quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Supervia instala ATP entre Central e Deodoro

29/08/2013 - Revista Ferroviária

A Supervia vai inaugurar, dia 7 de setembro, seu primeiro sistema de proteção automática, capaz de aplicar emergência caso o maquinista erre. Chama-se ATP – Automatic Train Protection – e vai ser aplicado na linha mais ocupada da empresa, Central-Deodoro, onde circula 60 % dos passageiros. O ATP vai permitir reduzir o headway,  colocando os trens mais próximos um do outro. Atualmente, segundo o diretor de Operações, João Gouveia, é necessário deixar dois blocos, ou duas seções de via, na frente e atrás de cada trem, como margem de segurança, o que aumenta a ocupação da via.

"Fazemos hoje 835 viagens por dia, e o ATP é necessário não só para diminuir o intervalo entre trens mas sobretudo para aumentar a segurança dos passageiros". Ele dá como exemplo o recente acidente de Santiago de Compostela, onde morreram 79 passageiros: "o maquinista errou, mas não havia nada capaz de corrigir seu erro. Se houvesse um sistema de proteção automática instalado na via, o trem seria freado e nada teria acontecido."

O ATP da Supervia é da Bombardier, e será instalado nas linhas 1 e 2, entre Central e Deodoro

Trens param em estações da Zona Norte e vândalos quebram vagões da SuperVia

29/08/2013 - O Globo

Segundo a concessionária, problema foi na rede aérea próximo à estação de Oswaldo Cruz
Passageiros tiveram que descer nos trilhos, e a circulação das composições foi prejudicada

LEONARDO BARROS

Problema em trem causou tumulto na estação da SuperVia, em Oswaldo Cruz Foto: Gabriel de Paiva / Agência O Globo
Problema em trem causou tumulto na estação da SuperVia, em Oswaldo Cruz Foto: Gabriel de Paiva / Agência O Globo

RIO - Um problema na rede aérea, próximo à estação de Oswaldo Cruz, na Zona Norte, causou transtornos aos passageiros em várias estações da SuperVia, na manhã desta quinta-feira. Três trens - um que seguia de Santa Cruz para a Central do Brasil e outros que iam de Japeri para a Central - tiveram a viagem interrompida ao passarem pelas estações Engenho de Dentro e Oswaldo Cruz, e as pessoas tiveram que desembarcar na linha férrea. Por causa da paralisação das três composições, os ramais Santa Cruz e Japeri operaram com atrasos de 15 a 20 minutos. A circulação só foi normalizada por volta das 11h50m.

Revoltados, passageiros se aproveitaram da situação para quebrar as janelas de vagões, que estavam parados em Oswaldo Cruz. Usando pedras e pedaços de madeira, os vândalos agiram sem a presença de seguranças e policiais.

A funcionária da Infoglobo, Aline Cristina da Silva, de 29 anos, teve que desembarcar na estação de Marechal Hermes. De acordo com ela, não havia funcionários da concessionária para esclarecer o problema.

— Tivemos que descer do trem, sem nenhuma ajuda dos funcionários da SuperVia. Descemos e ficamos sem informação. As pessoas estão revoltadas e estão ameaçando quebrar toda a estação — disse Aline.

De acordo com a concessionária, o Grupamento de Polícia Ferroviária e os batalhões da área foram acionados para tomar as providências necessárias. Por medida de segurança, as estações entre Deodoro e Engenho de Dentro precisaram ser fechadas. Os maquinistas das outras composições estão sendo orientados a reduzir a velocidade ao passarem pelo local.

A SuperVia informou, em nota, que todas as estações estão abertas para embarque e desembarque. Os trens de ramal Japeri ainda estão circulando pela linha auxiliar. Por medida de segurança, as estações dos ramais Deodoro, Santa Cruz e Japeri ficaram fechadas entre 8h e 8h40m. Segundo a concessionária, os passageiros que não puderam realizar o trajeto durante este período receberam vale-viagem.

