sexta-feira, 4 de outubro de 2019

Supervia

Supervia Concessionária de Transporte Ferroviário S.A.
Desde 1998

Histórico

Empresa de transporte ferroviário de passageiros, em região metropolitana, fundada em 16 de setembro de 1998, na cidade do Rio de Janeiro, RJ.

Em julho de 1998, é realizado o leilão do Programa Estadual de Desestatização visando a transferência da operação dos trens de subúrbio à iniciativa privada. O leilão é vencido pelo consórcio Supervia que assume a operação no dia primeiro de novembro do mesmo ano, com um prazo de concessão de 25 anos, renováveis por mais 25 anosO sistema transportava cerca de 150 mil passageiros/dia, contando com apenas 55 trens operacionais, sendo 35 trens confiáveis, que haviam sido reformados pela CBTU em meados da década de 90 pelo Programa Bird I, que visava a recuperação do sistema para estadualização. O sistema de trens de subúrbio era até então operado pela Flumitrens.

Em 1998, são construídos 5,300 km de linhas eletrificadas, Reabilitados de 6 TUE's da série 500, modernizados 3 TUE's da série 800 e 8 TUE's da série 900, e 7 estações são reformadas.

No dia 10 de agosto de 2000, inauguração da eletrificação de trecho de 10 km, entre Gramacho e Saracuruna, no Ramal da Leopoldina. No mesmo mês os trens do Ramal de Vila Inhomirim, explorado pela Supervia, passam a operar gratuitamente.

Em 2000, são reabilitados 6 trens elétricos, e entregue a reforma das estações Madureira, Manguinhos, Deodoro, e Saracuruna. 

Em 2000, é criada da Supervia Mídia, área de negócios da empresa voltada para a exploração comercial dos espaços para publicidade.

No dia 22 de fevereiro de 2001, um trem da Supervia invade o saguão da Estação Barão de Mauá ferindo 12 pessoas e derrubando pilar. O condutor pula da cabine antes da colisão. 

No dia 2 de maio de 2001, início da integração tarifária, com desconto de 11% do valor total das passagens, entre os trens metropolitanos da Supervia e os ônibus municipais dos bairros de Santa Cruz e Campo Grande. 

Em 2001, lançamento da concorrência internacional para o fornecimento de 20 novos trens, dentro do Programa Estadual de Transporte - PET, que prevê aplicação de 400 milhões de dólares, sendo 186 milhões correspondentes ao Banco Mundial e o restante ao Governo do Estado. Para aquisição dos 20 novos trens era previsto o investimento de 90 milhões de dólares.

Em 2001, conclusão da construção da estação Wal-Mart em Pilares, construída em parceria com o hipermercado Wal Mart. Apesar de concluída, a estação nunca entrou em operação.

No dia 18 de outubro de 2002, início da operação dos primeiros TUE's reformados com ar-condicionado, com 2 trens lançados na linha Japeri - Central do Brasil. 

No dia 8 de maio de 2003, início da operação de mais quatro trens reformados e equipados com ar- condicionado.

No período 1998-2004, a Supervia investe 324 milhões de reais, direcionados à recuperação de trens e equipamentos, além da modernização de estações. 

Em janeiro de 2004, inauguração da linha de ônibus de  ônibus Circular Centro integrada com a Supervia.

Em novembro de 2004, a Supervia contava com 220 Km de linhas (163 km eletrificados), 89 estações, 560 km de vias e frota de 145 trens, sendo 117 reformados e 5 com ar-condicionado, transportando cerca de 380 mil passageiros/dia.

Em novembro de 2004, 5% da demanda diária era integrada tarifariamente ao metrô.

No dia 14 de fevereiro de 2005, início do serviço de integração trem-ônibus convencional, na estação Central, para os passageiros embarcados nos ramais de Deodoro e Saracuruna. No dia 28 de fevereiro de 2005 é iniciado o mesmo serviço para os ramais de Japeri e Belford Roxo.

No dia 15 de fevereiro de 2005, é anunciada como vencedor o consórcio formado pelas empresas Rotem / Toshiba, para o fornecimento de 20 novos TUE's, de 4 carros cada, com ar-condicionado. A Rotem, empresa da Coréia do Sul, era responsável pela parte mecânica, enquanto a Toshiba, do Japão, pela parte elétrica. Uma particularidade dos novos trens é que os bancos eram fabricados no Brasil e exportados para a Coréia do Sul. Em novembro de 20003 a  Rotem também tinha vencido a concorrência para o fornecimento de 24 trens para o metrô de Salvador. Cada carro do novo trem do Rio é vendido com valor unitário de 1,15 milhão US$, contra 1,3 milhão US$ de cada carro do metrô de Salvador.

No dia 22 de fevereiro de 2005, início do serviço de integração trem-ônibus convencional, na estação Santa Cruz, com as linhas convencionais 870, 872, S03, 839, 840, 858 - via Antares, 858 - via Cesarão, 380 e 388.

