquinista, que não precisará mais olhar para fora para verificar se há passageiros prendendo as portas. Os vagões também terão visores indicando as estações e equipamentos audiovisuais para informação para usuários cegos e surdos.
— Já encomendamos esses 30 trens, que chegarão a partir do final do primeiro trimestre de 2011. O nosso objetivo é chegar até 2014 com toda a frota da SuperVia renovada com trens de qualidade, comparados a qualquer serviço de primeiro mundo, com estações modernizadas, comércio e serviços, como encontramos em diversas cidades no exterior — promete o governador Sérgio Cabral.
Rumo ao Equador
Segundo o presidente da SuperVia, Amin Murad, quando os 30 trens estiverem incorporados à frota — cada um com quatro vagões e espaço para 1.300 pessoas — , 14 composições antigas serão retiradas de circulação. Comenta-se que os comboios seriam vendidos para um país da América do Sul, possivelmente o Equador.
Em 2012, com a instalação do sistema de proteção automática (ATP, na $em inglês) e os dragões chineses na linha, a SuperVia pretende reduzir o intervalo entre as viagens para três minutos no ramal de Deodoro.
— A nossa expectativa é a melhor possível. Vamos aposentar 14 trens velhos, aumentar o conforto e a confiabilidade do sistema — diz.
A bordo, os passageiros encontrarão um opcional comum na Europa: um botão para abertura de portas fora das horas de pico. A ideia é que, nos horários de menor movimento, o maquinista não tenha que abrir todas elas. Quem for desembarcar poderá acionar o controle para descerrar as portas do carro em que estiver. O dispositivo virá instalado e caberá à SuperVia decidir se o adotará.
Sem esconder os planos do governo para as Olimpíadas de 2016, os trens virão com os anéis olímpicos estampados no exterior.
Nova encomenda a caminho
Como o Banco Mundial emprestou US$ 211,7 milhões para a compra, sobrou dinheiro e o governo vai encomendar aos chineses mais quatro trens, que deverão ficar prontos daqui a dois anos.
De acordo com o cronograma de entrega dos trens já comprados, o primeiro será desembarcado no Rio em março de 2011. Depois, chegarão três composições em junho. De julho a novembro, haverá remessas mensais seguidas de quatro comboios. O último lote, de seis, está previsto ser entregue em dezembro.
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