O presidente da SuperVia, Carlos José Vieira Machado Cunha, afirmou, em entrevista à Rádio BandNews, que seis composições foram vandalizadas. Segundo ele, a preocupação inicial é normalizar a circulação dos trens em todos os ramais.

— Ainda não temos as causas definitivas do problema. O que eu posso dizer é que pelas característica seria um ato de vandalismo. A nossa rede aérea é muito exposta, então qualquer objeto que é jogado pode prejudicar. O que aconteceu hoje (quinta-feira) foi uma queda da rede aérea e isso levou à paralisação de três trens. Nós estamos preparados para resolver rapidamente todos os problemas que acontecem aqui. Infelizmente, nesse caso de hoje, os passageiros ficaram revoltados e bloquearam a via. Isso prejudicou a movimentação das composições e das equipes nas estações — disse o presidente da concessionária.
Segundo ele, o último problema, como esse, ocorreu há cerca de 15 meses.

A Agetransp informou, em nota, que abriu boletim de ocorrência para apurar o problema ocorridos nas estações de Engenho de Dentro e Oswaldo Cruz.
 

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

SuperVia compra 1.700 toneladas de trilhos

18/04/2013 - Revista Ferroviária

A SuperVia receberá nesta quinta-feira (18/04) o segundo lote das 1.700 toneladas de novos trilhos que comprou da Trilhos Ferroviários Ltda. A empresa de Embu das Artes (SP) importa trilhos de diversas partes do mundo e os revende no mercado brasileiro.

A concessionária carioca está investindo R$ 6,2 milhões na aquisição, que possibilitará a substituição de 30 km de trilhos. O primeiro lote foi entregue em março e está sendo instalado na malha ferroviária da concessionária. Outras 2 mil toneladas também estão em fase de negociação e deverão ser entregues no segundo semestre.

No ano passado, a SuperVia substituiu 53,5 km de trilhos. Até 2016, devem ser substituídos 200 km de trilhos e também trocados 160 mil dormentes.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

SuperVia se alia à Alstom para produzir trens no Rio

21/08/2013 - Monitor Mercantil

A Alstom está sendo investigada na Suíça e no Brasil pela acusação de pagar propinas a integrantes do Governo de São Paulo em 1998, na gestão de Mário Covas (PSDB).

A SuperVia, controlada pela Odebrecht TransPort, se aliou à francesa Alstom para construção de uma fábrica de montagem de trens em um terreno de 32 mil metros quadrados da concessionária localizado no bairro de Deodoro, Zona Oeste do Rio de Janeiro.

O investimento na modernização do sistema de transporte ferroviário da Região Metropolitana supera R$ 300 milhões, com financiamento do BNDES. Na fase de construção da fábrica, que estará pronta no fim deste ano, a previsão é de que sejam gerados cerca de 70 empregos diretos. Já para a produção de 30 trens, estão previstos 50 empregos diretos e 150 indiretos.

A Alstom está sendo investigada na Suíça e no Brasil pela acusação de pagar propinas a integrantes do Governo de São Paulo em 1998, na gestão de Mário Covas (PSDB). O grupo francês também foi envolvido na denúncia, feita pela alemã Siemens, de formação de cartel em licitações do metrô paulista.

O gerente do Departamento de Mobilidade e Desenvolvimento Urbano do BNDES, Carlos Malburg, frisou que o banco – que financiou cerca de 75% do valor total do programa de investimentos da SuperVia e do Governo do Estado do Rio de Janeiro na modernização dos trens urbanos – visa sempre incrementar a indústria local. "Isso já está sendo feito na medida em que o BNDES só financia os equipamentos nacionais, conforme índice de nacionalização estabelecido nas regras da Finame."