No dia 28 de março de 2005, início da operação de monitores de telas de plasma nos trens com ar-condicionado. No dia 9 de abril de 2005, a tarifa é reajustada de1,65 R$ para 1,68 R$. No dia 15 de abril, em função da falta de troco, o reajuste é suspenso 

Em abril de 2005, inauguração do serviço de integração trem-ônibus convencional na estação Bangu, com 10 linhas de ônibus e tarifa de 2 reais. Trata-se da terceira estação do subúrbio a ser atendida pela integração metrô-ônibus, depois das estações de Campo Grande (2005) e Santa Cruz (2005). 

No dia 16 de abril de 2005, a linha Saracuruna - Guapimirim recebe mais um trem, dobrando o número de viagens, do trecho de 42 km e 13 estações. 

No dia 25 de julho de 2005, entrega do sétimo trem reformado com ar-condicionado, entrando em operação na linha de Santa Cruz. O trem é composto por 4 carros com capacidade para 1.200 passageiros. A reforma faz parte de um plano da Secretaria Estadual de Transportes para a reforma de 50 trens, sendo que 18 com ar-condicionado. A entrega do último trem reformado com ar-condicionado era prevista para o final de 2005. A previsão para os jogos Pan-Americanos de 2007 era de 38 trens com ar-condicionado em operação, sendo 20 novos de fabricação coreana.

No dia 18 de janeiro de 2010, por volta das 6h20 da manhã, uma composição da linha do ramal de Japeri com problemas mecânicos, lotada, com cerca de 1.200 passageiros,  percorre o trecho entre as estações Ricardo de Albuquerque e Oswaldo Cruz em 8 minutos, com cerca de 6 km de extensão, em alta velocidade, com as portas abertas e sem maquinista. O trem só foi parado após o desligamento da rede aérea. O maquinista havia descido do trem na estação Ricardo de Albuquerque em função de problemas mecânicos. O trem, desgovernado, circulou a cerca de 100 km/h.

No dia 12 de novembro de 2010, a Odebrecht anuncia a compra de 60% da concessão da Supervia,  prevendo investimento de 150 milhões de reais.

No dia 28 de dezembro de 2010, o governo do Estado anuncia a compra de mais 3 trens chineses, se juntando aos 30 já encomendados em 2009.

No dia 29 de dezembro de 2010, no saguão da Central do Brasil,  abertura da exposição das miniaturas dos novos trens chineses encomendados.

Em 2010, um aditivo prorrogou a concessão da Supervia até 2043. 

No dia 10 de março de 2011, o Governo do Estado do Rio de Janeiro cria uma comissão para acompanhar a compra de mais de 60 novos trens urbanos para a Supervia. O edital de concorrência internacional deveria ser lançado até junho.

No dia 14 de janeiro de 2013, inauguração da remodelação  das estações Bananal e Iriri, no ramal de Guapimirim, desativadas desde o final de  2010. 

No dia 21 de fevereiro de 2013, inauguração do sétimo bicicletário da Supervia, na estação Saracuruna, com 700 vagas gratuitas.

A partir do dia 7 de março de 2013, os trens “diretos” Japeri e Santa Cruz passam a ser chamados de semidiretos. Contudo os trens Japeri com parada apenas a partir de Deodoro e o de Gramacho – com paradas em São Cristóvão, Triagem e Bonsucesso, continuam a ser chamados de expressos ou diretos.

No dia 11 de  março de 2013, inauguração da 100ª  estação da Supervia, no bairro Corte 8, em Duque de Caxias, entre as estações de Gramacho e Duque de Caxias. A pedra fundamental foi lançada em solenidade no 13 de abril de 2012. Trata-se da sexta estação no município de Duque de Caxias.

No dia 13 de abril de 2013, durante o Congresso Regional sobre Revitalização do Transporte Ferroviário na Baixada Fluminense, realizado em Guapimirim, o secretário de Transportes, Júlio Lopes, apresenta o plano de implantação do Veículo Leve Sobre Trilhos nos ramais de trens urbanos da região. A licitação para a compra dos trens, deveria ser realizada no mesmo ano.

No dia 14 de outubro de 2013, início da operação do serviço de trem expresso no ramal de Belford Roxo, com paradas nas estações Dom Pedro II, São Cristóvão, Triagem, Del Castilho, Mercadão de Madureira (Magno), Pavuna, Agostinho Porto e Belford Roxo.

No dia 18 de outubro de 2013, a Secretaria de Transportes do Estado anuncia, depois da aquisição de 90 novos trens, a aquisição de 22 novos trens (4 carros cada), sendo 10 trens adicionados ao contrato com o Banco Mundial e 12 trens ainda a serem licitados.

A partir do dia 25 de julho de 2016, os trens dos ramais de Belford Roxo e Saracuruna voltam a parar na estação de São Cristóvão, recém reformada.  No mesmo dia os trens dos ramais de Japeri e Santa Cruz passam a parar na estação Engenho de Dentro, em função dos Jogos Olímpicos.

No dia 27 de julho de 2016, após dois anos de obras, é entregue a reforma da estação São Cristóvão,  a terceira mais movimentada do sistema, com uma média de 33 mil embarques por dia.

No dia 17 de agosto de 2016, em função dos Jogos Olímpicos, o Metrô bate novo recorde, transportando 1,121 milhão de passageiros. No mesmo dia a Supervia transporta 753.024 passageiros, um recorde desde o início do período de concessão.

