03/10/2014 - O Globo
Documento aponta que 54 carros de trens antigos da SuperVia desapareceram de forma misteriosa
POR ALESSANDRO LO-BIANCO
RIO — A Delegacia Fazendária (Delfaz) instaurou um inquérito para investigar uma suposta fraude em um relatório concluído no mês passado por técnicos da Secretaria de Transportes do governo. De acordo com o documento, 54 carros de trens antigos teriam desaparecido do patrimônio do estado e da SuperVia, concessionária responsável pela malha ferroviária na cidade, depois que foram retirados de circulação. O parecer, que teria sido elaborado por quatro técnicos da Companhia Estadual de Engenharia de Transportes e Logística (Central), aponta que os vagões velhos, que entraram em circulação entre 1980 e 1984, e que estão desaparecidos, deveriam ter ido a leilão para que a renda fosse destinada ao governo federal.
A Central Logística nega a informação de que existam carros ou qualquer bem público concedido à SuperVia desaparecidos. De acordo com o órgão, um lote de 108 carros deteriorados foram objeto de ação judicial movida pelo governo do estado contra a concessionária em 2007, o que resultou no reconhecimento, por parte da concessionária, de um débito de R$ 96 milhões. A empresa ainda afirma que o documento contém assinaturas não reconhecidas pelos próprios funcionários citados no relatório, e que os mesmos acionaram a Polícia Civil. O caso também já está sendo objeto de apuração administrativa do órgão.
De acordo com o delegado Márcio Braga, titular da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), as investigações estão em andamento.
— Diversas testemunhas já foram ouvidas, entre elas representantes das empresas terceirizadas e o chefe de operações da prefeitura. Estamos realizando uma série de diligências para elucidar este caso. O inquérito está no Ministério Público — disse o delegado.
A polícia ainda vai investigar se a suposta fraude do documento tem relação com os cartazes com comunicados falsos em nome da SuperVia e do governo, que foram colados em vários três da SuperVia em setembro. Avisos com a frase "em horários de pico, pode ser necessário que você deixe outras pessoas sentarem no seu colo'' arrancaram risadas e reclamações contra a concessionária, que, na verdade, não foi responsável pela iniciativa. Câmeras do circuito interno de uma composição registraram imagens de um suspeito fixando os cartazes num vagão.
Documento aponta que 54 carros de trens antigos da SuperVia desapareceram de forma misteriosa
POR ALESSANDRO LO-BIANCO
RIO — A Delegacia Fazendária (Delfaz) instaurou um inquérito para investigar uma suposta fraude em um relatório concluído no mês passado por técnicos da Secretaria de Transportes do governo. De acordo com o documento, 54 carros de trens antigos teriam desaparecido do patrimônio do estado e da SuperVia, concessionária responsável pela malha ferroviária na cidade, depois que foram retirados de circulação. O parecer, que teria sido elaborado por quatro técnicos da Companhia Estadual de Engenharia de Transportes e Logística (Central), aponta que os vagões velhos, que entraram em circulação entre 1980 e 1984, e que estão desaparecidos, deveriam ter ido a leilão para que a renda fosse destinada ao governo federal.
A Central Logística nega a informação de que existam carros ou qualquer bem público concedido à SuperVia desaparecidos. De acordo com o órgão, um lote de 108 carros deteriorados foram objeto de ação judicial movida pelo governo do estado contra a concessionária em 2007, o que resultou no reconhecimento, por parte da concessionária, de um débito de R$ 96 milhões. A empresa ainda afirma que o documento contém assinaturas não reconhecidas pelos próprios funcionários citados no relatório, e que os mesmos acionaram a Polícia Civil. O caso também já está sendo objeto de apuração administrativa do órgão.
De acordo com o delegado Márcio Braga, titular da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), as investigações estão em andamento.
— Diversas testemunhas já foram ouvidas, entre elas representantes das empresas terceirizadas e o chefe de operações da prefeitura. Estamos realizando uma série de diligências para elucidar este caso. O inquérito está no Ministério Público — disse o delegado.
A polícia ainda vai investigar se a suposta fraude do documento tem relação com os cartazes com comunicados falsos em nome da SuperVia e do governo, que foram colados em vários três da SuperVia em setembro. Avisos com a frase "em horários de pico, pode ser necessário que você deixe outras pessoas sentarem no seu colo'' arrancaram risadas e reclamações contra a concessionária, que, na verdade, não foi responsável pela iniciativa. Câmeras do circuito interno de uma composição registraram imagens de um suspeito fixando os cartazes num vagão.