quinta-feira, 29 de março de 2012

Agetransp condena SuperVia a pagar nova indenização

27/03/2012 - O Dia

A concessionária SuperVia foi condenada, nesta terça-feira, a pagar uma indenização de quase R$ 600 mil por causa do incidente de 18 de janeiro de 2010 com um trem que se moveu sem maquinista com passageiros em seu interior. No episódio, que ficou conhecido como "trem fantasma", a composição percorreu, em alta velocidade e sem condutor, o trecho entre as estações de Ricardo de Albuquerque e Madureira, no subúrbio do Rio.

De acordo com a Agência Reguladora de Serviços de Transportes Concedidos (Agetransp), o caso não cabe mais recurso e a Supervia tem 30 dias para fazer o pagamento. Na época, foi investigada a possibilidade de alguém ter se aproveitado da saída do funcionário da cabine de comando para colocar o trem em movimento.

Pane apavorou passageiros

Uma pane em um trem da SuperVia deixou cerca de 1.200 passageiros em pânico na manhã do dia 18 de janeiro, no ramal de Japeri. Segundo relatos, a composição, que estava parada por problemas mecânicos, começou a andar em alta velocidade por volta das 6h15, sem maquinista e com as portas abertas. Desgovernado, o trem percorreu pelo menos seis quilômetros entre as estações de Ricardo de Albuquerque e Oswaldo Cruz.

O problema foi investigado pela Agetransp, pela Secretaria Estadual de Transportes e pelo Ministério Público Estadual. “Era um desespero só, mulheres grávidas, com criança de colo, idosos, todos caindo no chão, gritando para que o trem parasse, enquanto outras gritavam ‘Está sem maquinista!!!’”, descreveu o jornaleiro Alberto Marcondes, de 51 anos, um dos passageiros que lotavam os vagões no momento do acidente.

O trem só parou após a concessionária desligar o fornecimento de energia pela rede aérea, na altura de Oswaldo Cruz. O problema, que afetou alguns equipamentos da linha férrea, causou atrasos de até 40 minutos na circulação de trens do ramal. O fluxo só foi normalizado às 9h10, quase três horas depois.

A SuperVia informou à Revista Ferroviária que só irá se pronunciar após ser notificada oficialmente da decisão.

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