No dia 11 de novembro de 2016, durante a realização de um painel promovido pela Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos, a Supervia apresenta, mais uma vez, o projeto de revitalização da estação Central, junto com a construção de um shopping center. A obra deveria ser iniciada em 2018 e concluída em 2020, com investimento de 300 milhões de reais.  

No dia 8 de dezembro de 2016, é suspenso o serviço da linha Deodoro – Honório Gurgel, após o atropelamento de uma pessoa, seguido de protestos de moradores.

No dia 2 de fevereiro de 2017, a tarifa do trem urbano é reajustada de R$ 3,70 para R$ 4,20.

A partir do dia primeiro de junho de 2017, em função de desequilíbrio financeiro, a Supervia suspende o desconto nas integrações com o uso do Bilhete Único Municipal, instituído pela Lei Municipal nº 5.211, de 1º de julho de 2010. 

No dia 26 de maio de 2017, entra em vigor lei que obriga estações de metrô e trem a instalarem rampas para cadeirantes. As empresas teriam 6 meses para fazer as mudanças necessárias.

No dia 19 de setembro de 2017, o Governo do Estado do Rio de Janeiro anuncia a compra de mais 6 trens, com 8 carros cada, da Alstom Brasil. 

Em novembro de 2018, o grupo japonês Mitsui entra em negociação para compra da concessão da Supervia.

Em maio de 2019, a Guarana Urban Mobility Incorporated (GUMI) assume o controle acionário da Supervia.

Em 8 de junho de 2021, a Supervia, com dívida de R$ 1,215 bilhão, solicita recuperação judicial junto ao Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro.

Em primeiro de julho de 2021, o governo do estado do Rio de Janeiro suspende o reajuste da tarifa de R$ 5 para R$ 5,90, previsto para o mesmo dia.

Em 30 de julho de 2021, pela manhã, falha em trem revolta passageiros que param os ramais Japeri, Santa Cruz e Deodoro, em manifestação na estação Deodoro.


Estação Gramacho em 05/11/2021
Foto Fabiano Rocha / Agência O Globo


Entre os dias 30 de agosto e 3 de setembro de 2021, uma série de furtos de cabos e grampos de dormentes provoca intervalos irregulares em todos os ramais da Supervia, gerando indignação dos passageiros. Problema já era recorrente.


Bom Dia Rio, 03/09/2021


Em 10 de novembro de 2022, manifestações seguidas de atos de vandalismo paralisam a circulação nos ramais de Santa Cruz e Japeri.

Em fevereiro de 2023, a Supervia o transportava diariamente cerca de 350 mil. Antes da pandemia transportava diariamente  600 mil passageiros. Na década de 1980, o sistema já transportou 1,2 milhão de passageiros/dia.

Em 27 de abril de 2023, a Mitsui, empresa japonesa que controlava a concessão da Supervia, enviou um ofício à Secretaria Estadual de Transportes comunicando que não tinha mais interesse na concessão.

Em 8 de novembro de 2023, foi restabelecida a operação do serviço expresso para Santa Cruz, somente nos horários de pico.



Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro, 27/03/2024
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Divulgação em abril de 2020


Sede: rua da América, Santo Cristo, Rio de Janeiro

CNPJ: 02.735.385/0001-60



REFERÊNCIAS:

SuperVia pede recuperação judicial com R$ 1,2 bilhão em dívidas. O Globo. Rio de Janeiro. 08 junho 2021.

Governo do Rio suspende reajuste de passagem de trens urbanos, previsto para hoje. Estadão Conteúdo. 01 julho 2021.

MADEIRA, Anderson. Falha em trem revolta passageiros, que param ramais Japeri, Santa Cruz, Deodoro e Paracambi. Eu Rio. 30 julho 2021.

Mais um dia de atrasos no ramal de Japeri. Bom Dia Rio. 03 setembro 2021.

Supervia admite ter perdido o controle de 9 estações para o crime. RJ 1. 02 setembro 2021.

quinta-feira, 3 de outubro de 2019

Estrada de Ferro Leopoldina

Histórico

Em 28 de fevereiro de 1884, início da construção do primeiro trecho da Estrada de Ferro do Norte, entre São Francisco Xavier e a Raiz da Serra de Petrópolis.

Em 23 de abril de 1886, inauguração do primeiro trecho da Northern Railway Company, também conhecida como Estrada do Norte (futura Leopoldina Railway), entre as estações de São Francisco Xavier e Merity (atual Duque de Caxias), interligando uma série de núcleos suburbanos existentes, como Bonsucesso, Ramos, Olaria, Penha e Vigário Geral. No início são entregues apenas duas estações intermediárias: Bonsucesso e Penha. Em 1898 a ferrovia é incorporada à Leopoldina Railway.

Em 23 de outubro de 1886, são inauguradas as estações Triagem, Bonsucesso, Amorim - Carlos Chagas, Olaria, Penha, Braz de Pinna, Cordovil e Vigário Geral da ferrovia Northern Railway Company.

Em  26 de agosto de 1887, é lavrada a escritura de venda da E.F.Cantagallo, junto com seu ramal de Macahé,  para a E.F.Leopoldina. 