Fonte: Monitor Mercantil 

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Mais trens chineses para o Rio

19/08/2013 - Revista Ferroviária

A China fabricará novos trens para o Rio de Janeiro. Desta vez, o contrato foi firmado para a compra de 15 trens para a Linha 4 do metrô do Rio de Janeiro, que está em construção. O fabricante será a Changchun Railway Vehicles Co. (CNR), fornecedor chinês que produziu os 19 trens adquiridos para a operação das Linhas 1 e 2 do metrô carioca.  Os trens começam a chegar no primeiro semestre de 2015 e, após o período de testes, deve entrar em operação em fevereiro de 2016.

Os chineses também estão fornecendo trens para a SuperVia. Primeiro, o governo do Rio comprou 30 trens da CNR, com o primeiro chegando ao solo brasileiro em setembro de 2011, e no passado foi firmado novo acordo para o fornecimento de 60 novos trens.

A Linha 4 do Rio, que ligará a Barra da Tijuca a Ipanema está em obras. O trecho Sul, Ipanema-Gávea, está sendo construído pelo Consórcio Linha 4 Sul, formado pela Odebrecht Infraestrutura (líder), Carioca Engenharia e Queiroz Galvão. Já o trecho Oeste, Gávea-Barra da Tijuca, está sob responsabilidade do Consórcio Rio Barra, formado pela Queiroz Galvão (líder), Odebrecht Infraestrutura, Carioca Engenharia, Cowan e Servix. A previsão é que a linha esteja pronta em 2016.

O custo da implantação da Linha 4 do Metrô  é R$ 8,5 bilhões, sendo R$ 7,5 bilhões de obra civil (Estado) e R$ 1 bilhão de sistemas e material rodante (Concessionária Rio Barra). As fontes de financimento do projeto são Agência Francesa de Desenvolvimento, BNDES, Banco do Brasil e Tesouro Estadual.

O Grupo Invepar (controladora da MetroRio) adquiriu, por meio de contrato de outorga de opções de compra e venda de ações da Concessionária Rio Barra, o direito de operação da Linha 4 no final das obras. Dentro desse contrato, a MetroBarra (empresa do Grupo Invepar) assume o investimento de R$ 1 bilhão em sistemas e material rodante, que antes era de responsabilidade da Concessionária Rio Barra. Segundo a assessoria de imprensa da Linha 4, essa negociação foi aprovada pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro e publicada no Diário Oficial do Estado, em 03 de julho deste ano, e também foi aprovada pelo CADE, em 26 de dezembro de 2012.

sábado, 17 de agosto de 2013

Estação do Maracanã fechará para obras

16/08/2013 - Supervia

A partir do dia 17/8, a estação de trens do Maracanã ficará fechada para obras. No local, que atualmente funciona como ponto para trens paradores, será construída uma nova estação intermodal.  Com um investimento de R$ 175 milhões, aplicados pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro, a nova Maracanã unirá os serviços dos trens e do metrô em uma única estação e contará com cinco plataformas para embarque e desembarque. As plataformas da SuperVia  passarão a receber trens dos ramais Saracuruna e Belford Roxo, além de trens semidiretos dos ramais Santa Cruz e Japeri.
 
Durante o tempo em que durarem as obras, as estações de embarque e desembarque para o público serão São Cristóvão e Mangueira, que distam, respectivamente, cerca de 500 e 800 metros da estação Maracanã - confira o mapa abaixo.
 
Estamos orientando nossos passageiros sobre as mudanças por meio do áudio das estações e dos trens, folhetos distribuídos por agentes, redes sociais, site, além de cartazes informativos disponibilizados em todas as estações do sistema ferroviário. A previsão é que as obras da estação intermodal sejam concluídas no primeiro semestre do ano que vem para atender a demanda da Copa do Mundo de 2014.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Obras na estação Maracanã

13/08/2013 - O Globo

A SuperVia, operadora de trens do Rio de Janeiro, informou nesta segunda-feira (12/08) que a estação Maracanã ficará fechada a partir de sábado (17/08). O motivo do fechamento será a construção de uma nova estação intermodal.