Em 26 de novembro de 1887, inauguração do segundo trecho da Estrada de Ferro do Norte, com 14 km de extensão, entre o Rio Meriti e a Freguesia do Pilar.

Em 24 de abril de 1888, inauguração do terceiro trecho da Estrada de Ferro do Norte, com 17,3 km, entre a Freguesia do Pilar e o entroncamento com a Estrada de Ferro Mauá

Em 17 de novembro de 1888,  a Estrada de Ferro Príncipe do Grão Pará é adquirida pela The Rio de Janeiro Northern Railway Company, que efetua algumas modificações na antiga ferrovia Mauá.

Em 1890, a antiga Estrada de Ferro Mauá é incorporada à Estrada de Ferro Leopoldina, que estava em plena expansão.

Em 26 de novembro de 1897, liquidação da Estrada de Ferro Leopoldina que é incorporada pela The Leopoldina Railway Co, criada em 6 de dezembro do mesmo ano.

Estações Trem de Subúrbio da Estrada de Ferro do Norte em 1895:  Dom Pedro II, São Fransisco Xavier, Jockey Club, Bem-fica, Amorim, Bom-sucesso, Ramos, Olaria, Penha, Cordovil, Vigário Geral, Merity, Sarapuhy, Pilar, Rosário, Raiz da Serra, Alto da Serra, Petrópolis. 5 trens/dia/sentido. Tempo de viagem até Merity (atual Duque de Caxias): tempo de viagem de 56 minutos.

Havia o serviço de barcas entre a Praça Mauá e o cais de Sant´Anna em Niterói, junto à estação da Leopoldina, de onde partiam trens para Nova Friburgo, Cantagallo e Campos dos Goytacazes.

No dia 9 de maio de 1898, através do Decreto 2.896, a Estrada de Ferro do Norte é incorporada pela The Leopoldina Railway Company Ltd.

Em 24 de maio de 1900, inauguração do ramal de 25,8 km de extensão entre Areal e Três Rio da The Leopoldina Railway Company Ltd, construído junto ao leito da Rodovia União e Indústria.

No dia primeiro de dezembro de 1909, inauguração da primeira estação Barão de Mauá. A nova estação é inaugurada em 1926.

No dia 10 de maio de 1910, começa a circular o trem da Leopoldina para a Rêde Mineira via Petrópolis.

Em 1910, é inaugurado o prolongamento da Estrada de Ferro Leopoldina até o Cais do Porto, com passagem em nível no canal do mangue, atual Avenida Francisco Bicalho.

Em janeiro de 1911, prosseguia a obra de construção de um novo trecho da Estrada de Ferro Leopoldina, entre as antigas estações de Sarapuhy e Actur, no atual município de Duque de Caxias, com 5,6 km de extensão, substituindo um antigo trecho de 9,200 km, diminuindo o percurso da linha Rio de Janeiro – Petrópolis.



No dia 15 de novembro de 1924, início da construção da nova estação Barão de Mauá, da Estrada de Ferro Leopoldina, inaugurada em 1926.


Estudo da Estação Barão de Mauá em 1925

A The Rio de Janeiro Northern Railway Company desativa, em Guia de Pacobaíba, a integração barco-trem na ligação Rio de Janeiro - Petrópolis, que passa a ser efetuada diretamente em trem, após a inauguração da nova estação terminal de Barão de Mauá em São Cristóvão, no dia 26 de novembro de 1926. A estação de Guia de Pacobaíba passa a ser atendida apenas por trem local.

No dia 2 de novembro de 1926, início da operação da linha do Rosário da Estrada de Ferro Leopoldina com 39 km de extensão, entre Rosário e Porto das Caixas, passando por Magé e Visconde de Itaboraí. A nova linha possibilita a ligação direta entre as cidades do Rio de Janeiro e Vitória, desativando a travessia marítima entre o Rio de Janeiro e Niterói. A construção da linha foi postergada devido às dificuldades de construção sobre imensa área alagadiça entre Magé e Visconde de Itaboraí.

Em 1932, o serviço de trem de subúrbio da Leopoldina transportava cerca de 20 mil passageiros/dia.

Em 21 de abril de 1935, a Leopoldina inaugura o serviço de trens de subúrbio entre a Estação Barão de Mauá e a Raiz da Serra, em correspondência com a nova linha de ônibus Estrela (Raiz da Serra) - Magé, via Inhomirim, Fazenda Santa Dalila, Suruy e as águas minerais de Iriry.



Trem de madeira da Leopoldina na década de 1930
Foto Arquivo Nacional
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Revista da Semana 16/09/1944, p.13


Em 20 de dezembro de 1950, a Estrada de Ferro Leopoldina é definitivamente encampada pelo Governo Federal.

Em 1950, o sistema de  trens de subúrbio transporta  207.784.691, sendo 181.111.025 na Central do Brasil e 26.673.666 na Leopoldina.

No dia primeiro de janeiro de 1965, início das obras de eletrificação do trecho Triagem - Penha Circular. No dia 10 de março de 1966, é inaugurado o primeiro trecho eletrificado, entre as estações de Francisco Sá e Penha Circular, com 10 km de extensão. Inicialmente os trens elétricos só circulavam nos horários de pico.

No dia 23 de julho de 1971, é inaugurado o segundo trecho eletrificado, entre as estações de Penha Circular e Duque de Caxias, com 7 km de extensão. A eletrificação do trecho  até a Estação Barão de Mauá só foi concluída em 1977, junto com o alargamento da bitola.

Em 1972, o ramal da Leopoldina só transportava a média de 3.540 passageiros/dia, contra 331 mil passageiros/dia dos ramais da Central do Brasil.

Em 1972,  a Rede Ferroviária Federal (RFFSA) constrói duas novas vias entre o Maracanã e Dom Pedro II,  para o acesso dos trens suburbanos da Leopoldina e da Linha Auxiliar à estação inicial de Dom Pedro II.

No dia 5 de março de 1977, os trens de Caxias voltam a fazer ponto final na Estação de Barão de Mauá. A estação também recebia passageiros das linhas de longo curso de Campos, Cachoeiro do Itapemirim e Vitória, da via de bitola estreita, que juntas nem somavam 300 passageiros/dia.

Em 2 de setembro de 1977, é inaugurada a operação dos 6 primeiros trens japoneses (Hitachi) no ramal da Leopoldina, com percurso entre as estações Barão de Mauá e Duque de Caxias.

No dia 12 de outubro de 1977, circulam os últimos carros de madeira nos trens de subúrbio do Grande Rio, com a substituição dos velhos carros de madeira por carros de aço no Ramal de Guapimirim de bitola métrica e tração a diesel.  Na época o Ramal da Leopoldina, eletrificado até a estação de Duque de Caxias, junto com os ramais de Guapimirim e Vila Inhomirim, transportavam cerca de 87 mil passageiros/dia. Outra novidade no Ramal de Guapimirim foi o cercamento das estações, evitando o embarque de clandestinos. Em outubro de 1977 a RFFSA tinha recebido os primeiros 10 carros de aço, de uma encomenda de 40 carro, fabricados em Belo Horizonte, para a bitola estreita. Cada carro tinha capacidade para 96 passageiros sentados e  196 em pé.

Em 17 de fevereiro de 1978, inauguração de nova plataforma na estação de São Cristóvão, localizada junto à linha 8, permitindo a integração gratuita entre as linhas do ramais da Central do Brasil e da Leopoldina.

Em março de 1978, início da operação dos novos trens Mafersa entre Barão de Mauá e Duque de Caxias.

No primeiro semestre de 1981, é inaugurada a eletrificação do trecho entre Duque de Caxias e Gramacho.

Em 10 de agosto de 2000, inauguração da eletrificação de trecho de 10 km, entre Gramacho e Saracuruna, no Ramal da Leopoldina. No mesmo mês os trens do Ramal de Vila Inhomirim, operado pela Supervia, passam a operar gratuitamente.

No dia 19 de março de 2007, circula o primeiro trem com ar-condicionado no ramal de Saracuruna, um Geladão, trem adquirido nos anos 80 sem climatização e reformado no início da década de 2000. 

Em 4 de setembro de 2017, a Justiça determina que o Estado e a União façam obras emergenciais na estação Barão de Mauá, desativada desde 2001.

Inaugurações de estações

1886        Triagem
1886        Amorim - Carlos Chagas
1886        Bonsucesso
1886        Olaria
1886        Penha
1886        Braz de Pinna
1886        Cordovil
1886        Vigário Geral
1888        Gramacho
1910        Barão de Mauá 
1943        Parada de Lucas 
     
Passageiros

1945        28.055.000
1946        25.162.000
1947        22.443.000
1948        20.758.000


REFERÊNCIAS:

Subúrbios da Leopoldina. A Nação. Rio de Janeiro. 17 abril 1935. p.9.

Mapas



Planta Comparativa da Viação Férrea do Norte da 
Província do Rio de Janeiro - 1878









quarta-feira, 2 de outubro de 2019

Teresópolis



Estrada de Ferro de Theresópolis
1895 - 1957

Histórico

Em dezembro de 1895, inauguração do primeiro trecho da Estrada de Ferro Teresópolis, com 5 Km de extensão, entre o Porto de Piedade, no fundo da baía de Guanabara, e Magé. O segundo trecho, com 16,7 Km de extensão, entre Magé e Guapimirm (Raiz da Serra) é inaugurado em primeiro de novembro de 1896. O terceiro trecho, em cremalheira, com 4 Km de extensão, entre Guapimirim e a estação provisória de Barreira do Soberbo, no meio da serra, é aberto ao tráfego no final de 1904, elevando a extensão da Ferrovia para 26 Km.

No final de 1906 é aberta ao tráfego a quarta etapa da Ferrovia, com 2 Km de extensão, entre a Barreira do Soberbo e Miudinho. Em 1908 é inaugurado o prolongamento até Garrafão, e finalmente, no dia 7 de setembro de 1908 é aberto ao tráfego o trecho até a estação do Alto, na cidade de Teresópolis, inaugurado oficialmente no dia 19 de setembro, quando entra em operação o vapor "Presidente", o mais veloz da baía, na ligação entre o Rio de Janeiro e o Porto de Piedade, encurtando ainda mais o tempo de viagem. Alguns anos depois é inaugurado o prolongamento até a Várzea, no centro de Teresópolis.