O Governo do Estado do Rio de Janeiro está investindo R$ 175 milhões na obra para unir os serviços dos trens e do metrô em uma única estação. A estação contará com cinco plataformas para embarque e desembarque. As plataformas da SuperVia passarão a receber trens semidiretos dos ramais Santa Cruz e Japeri, além dos trens dos ramais Saracuruna e Belford Roxo. A previsão é que as obras da estação intermodal sejam concluídas no primeiro semestre do ano que vem para atender a demanda da Copa do Mundo de 2014.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

BNDES aprova financiamento à SuperVia

23/07/2013 - Valor Econômico

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 1,6 bilhão à SuperVia, empresa controlada pela Odebrecht TransPort, que opera o serviço de trens urbanos da região metropolitana do Rio de Janeiro. Os recursos serão aplicados na adequação e modernização de 89 estações ferroviárias, reforma e compra de novos trens e melhoria dos sistemas de comunicação, controle e sinalização da rede.

A SuperVia e o governo do Estado do Rio de Janeiro fizeram um acordo que envolve investimentos de R$ 3,3 bilhões até o fim de 2020. A execução do plano é condição necessária para prorrogar, por 25 anos, o contrato de concessão da empresa, que expira originalmente em 2023.

Com esses investimentos, a expectativa é duplicar, em cinco anos, o número de passageiros transportados todos os dias, que hoje é de 550 mil. A SuperVia administra 270 quilômetros de linhas férreas, distribuídas em oito ramais, com 102 estações.

Do total de R$ 3,3 bilhões de investimentos, R$ 1,6 bilhão sairá do financiamento do BNDES e R$ 1,18 bilhão virá do Tesouro estadual. O restante provém do caixa próprio da SuperVia. Coube ao governo a aquisição de 90 trens de quatro vagões cada, dos quais 30 já foram entregues e 60 estão contratados. Outras 30 composições de fabricação nacional serão adquiridas pela concessionária, totalizando 120 novos trens.

"Esse financiamento vai permitir a melhoria efetiva das operações da SuperVia", afirma o diretor da área de infraestrutura social do BNDES, Guilherme Lacerda. "Há uma profunda transformação na gestão da rede e esse é um projeto de referência."

De acordo com o diretor, os recursos serão liberados à medida que houver necessidade para as obras e a aquisição de equipamentos. Um empréstimo-ponte de R$ 200 milhões à SuperVia já havia saído anteriormente.
Lacerda lembrou a aprovação de dois financiamentos recentes para ilustrar o apoio crescente do banco a projetos estruturantes de mobilidade urbana: um empréstimo de R$ 4,3 bilhões para a linha 4 do metrô do Rio (Ipanema-Barra da Tijuca) e outro, no valor de R$ 2,3 bilhões, para a expansão da linha 2-verde e a construção da linha 15-prata (em monotrilho) do metrô de São Paulo.

Também está em análise um financiamento de R$ 3,9 bilhões para a linha 6-laranja do metrô de São Paulo, que será construído por parceria público-privada, e já teve edital de licitação lançado.

O papel do BNDES no financiamento de projetos de transportes coletivos deverá aumentar nos próximos meses. Em junho, uma resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN) permitiu empréstimos do banco a empreendimentos do PAC Mobilidade, para grandes e médias cidades. Até então, a única alternativa de financiamento para esses projetos era a Caixa Econômica Federal (CEF). "Estamos preparados para receber esses projetos", afirma Guilherme Lacerda. "Não faz sentido ser apenas a CEF. O BNDES tem recursos suficientes."

O banco de fomento pode ser uma opção especialmente interessante para cidades médias, que ganharam capacidade de endividamento se o dinheiro for usado nos projetos de mobilidade habilitados pelo Ministério das Cidades. Essa linha do PAC não tem desembolso direto do Orçamento Geral da União, apenas financiamento subsidiado.