Em dificuldades financeiras, no dia primeiro de agosto de 1919, a E.F. Teresópolis é incorporada à União

Em 1925, é iniciada a construção do prolongamento de 1,5 Km de extensão até Venda Nova, aberto ao tráfego em 1929.

No dia 25 de novembro de 1931, a Estrada de Ferro Teresópolis é incorporada à Estrada de Ferro Central do Brasil.

No início dos anos 50, é erradicado o trecho entre o Porto de Piedade e Magé, da antiga Estrada de Ferro Teresópolis. Em 1952 um deslizamento de terra cobre a estação de Teresópolis.

Em 1957, paralisação do serviço de cremalheira da Estrada de Ferro de Teresópolis, restando apenas o trecho em planície, entre Magé e Guapimirim. Em maio de 1958 é iniciada a retirada dos trilhos e a demolição das estações da cidade de Teresópolis. 


No dia primeiro de abril de 1958 o trecho restante da Estrada de Ferro Teresópolis é incorporado à Estrada de Ferro Leopoldina, com a denominação de ramal de Guapimirim.  Na época, além do serviço entre Guapimirim e Magé, circulavam trens diretos entre Barão de Mauá e Guapimirim, com tempo de viagem de 2 horas, com paradas na seguintes estações: Barão de Mauá, Duque de Caxias, Saracuruna, Bongaba, Suruí, Magé, A.Vieira, Citrolândia e Modelo.

Em 2011, o ramal de Guapimirim, entre Saracuruna e Guapimirim, ainda não eletrificado, até então operado pelo Estado, passa a ser explorado pela concessionária Supervia.






Página lançada em 2 de outubro de 2019














Macaé a Campos


Companhia Estrada de Ferro de Macahé e Campos
1874 - 1890

Histórico

No dia 16 de novembro de 1869, através da Lei Provincial nº 1.464  é fundada a Companhia Estrada de Ferro de Macahé e Campos. No dia 3 de fevereiro de 1870,  é firmado o contrato entre o Governo da Província do Rio de Janeiro e  Andrew Taylor, José Antonio dos Santos Cortiço e Antonio Joaquim Coelho, para o estabelecimento de uma estrada de ferro entre Macahé e Campos, tendo como complemento uma linha de navegação, sem privilégio, entre o porto de Macahé e a Corte. No dia 18 de outubro de 1871, através do Decreto nº 4.803, o Governo Imperial concede à Companhia Estrada de Ferro de Macaé e Campos autorização para funcionar, aprovando seus estatutos. 




A construção da ferrovia foi lançada  no dia 11 de dezembro de 1871. O primeiro trecho, com 33 Km de extensão, entre o porto de Imbetiba e Carapebús,  é inaugurado em 10 de agosto de 1874. A ferrovia tinha bitola de 0,96 m, mais tarde alargada para 1 m.



No dia 15 de junho de 1875, com a presença do Imperador Dom Pedro II, é inaugurado o trecho até Porto das Pedras, em Campos. No dia 19 de setembro de 1875 é inaugurado o prolongamento até a Praça São Salvador, no centro de Campos.

Em 1875, a Companhia contava com 3 vapores e as seguintes estações ferroviárias: Central de Imbitiba (Macaé), Macahé (Parada), Sant´Anna, Carapebús, e Santa Fé. Os vapores partiam do porto de Imbitiba para a Corte todas as sextas-feiras, às 18 horas, e chegavam todos os domingos às 7 horas da manhã.

Em Santa Fé, a ferrovia entroncava-se com a Ferrovia Agrícola de Quissamã, aberta ao tráfego em 30 de agosto de 1877.

No dia 31 de outubro de 1879, chega de Londres, o Vapor Barão de São Diogo,mandado construir pela Companhia Macahé e Campos.

Em 1883, a ferrovia contava com 96,5 Km de extensão,  8 locomotivas, 1 carro "salão", 2 carros de primeira classe sistema americano,  2 carros de primeira classe sistema inglês, 8 carros de segunda classe, 3 carros para bagagens, e 8 wagons para mercadorias, sendo 4 novos, e 15 wagons para o serviço de lastro. No Km 47, no local, denominado Entroncamento, estava sendo construída uma nova estação, substituindo a estação de Santa Fé. A nova estação estava sendo construída com recursos da Companhia e da Estrada de Ferro Barão de Araruama.

Em março de 1886, a Companhia lança os estudos da construção de um ramal entre Campos e São Fidélis, se conectando com a Estrada da Ferro de São Fidélis a Miracema, evitando assim a navegação de Campos acima.

Por volta de 1890 a Ferrovia é incorporada à Estrada de Ferro Leopoldina.


Passageiros Transportados


1885 - 8.655


REFERÊNCIAS:

Almanak Administrativo, Mercantil e Industrial do Rio de Janeiro para o anno de 1872. Rio de Janeiro. 1872. p.418. 

Novo e Completo Índice Chronológico da História do Brasil, 1842 a 1889. Rio de Janeiro.

Estrada de Ferro Macahé e Campos. Revista de Engenharia. Rio de Janeiro. 14 dezembro 1883. p.332.

Estrada de Ferro Macahé e Campos. Revista de Engenharia. Rio de Janeiro. 14 março 1886. p.60.
 

RODRIGUEZ Helio Suêvo. A Formação das Estradas de Ferro no Rio de Janeiro. 2004.


Página lançada em 2 de outubro de 2019










terça-feira, 1 de outubro de 2019

Maricá

Estrada de Ferro Maricá
1888 - 1943

Histórico

Em 10 de julho de 1888, foi inaugurado o primeiro trecho da Estrada de Ferro Maricá, com 23 km de extensão e bitola de 0,76 metro, entre Raul Veiga (Alcântara), no município de São Gonçalo e Virajaba, localidade próxima de Maricá. Em 1889 foi entregue o trecho Virajaba - Itapeba.

Em 5 de outubro de 1907, foi declarada a caducidade do contrato de concessão da Estrada de Ferro Maricá, que passou para o controle do Governo. O caso foi parar na justiça e após o julgamento em 1910 a ferrovia voltou para o controle da Companhia Lavoura e Colonização de São Paulo.

Em 11 de novembro de 1915, através do Decreto nº  1.451, foi concedido à firma Lage & Irmãos a construção de uma linha férrea, de 348,5 metros de extensão, na localidade de Neves, no município de São Gonçalo, interligando a  Estradas de Ferro Leopoldina com a Estrada de Ferro de Maricá, possibilitando o transporte mútuo de cargas sem a necessidade de baldeação. 

Foto Herivelto Pinheiro


Em 30 de agosto de 1943, a E.F.Maricá foi incorporada à Estrada de Ferro Central do Brasil.

Em 1959, o serviço de trem suburbano da Estrada de Ferro Leopoldina, a partir de  Niterói, operava com 12 trens diários, enquanto o mesmo serviço da Estrada de Ferro Maricá,  operava o trecho entre Neves e Pirajaba, com 25,5 km, no município de São Gonçalo.

Em 1964, é suspenso o tráfego do último trecho em operação da E.F.Maricá, entre Virajaba e General Dutra, em São Gonçalo.

Página lançada em primeiro de outubro de 2019

Melhoramentos do Brasil

Estrada de Ferro Melhoramentos do Brazil
1893 - 1903

Histórico

Em 1893, inauguração do primeiro trecho da Estrada de Ferro Melhoramentos no Brazil, entre Mangueira e Honório Gurgel. Em 1903 a ferrovia foi incorporada à Estrada de Ferro Central do Brasil com o nome de Linha Auxiliar.

Estações dos Trens de Subúrbio em 1895:

Estrada de Ferro Central do Brasil: Dom Pedro II, São Diogo, São Christóvão, Mangueira, São Francisco, Rocha, Riachuelo, Sampaio, Engenho Novo, Meyer, Todos os Santos, Engenho de Dentro, Encantado, Piedade, Cupertino, Cascadura, Madureira, Sapopemba, Km 31, Jeronimo Mesquita, Maxambomba, Realengo, Bangu, Santíssimo, Campo Grande, Santa Cruz. Tempo de viagem até Cascadura: 55 minutos.

Estrada de Ferro do Norte:  Dom Pedro II, São Fransico Xavier, Jockey Club, Bem-fica, Amorim, Bom-sucesso, Ramos, Olaria, Penha, Cordovil, Vigário Geral, Merity, Sarapuhy, Pilar, Rosário, Raiz da Serra, Alto da Serra, Petrópolis. 5 trens/dia/sentido. Tempo de viagem até Merity (atual Duque de Caxias): 56 minutos.

E.F. Melhoramentos do Brasil: Mangueira, Silva e Souza, Jockey Club, Heredia de Sá, Dr.Vieira Fazenda, Cesario Machado, Engenheiro Del Castilho, Ziese, Cintra Vidal (Pilares), Terra Nova, Coselheiro Thomaz Coelho, Engenheiro Leal, Araujo, Coronel Magalhães, Inharajá, Honorio Gurgel, Sapopemba (atual Deodoro). 4 trens/dia/sentido. Tempo de viagem até Sapopemba: 65 minutos.

Estrada de Ferro Rio do Ouro: Caju, Rua Bella, Bemfica, Praia Pequena, Venda Grande, Capão do Bispo, José dos Reis, Pilares, Engenho do Mato, Vicente de Carvalho, Irajá, Collegio, Areal, Pavuna, Coqueiros, Brejo, Itaipú, Retiro, Figueira, Cava, Cachoeira, Paineiras, Rio do Ouro, Reprezas, Santo Antonio, Saudade, São Pedro. 3 trens/dia/sentido. Tempo de viagem até São Pedro: 3h28

No dia 28 de março de 1898, é inaugurado o segundo trecho da Estrada de Ferro Melhoramentos do Brasil, entre Honório Gurgel e a cidade de Paraíba do Sul.

No dia 7 de janeiro de 1902, inauguração da linha entre Mangueira e o ponto inicial de Alfredo Maia (Ilha das Moças ou rua Figueira de Mello), da Estrada de Ferro Melhoramentos do Brasil, com 4 km de extensão. No mesmo dia é inaugurada a estação de Alfredo Maia. 

No dia 14 de julho de 1903, incorporação da Estrada de Ferro Melhoramentos do Brasil à Estrada de Ferro Central do Brasil, passando a ser denominada, a partir do dia 16 de julho de 1903, de Linha Auxiliar. A ferrovia contava então 61 estações. O serviço de trem de subúrbio ligava  a Praça da Bandeira ao subúrbio de São Matheus.

No dia 10 de maio de 1905, inauguração da estação Inicial da Linha Auxiliar, na Rua Figueira de Melo em São Cristóvão, depois renomeada para Alfredo Maia e desativada nos anos 60.

No dia 15 de fevereiro de 1908, inauguração das estações de Heredia de Sá, Vieira Fazenda (Jacarezinho), Tomás Coelho, Cavalcante e Engenheiro Leal da Linha Auxiliar da Estrada de Ferro Central do Brasil.

Em 1950, foi inaugurada a eletrificação de uma via, do trecho Pavuna - Belford Roxo, da antiga Estrada de Ferro Rio do Ouro.

Em 23 de setembro de 1951, é inaugurada a eletrificação de uma via do trecho entre as estações Pavuna e São Mateus. No mesmo ano é concluída a eletrificação do trecho Francisco Sá - Honório Gurgel.

Em setembro de 1959, o ramal Japeri – Três Rios, da Linha Auxiliar, que até então operava com locomotivas “Maria-Fumaça”, passa a operar com 8 locomotivas elétricas-diesel.

No dia 16 de abril de 1968, são retirados os trilhos de bitola estreita do trecho entre a Pavuna e Belford Roxo.

No dia 18 de outubro de 1976, após 3 anos paralisado, é reativado o serviço de trens de passageiros no ramal de São Mateus, com 2 km de extensão entre São João de Meriti e São Mateus.  Com a reativação do ramal pela RFFSA o Metrô abandona o projeto de prolongar a linha do Pré-Metrô da Pavuna até São Mateus.

No dia 13 de outubro de 1977, o Ministro dos Transportes Mario Andreazza inaugura a reconstrução das estações de Rocha Miranda, Nova Iguaçu e Engenheiro Pedreira, e também da operação dos novos trens de aço em bitola estreita no Ramal de Guapimirim. A estação de Rocha Miranda, inaugurada em 1906 e desativada em 1973, foi reaberta em 1977.

No dia 12 de janeiro de 1979, é inaugurada a terceira via, para o transporte de cargas, entre Costa Barros e Vieira Fazenda, além das reformas das estações de Tomás Coelho e Cintra Vidal (atual Pilares). 

No dia 4 de março de 1985, inauguração do serviço “Trem-Ônibus” no ramal São João de Meriti – Costa Barros, desativado há 10 anos, com composições de 3 carros, com torniquetes e portas de saída. 

No dia 14 de outubro de 2013, início da operação do serviço de trem expresso no ramal de Belford Roxo, apenas com paradas nas estações Dom Pedro II, São Cristóvão, Triagem, Del Castilho, Mercadão de Madureira (Magno), Pavuna, Agostinho Porto e Belford Roxo.

Em 2018, o ramal Triagem - Belford Roxo transporta 6,100 milhões de passageiros, representando cerca de 4% do carregamento da Supervia.

Página lançada em primeiro de outubro de 2019.

Botafogo a Angra


Estarda de Ferro de Botafogo a Angra dos Reis
(obras abandonadas)

Histórico

No dia 24 de janeiro de 1880, através do Decreto Nº 7.615, foi concedido a Carlos Alberto Morsing, privilégio por 90 anos, para construir uma ferrovia de bitola métrica entre o fim da Praia de Botafogo e a cidade de Angra dos Reis, passando por Copacabana, Jacarepaguá, Guaratiba, Santa Cruz, Itaguay, e Mangaratiba.

No dia 28 de julho de 1880, são iniciados os estudos topográficos para a implantação da Ferrovia.

No dia 2 de março de 1890,  num evento para 80 convidados é realizado um almoço no  Leblon, comemorando o início das obras de construção da Estrada de Ferro Botafogo a Angra dos Reis, junto com a fundação do Prado do Leblon, de propriedade do Sr. Seixas. No dia 9 de setembro de 1890 é batida, em Angra dos Reis, a última estaca (nº 3.353) dos estudos definitivos da futura ferrovia. No dia 15 de dezembro, a diretoria da Estrada de Ferro Sapucahy abre concorrência para a obra de construção, por empreitada,  da E.F. Botafogo a Angra dos Reis, incluindo todas as obras de arte, material fixo e rodante, estações, oficinas completas, linha telegráfica, desvios, e sinais. As propostas foram abertas no dia 30 de dezembro. No dia 14 de fevereiro de 1891, através do Decreto nº 1.377 são aprovados os estudos definitivos de construção da ferrovia. No dia 5 de março de 1891, com a presença do ministro da Agricultura, é realizada a cerimônia de início da construção da ferrovia, na praia da Saudade, no local da futura estação inicial. A ferrovia partia do fim da praia de Botafogo seguindo para Copacabana, Lagoa, Jacarepaguá, Guaratiba, Santa Cruz, Itaguahy, Mangaratiba, até Angra dos Reis, podendo ser prolongada até São Paulo.


REFERÊNCIAS:

Página lançada em primeiro de outubro de 2019